quinta-feira, 28 de abril de 2011

Tudo o que é pequenino tem graça!



Esta era uma frase que a minha mãe costumava dizer muito, quando os meus filhos nasceram, sendo os seus primeiros netos. De facto, as roupinhas em miniaturas dos primeiros dias e meses, eram de tal forma amorosas, que ainda hoje lamento não ter fotografado as cordas da roupa a secar, com aquelas miniaturas.

Quem não se enternece com estas réplicas em tamanho minúsculo?! Não admira o sucesso do Portugal dos Pequenitos, onde miúdos de graúdos se extasiam perante as miniaturas. E casinhas de bonecas? O meu marido já disse que a casinha da Letícia é mais da mãe, do que da filha. É verdade, adoro-a!

Crianças pequenas, roupas pequenas, móveis a condizer! Mas elas crescem e essa parafernália vai sendo substituída, com entusiasmo pelas novas fases que se sucedem, porém também com saudade, por aquela fase que já não volta. Pelo menos é assim que me sinto de todas as vezes que faço estas substituições; sinto-me invadir por uma nostalgia que me faz desejar voltar atrás no tempo. E para contrariar este sentimento, digo sempre para os meus botões: - Mas eu aproveitei tanto, e tão bem!
( A biblioteca infantil do Duarte, a ser substituída pela infanto-juvenil )
Apesar disso, o tempo passa inexorável e uma década não é de um dia para o outro. Embora pareça, sobretudo na mente materna.
Há poucos dias o meu primogénito fez 10 anos, e recebeu um relógio digital como presente, que tinha sugerido. Veio substituir o primeiro, onde os números de horas e minutos estavam expressos, para facilitar a aprendizagem. E mais uma vez, fiquei a observar um e outro, pensativa. 

Já dias antes tinha substituído as cruzetas do armário dele. E por momentos fiquei parada, meditativa, enquanto olhava umas e outras, e me recordava das roupas que passaram por ali, e do menino pequeno que foi.

Recordo-me que poucos dias após o nascimento do meu filho, enquanto o observava embevecida no berço a dormir, tive uma espécie de epifania: - Aproveita o mais que podes, Fernanda, porque na vida, nada é garantido.

É assim que tenho feito, mas ainda assim continuo a dizer com saudade: tudo o que é pequenino tem graça! Não tem?! 

Até breve!
( Obrigada a todos pelas gentis mensagens; estou a recuperar bem. )

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ementa para Festa de Aniversário Infantil


Há dias uma amiga contava-me que tinha ido levar o filho a uma festa de aniversário, e que a mãe do aniversariante, que estava a preparar a mesa para o lanche: "só abria sacos".

Bem sei como é; frequentemente recomendo aos meus filhos que nas festas de aniversários comam, pelo menos, alguma coisa saudável e alimentícia e frequentemente eles me dizem que não havia!
Criou-se este hábito, talvez consequência da falta de tempo, de pôr uma mesa para o lanche, apenas com "gulodices", como se de alguma forma, fosse impopular adicionar alimentos mais substanciais e saudáveis.

Vamos lá, não estou a falar de sopa! Nada que traumatize as crianças, mas um lanche variado e equilibrado, que nem sequer dá um grande trabalho.
O Duarte fez 10 anos no sábado; ainda que apenas os convites e um poster vindo dos U.S. fossem as referências, o tema da festa foi "Inazuma Eleven", a última febre. 
A ementa do lanche incluia:

 Doces:
- Bolo de aniversário - Colchão de Noivos ( o seu preferido)
- Pudim de Leite Condensado
- Gelatina de Morango
- Muffins de chocolate
- Gelado de baunilha

Salgados:
-Triângulos de queijo e fiambre
- Salsichas Cocktail
- Piza
- Batatas fritas

Fruta:
- Taça de morangos ao natural
- Taça com cubos de melancia

Bebidas:
- Água
- Sumol de laranja e ananás
-Coca-cola
As crianças devoraram comeram,  de tudo! Foi lindo de ver, e eu poucos sacos abri, só mesmo os das batatas fritas!
De resto, a festa decorreu como habitualmente, com muitos jogos (veja aqui ), a novidade desta vez foi o badminton, muita diversão, sem tempos para aborrecimentos nem "tolices".

( Esta semana estarei ausente da blogosfera, devido a um pequeno problema de saúde.)
Tenha uma óptima semana!

Até breve!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Falta de civismo no trânsito

 ( Imagem)
Ao fundo da minha rua há um cruzamento; indo em frente, vou para a escola dos meus filhos, virando à direita vou para o centro da Vila, e ao fundo dessa rua há semáforos.

Ora acontece, que quando o semáforo está vermelho há fila de carros, e muitos condutores, mesmo sabendo que vão aguardar na fila, não deixam passar os carros que saem da minha rua, e querem apenas atravessar o cruzamento.

Isto quando vou de carro, mas quando vamos a pé, muitos destes condutores, nem sequer param quando estamos na passadeira à espera que nos deem passagem. Sim, porque depois de três atropelamentos mortais, em duas semanas, um dos quais com fuga do condutor, nem sequer na passadeira nos sentimos seguros para atravessar. Então esperamos, com os dois pés no passeio.

O que realmente me intriga nestes condutores, é a falta de capacidade de observação, ou falta de inteligência, que explicam essa teimosia em não abrandar para darem passagem, quando vão ter mesmo que parar, e esperar 10 metros à frente?!

Como se diz, gentileza gera gentileza, e ser gentil no trânsito tem as suas compensações; por exemplo eu, tenho como regra fazer sempre uma gentiliza por mais pequena que seja a viagem que faço. E por isso não tenho razão de queixa, sou frequentemente agraciada com gentilezas por parte dos outros condutores.

Abre parêntesis: Tenho que admitir que os homens são muito mais simpáticos do que as mulheres condutoras; por exemplo, se que der passagem a dez homens, há nove que agradecem e um não; se der a mulheres só uma agradece, e nove não! Então só lhes dou passagem quando estou distraída! Fecha parêntesis.

Não que eu seja uma grande condutora, ainda há dias parti um farolim do carro, e não, ninguém ficou ferido, exceto o meu orgulho; além disso a culpa foi do muro, que devia estar mais afastado 2 mt; falo de civismo, e aos condutores portugueses falta muito civismo.

Quando me lembro de uma fila enorme, de várias faixas, num túnel em Lyon, onde o trânsito se cruza para Paris e sul de França,  e de como os condutores deixavam  tranquilamente entrar os carros que iam chegando pelas vias laterais; e penso na "ganância" dos condutores portugueses, que praticamente encostam os carros ao da frente para evitar e entrada de outro carro, concluo sempre: civismo devia ser lei em Portugal!

Não se sente chocado com esta falta de civismo na estrada? Eu acho triste.

Até breve!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O meu Português, o do meu avô, e o seu


Uma das decisões que tinha tomado para o início deste ano, era começar a escrever segundo as regras do novo acordo ortográfico. Apesar de não o compreender, de o rejeitar, assinei a petição na net,  de o criticar, muito antes de ele ter sido sequer assinado e imposto, como fiz aqui, não havia forma de o apagar. Portanto... - Se não os podes vencer, junta-te a eles! Não no inicio do ano, mas no início de abril.

Nós habituamo-nos aos sítios, às pessoas, à forma de fazer determinadas coisas, e até nos habituamos a pensar de uma certa maneira, por isso é tão difícil o confronto com outras formas de pensar, que quando somos obrigados a sair dessa rotina, zona de conforto, como se diz agora, não gostamos nada, e reclamamos muito.

Como terá reagido o meu avô paterno à mudança do seu sobrenome? Quando em vez de Sampayo, passou a assinar Sampaio? Será que pensou: - Ora, se o y nem sequer faz parte do alfabeto, porque o usamos nós? Ou será que lhe causou pena e nostalgia a deturpação do sobrenome grego*, dos nossos antepassados?
Não sei. Sei apenas que tenho livros onde está assinado de uma forma, e noutros já com a grafia actual, portanto, gostando ou não, ele aceitou a mudança.

Os portugueses não estão satisfeitos com este Acordo, os brasileiros também não, e suponho que ninguém esteja. Não compreendo a insistência dos políticos na imposição deste Acordo, muito menos a dos linguístas, porque como muito bem eles sabem: quem faz a língua é o povo.
Não vale a pena unificar, porque o português falado em Portugal e nos outros países irá sempre evoluir de forma diferente. Só não evoluem as línguas mortas, com o o Latim. Mas entretanto, que nos resta fazer? Descarregar o Lince e engolir a pastilha! Glup. A seco.

E você, caro leitor, quer embarcar nesta aventura ortográfica comigo, ou ainda vai esperar mais um pouco?

Até breve!

* Segundo alguns linguistas Sampaio deriva do grego "Pelagio", do tempo em que este povo esteve na Península Ibérica.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Receita para fim de semana - Pãezinhos de Leite

Estes pães de leite são óptimos para um lanche, pequeno-almoço, snack a meio da manhã...enfim.
Receita tirada da Teleculinária, nr 28. Do tempo do chefe Silva, lembram-se? Eu lembro, e gosto!

Ingredientes:
600 g de farinha
30 g fermento de padeiro
100 g de margarina ( usei manteiga)
1 pitada de sal
125 g de açúcar
2 ovos inteiros
1 dl de leite
raspa de meia laranja, ou limão


Como fazer:
Coloquei os ingredientes na MDF, no programa das massas, e ficou pronta! Com esta é que o Chefe Silva não contava, hein?!
Segundo a receita:
Sobre a mesa faça dois montes de farinha; um com 500 g outro com 100. Abra uma cavidade no centro de cada monte, e coloque na do monte mais pequeno o fermento.
Amasse o fermento com a farinha e a água morna suficiente, forme uma bola e deixe levedar.
Coloque no centro da outra farinha a margarina, açúcar, sal e a raspa de limão e amasse-os bem.
Junte-lhes depois a bola com o fermento, os ovos, um a um, mexendo sempre, e o leite.
Por fim envolva tudo com a farinha e amasse, cortando e batendo a massa tal como se faz para os folares e o bolo-rei.
Depois de bem amassada, quando começa a descolar-se da mesa, formar com esta massa uma bola, polvilhe-a com farinha e ponha-a a levedar dentro de um recipiente, coberto com um pano aquecido.
Deixe crescer até ter mais do dobro do volume.
Coloque a massa na mesa, e corte porções de 40 ou 50 g, enrolando pequenas bolas, ou de forma mais alongada, que coloca num tabuleiro untado com banha. (usei margarina)
Deixe levedar novamente e depois pincele-os com gema de ovo batido. Pode ainda polvilhar com açúcar areado para ficarem mais bonitos  e melhores.
Leve a cozer em forno bem quente, durante 15-20 minutos. Retiram-se do tabuleiro com ajuda de uma espátula. Deixar arrefecer, e servir com manteiga, compota, fiambre, queijo, pasta de figado, etc.

Tenha um doce fim de semana!