quinta-feira, 27 de outubro de 2022

De uma vivenda para a vida de sonho


Depois de perder tudo num tremor de terra, esta senhora mudou da Nova Zelândia para a Austrália, com uma mala e 300$! Como eu admiro estas pessoas...
Seis anos depois conseguiu construir esta mini-casa, após reflexão sobre o que realmente se precisa para viver. E afinal, é tão pouco. 
E assim vive num local paradísico, sentindo que vive a vida que deveria viver mas antes não ousava. 
Por vezes a vida dá-nos um abanão, não para nos atirar ao chão, só para nos fazer mudar de via! 

terça-feira, 25 de outubro de 2022

As crianças no passeio

Via

Vão ali duas crianças a correr,

e são pequenas e felizes.

Vão a saltar pelas folhas molhadas, os petizes.

Num intervalo da chuva ainda sentem as gotas cair;

enquanto correm vão a cantar e a rir.

O pai caminha à frente em passo célere.

Num jogo divertido que

que ninguém protele!

Os dias chuvosos têm momentos assim,

de uma diversão simples sem fim.

É preciso vê-los e os agarrar,

só os adultos os podem falhar.

Vão ali duas crianças, muito contentes,

parecem gigantes em forma de gente.

Regresso com elas a outro tempo,

inspiro-me nelas para o  presente. 

Oh que alegria neste quadro feliz

em que tudo é perfeito mas ninguém o diz.

É um sentimento a ribombar

Nos corações daquele feliz par. 


sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Panqueca de banana e maracujá Vegan

 



Proporciona um lanche muito nutritivo e satisfatório. Com um chá a acompanhar...hummm, delicioso!

Panqueca de Banana e maracujá vegan

Ingredientes:
1 1/2 chávena de farinha de trigo
1 colher de sopa de fermento em pó
1 c.sobremesa de bicarbonato de sódio
pitada de sal marinho
1 banana bem madura
1 chávena de leite vegetal
1/2 xícara de água
2 c.sopa de óleo de coco ou vegetal

Como fazer:
Numa taça misturar os ingredientes secos e envolver, juntar os ingredientes líquidos e voltar a envolver bem, acrescentar a banana esmagada com um garfo. Deixar repousar 10 minutos. 
Verter com uma concha da sopa para sertã untada, deixar cozer em lume médio, virar para o outro lado.
Acompanhar com iogurte de baunilha vegetal, e um maracujá. Ou dois, porque fazem a toda a diferença.  
Gosto do maracujá fresco por cima, o sabor é mais intenso. 

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Nós, no yoga



Foi no yoga, que prega a não competitividade, que me apercebi que sou competitiva. Em vez de me focar unicamente em mim às paginas tantas já estava a controlar os outros, a ver se alguém se desequilibrava, se alguém conseguia fazer um asana que eu não consegui, se fazia mais ou melhor. E ficava muito satisfeita quando achava que era eu a ir à frente. 

O que pensava, por exemplo, quando tentava manter um asana de equilíbrio era "Permanece, Fernanda, equilíbrio e força, tu consegues!". Enquanto controlava pelo canto do olho se me estava a sair bem, relativamente aos outros. 

O curioso é que não ficava contente quando as minhas colegas se desequilibravam. O que aconteceu numa das últimas aulas foi que de repente, o meu cérebro não pensou em mim, pensou em nós, e a frase que ouvi foi "Vamos, força e foco, vamos conseguir". E surpreendi-me comigo mesma, senti-me satisfeita. Aquilo é que fazia sentido!

Alguém se desequilibrou, mas não interessa, da próxima será melhor, agora já sei que é este o caminho.  

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Realidades diferentes em simultâneo

Eu posso viver no mesmo país, até na mesma região e viver uma realidade muito diferente de outra pessoa, sobre o mesmo assunto. Por exemplo, estavam as minhas colegas a comentar como dantes tinham que pagar os manuais dos filhos, que era muito dinheiro no início do ano escolar, e diferentes manuais para cada filho, e que actualmente os livros serem oferecidos pelo Estado era uma ajuda enorme, quando eu apresentei a minha versão: - Pois eu, comprei unicamente os manuais para o Duarte, dele passaram para a Letícia, e dela para o meu sobrinho mais velho,e deste para o meu sobrinho mais novo. Ainda esqueci de acrescentar que do último, os manuais iam também para a menina, vizinha dele, que andava um ano abaixo. 

- Ah, pois, mas os manuais mudavam todos os anos! Nem para o meu outro filho davam. Retorquíram. 

- As escolas eram obrigadas a manter o mesmo manual cerca de 4 anos. Calhou dos manuais do Duarte serem escolhidos no ano em que iniciava novo ciclo, e assim se prolongava por toda a família. 

Verdade que era um dinheirão mas quando pensávamos como iam ser aproveitados, sentíamo-nos recompensados. 

Efectivamente, nem todos tiveram esta sorte, mas nós tivemos, essa foi a nossa realidade. 

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Tipo liras italianas...

Já no aeroporto, diz a minha irmã, exibindo uma nota de alguns zeros: acho que a vou gastar no freeshop, afinal para que hei-de levá-la para casa? 

Depois de 2 voltas pela loja para encontrar algo adequado, dentro do gosto e valor, acabou por se decidir por uma chiclete. 

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Férias em Budapeste



E já faz 1 mês que estivemos de férias em Budapeste, sem que eu partilhe aqui a experiência. As fotos eram o motivo, tinha que as descarregar e estarem repartidas entre a máquina fotográfica e o telemóvel só complicava, pelo que vou somente publicar as da máquina, para finalmente deixar este registo. 


Budapeste estava na minha lista já há alguns anos, mas depois do meu amigo Marijan ter feito um comentário sobre os húngaros, acho que perdi a pressa. Ele tinha razão, constatei agora. Porém, era um destino que entre 5 pessoas gerou consenso. Foi também programado em cima do joelho, porque eu queria viajar nas condições habituais de conforto e liberdade, e viajar com um pano na cara para mim seria extremamente difícil. De forma que foi perfeito, tudo como dantes.
 
Alugamos um apartamento no centro de Budapeste, em Peste, a parte mais turística da cidade bi-partida pelo rio Danúbio, quase em frente à Roda Gigante, de onde se podia visitar o que de melhor a capital da Hungria tem, caminhando. Um prédio antigo, de luxo no seu tempo, com apartamentos reduzidos, muito provavelmente na era comunista. Habitado por nacionais, como eu gosto.
 
Na primeira manhã, levantamo-nos bem cedo e fomos ao supermercado mais próximo comprar tudo o que era necessário para o pequeno-almoço, e logo pelo trajecto, o que mais nos chocou foi a quantidade de sem-abrigos. Nunca me consegui habituar a essa realidade, e a não os ver. Estava tudo muito sujo, os passeios, as esplanadas, as mesas e cadeiras. A primeira impressão, olhando para baixo, não foi positiva, mas bastava levantar o olhar e ver aqueles prédios burgueses do séc.XIX para nos deslumbrarmos!
 
No primeiro dia caminhamos cerca de 20 kms! Uma loucura, eu sei, suponho que a nossa ânsia de viagens estava ao rubro, com vontade de descobrir uma cidade nova, depois acalmamos, porque ninguém aguenta o ritmo, e andamos bastante de metro e autocarro, os transportes públicos são aliás bastante económicos e frequentes, assim como os táxis. Visitamos apenas o exterior, caminhamos ao longo do Danúbio, tiramos fotos, sentamo-nos a admirar a paisagem, a trocar impressões, um pouco à aventura, para sentirmos o pulso da cidade. 

Nos dias seguintes fizemos as visitas aos locais da praxe: 
1º O Parlamento ( Top!)
2º Basílica de Santo Estêvão (belíssima, a minha 2ª visita favorita) 
3º Palácio Gresham
4º Ópera
5ª Castelo Buda
6º Ilha Margarida 
7º Praça dos Heróis
8º Ponte da Liberdade
9º Bastião dos Pescadores
10º Grande Sinagoga Central e bairro judeu
11º Castelo Vajdahunyad e Parque da Cidade
12º Mercado Central de Budapeste 
13º Casa da Música (que a Letícia adorou pelo projecto arquitectónico)
14º Museu de Belas Artes
15º Memorial dos Sapatos
16º Bares decadentes (sugestão da Letícia, muito interessante e diferente)
17º Citadela na Colina Gellert ( panorâmica) 
18º Metro que vai da Vörösmaty tér ao Parque da Cidade Városliget, pela estação antiga fim séc.XIX, que reclamam a mais antiga do mundo. 

Não fizemos um cruzeiro no Danúbio porque perdemos o horário no dia pretendido, e foi sendo adiado, mas creio valer muito a pena. A visita às Termas também é muito indicada mas não foi de todo do nosso interesse. 

Parlamento Húngaro

De todos os locais, o Parlamento húngaro foi o meu preferido, uma verdadeira obra-prima, vimos o render da guarda à coroa, mas infelizmente perdemos a explicação de tudo, dado que aquela era uma visita para russos, a única que tinha ainda disponibilidade para a nossa semana. Portanto, comprar bilhetes online com uma certa antecedência parece-me um bom conselho. 
Não éramos os únicos forasteiros entre os russos, outras nacionalidade se tinham juntado, muito provavelmente devido à mesma razão. 

O húngaro é uma língua absolutamente incompreensível, mas quase todos falam inglês, pelo menos as gerações mais novas. Achei a geração mais velha bastante fechada, certamente ainda ferida pelo regime comunista.
No geral, a população não prima pela simpatia, mas são correctos.
É uma cidade com uma intensa vida nocturna, todos os dias da semana, com uma população muito jovem, imensos estrangeiros (não fazia ideia que fosse destino tão popular entre eles), mas também nacionais.  
 
Muitos dos belíssimos edifícios estão ainda em mau estado, a necessitarem renovação urgente, a negligência dos "camaradas" relativamente aos símbolos da burguesia é outra das heranças negativas. Porém, dá para entender porque Budapeste é também apelidada como A Paris do Leste. 

Realmente, fazer as refeições todas fora não é mesmo para nós, depois de 2 dias já só desejávamos uma simples sopa! Na falta de varinha mágica, cortei os legumes e tofu em quadradinhos, cozi com algumas massinhas, e acompanhamos com fatias de pão francês torrado com azeite, e um copo de vinho húngaro (que mais parecia refresco...), e soube-nos como um banquete. 
A restauração não é propriamente económica, assim como os produtos no supermercado. Peixe fresco não existe, pouco congelado, e a carne muito cara, a minha irmã pagou 20€ por 2 bifes para o meu sobrinho. Mas vinha um embrulho que parecia um presente, lá isso era! 
Ficamos com a impressão de que o custo de vida para os húngaros deveria ser um desafio, sendo o vencimento mínimo cerca de 540€. 

Francamente, uma semana para Budapeste é excessivo, um fim-de-semana prolongado basta. Portanto, aproveitamos e demos um salto a Viena, a Letícia, obviamente, já não se lembrava de nada, uma viagem de cerca de 2 horas que se fez bem, sair muito cedo e voltar no ultimo comboio, que saiu de lá pelas 22h, deu perfeitamente para visitar O Belvedere Palace e o Schoenbrunn Palace, e ainda deambular pelo centro da capital austríaca. Para nosso espanto, lá ainda usavam máscara nos transportes públicos, segundo me disse um jovem, com toda a razão: "era uma estupidez, porque em mais nenhum lado é requerido". 
A diferença entre os dois países é notória, um mais rico, mais limpo, mais cosmopolita.

Para nossa surpresa, em Budapeste também fazem uns espectáculos de rua aos domingos, com palco montado, ao estilo de qualquer coisa como "bom dia Portugal" ou lá o que é, só que em vez dos insuportáveis "pimbas", apresentam cantores de ópera e músicos à séria! O público cantava e dançava também, animados, via-se que são admiradores genuínos da boa música. Nesse sentido, um povo muito bem educado, e com melhor gosto do que o nosso. Delicioso de ver e ouvir!

No computo geral, gostamos imenso destes dias de férias, sem dúvida de que regressamos mentalmente revigorados e inspirados.

Recolhemos a informação para a visita em blogues de viagens, pessoalmente, gosto muito do VagaMundos

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Boa-educação

Espantou-me a quantidade de pessoas a comentar um post no FB que elogiava o castigo físico para filhos ( Quando as mães criavam homens, não florzinhas de estufa") sendo a favor. Um dos argumentos mais recorrentes  era "eu também levei e estou aqui", ou " e fez-me bem" e ainda, "apanhar é mesmo o que faz falta a esta juventude mal educada".

O que eu gostava de saber, sobre estas pessoas que levaram e estão "bem" é se a relação com os pais também está bem, se é pacífica, amorosa e próxima, porque duvido. E se nesse estar "bem", estão incluídas depressões, passadas e presentes, tiques nervosos e fobias, por exemplo. 

Talvez o que faça falta a esta juventude mal educada seja amor, será que eles já pensaram nisso? Ou acompanhamento, ou até presença dos progenitores. Já pensaram nisso? 

Sendo certo que a tendência é repetir o padrão familiar, calculo que quase todos estes que apanharam e acham o resultado benéfico, tenham  aplicado a mesma fórmula aos próprios filhos, o que me faz questionar ainda: e a relação com os vossos filhos, também é boa?!  

Àqueles que levaram porrada e agora fazem diferente com os filhos, muitos parabéns, superaram-se e eles mesmos, aprenderam com a lição vivida na própria pele, fazendo agora diferente, e melhor. Porque os limites na educação dos filhos não são ensinado à força da estalada e pontapé, mas através da comunicação; não há nada que as crianças não compreendam quando devidamente explicado, e dentro do bom senso, claro, porque as crianças têm um sentido de justiça extraordinário. Podem não gostar de ouvir um "não" ( quem gosta?) mas compreendendo-o vão inevitavelmente aceitá-lo. Podem amuar, mas passa rápido. É o tempo de digerir a negação e frustração, também necessários.

Deixa-los, depressa retornam ao seu normal, sem traumas nem distanciamentos entre filhos e pais. 

 

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Música sacra renascentista

Liber Introitus Dominus Dixit Ad Me 

Foi um dos três maiores representantes da escola musical bracarense do Renascimento, juntamente com outros dois mestres de capela posteriores, Pero de Gamboa e Lourenço Ribeiro. Dos três é o que possui uma obra sobrevivente mais vasta, um total de 33 obras.[3] Encontra-se num manuscrito renascentista no Arquivo Distrital de Braga chamado Liber Introitus.[1] 

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