segunda-feira, 27 de maio de 2013

Problema + Solução + Acção = Empreendedorismo



O tempo em que os meus filhos achavam que o dinheiro simplesmente "saía" do Multibanco já vai longe. Eles compreenderam bem que para termos dinheiro é preciso ganhá-lo. E economizá-lo, como escrevi aqui. De tal forma que no ano passado, durante uma época em que o Duarte economizava dinheiro para comprar um computador, me perguntou o que poderia fazer, para ganhar mais dinheiro, para além da mesada. Propôs ajudar-me nas tarefas domésticas a troco de pagamento; coisa que eu recusei, explicando-lhe que participar dessas tarefas é obrigação de todos cá em casa. Depois, lembrou-se que poderia vender algumas coisas que já não quer, como jogos e brinquedos. Aplaudi a ideia, e prometi ajudá-lo na concretização desse projecto.

Já a Letícia, desde o 3º ano de escola que faz pequenas coisas para vender; numa época foram pulseiras de missangas, noutra, marcadores de livros, que desenhava, pintava e recortava. Vendia-os a preços simbólicos, e chegou a ter encomendas! Outra ideia que ela não abandonou foi a de vender" limonada", talvez porque lhe digo que faz o melhor refresco que já bebi!

Confesso que intimamente me congratulei com o empreendedorismo dos meus filhos. Convenhamos, vivemos num tempo em que o conceito de empreendedorismo se impôs de forma definitiva. E quanto mais cedo incutirmos a sua noção, de forma a torná-la uma competência dominada com agilidade, mais natural será para os nosso filhos, aplicá-la, no quotidiano.
Vejo tantos adultos que se focam apenas no problema, bloqueando aí, sem conseguir passar ao pensamento da solução, que me parece de facto uma necessidade mudar este estado mental o mais cedo possivel.

Por conseguinte, quando fui contactada pelo StartIupi, e comecei a ler os conteúdos que promovem, identifiquei-me totalmente com o conceito. Através de workshops, propõem-se a contribuir para a formação de crianças, jovens e adultos, mais capazes e confiantes de estabelecer e perseguir os seus objectivos pessoais. Para tal, facultam vários programas, de entre os quais, destaco: para pais e professores, para crianças dos 6 aos 12 anos, dos 12 aos 16 anos, e  para jovens maiores de 16 anos.
Cada programa tem os seus passos ajustados e objectivos. O das crianças mais pequenas é realizado de forma muito concreta, de modo a produzirem artigos, e venderem a dinheiro (€), numa reprodução fiel do mundo real.
Acredito que esta experiência lhes seja muito gratificante, até porque já constatei com a experiência da Kidzania, como as crianças adoram este tipo de actividade!
Aprender a jogar ou a brincar é sempre o método mais aliciante.

Para além dos programas no local há também a possibilidade da equipa Startiupi se deslocar a Escolas, a fim de realizar sessões para formação de professores.
Para quem não tiver oportunidade de se deslocar a Lisboa proponho a leitura do livro " Start iupi - Fazer coisas",  à venda nas livrarias FNAC.

Para terminar, a Startiupi oferece a um leitor do Mãe... e muito mais  um voucher para o Iupi Bizz de 8 de Junho ( crianças dos 6 aos 12 ). Para tal, basta deixar aqui uma frase, dizendo como explicaria a ideia de empreendedorismo ao seu filho. De entre as quais eu escolherei a que mais me agrada. Vale?
Para conhecer melhor este projecto, veja aqui.


Tenha uma óptima semana!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Receita para o fim-de-semana: Bolo de Iogurte da Nigella


Vi na televisão, e rencontrei a receita aqui.
Sinceramente, achei um pouco seco, no entanto, cá em casa todos gostaram muito. Que é fácil? Sem dúvida. Fofo e saboroso.

Bolo de Iogurte da Nigella
Ingredientes:
75 gr de Maizena
175 gr de farinha
raspa de meio limão
1 1/2 colher de chá de extracto de baunilha
250 gr  de açúcar em pó
3 ovos
1 copo de iogurte
150 ml de óleo vegetal
( Pode simplesmente usar o copo do iogurte como medida)

Como fazer:
Pré-aqueça o forno a 180º, e unte e enfarinhe uma forma de bolo.
Separe as gemas para uma tigela, e bata as claras em picos firmes e reserve.
Passe o iogurte para a tigela das gemas e bata os ingredientes. Junte dois copos de açúcar até ficar um creme leve.  De seguida, o óleo, batendo sempre e cuidadosamente. Acrescente a baunilha e a raspa de limão, envolvendo tudo. Junte um copo de farinha e outro copo de Maizena, envolvendo novamente. E por fim, as claras em castelo.
Passe para a forma e leve ao forno cerca de 30 minutos.
Deixe arrefecer e desenforme. Polvilhe com açúcar em pó.

Tenha um óptimo fim-de-semana!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Reconhecer uma relação saudável



Desde o Infantário que o conselho mais frequente que dei aos meus filhos foi - Brinquem com os meninos que se portam bem; façam amizade com os meninos bem-educados e bons alunos.

Explicava-lhes que os meninos que se portam mal, que falam muito, que saem do lugar sem permissão, que  têm brincadeiras violentas ou turbulentas, acabam por influenciar negativamente os outros meninos que passam mais tempo com eles. Raramente a "conversão" resulta em sentido contrário.
Se dúvida tivesse a  respeito do resultado desta minha indicação, tinha-a desfeito logo no primeiro ano; um menino da turma do Duarte veio ter connosco, numa das primeiras tardes, e cumprimentou-o com um: "Olá Duarte". O meu filho ignorou-o, fazendo-se de surdo, comportamento que me apressei a corrigir, dizendo - "Então, não respondes "olá" ao teu amigo?".  A resposta foi contundente:
- Ele não é meu amigo; só tem vermelhos! ( No quadro do comportamento actualizado diariamente pela professora)
-Pode não ser teu amigo, mas é teu colega; e deves cumprimentar todos os teus colegas. Respondi eu. Obviamente, desenvolvi a partir daí uma conversa sobre a relação entre amigos e colegas. Por muito que tentemos as nossas lições nunca estão completas; há sempre falhas a colmatar, erros a corrigir.

E saber reconhecer uma relação de amizade saudável encaixa exactamente neste tipo de falha; nem sempre os meninos bem educados e bons alunos são bons amigos. Esta tem sido uma lição frequentemente repetida cá em casa, a propósito de uma relação de amizade dos meus filhos. Relativamente a esta questão, os meus conselhos sumários têm sido os seguintes:
Um amigo verdadeiro...

Respeita - Amigo que é amigo, respeita. Aceita as decisões do seu amigo, mesmo não concordando com elas. Não espera que estejam sempre em sintonia, e quando isso acontece, não disparata, rebaixando as escolhas do outro. Ridicularizando e divulgando junto dos outros colegas de forma trocista. Isso é inaceitável. Respeitar é aceitar, mesmo não compreendendo.

Gosta - Aprecia a companhia e maneira de ser do amigo e compreende que outros também gostem; aliás, gosta que os outros, amigos e colegas também o apreciem. Não é ciumento, nem exige exclusividade. Reconhece as qualidades do amigo e por isso tem orgulho na amizade que os une.

É altruísta - O amigo verdadeiro partilha e ajuda. Alegra-se com o sucesso do seu amigo como se fosse seu. Por isso, não sente inveja. Não "puxa" para baixo, dizendo que ele não vai conseguir, pelo contrário, incentiva com palavras de confiança. Motiva e promove o amigo, quando este necessita.

Claro que todas estas características devem ser  recíprocas; se for apenas numa direcção, é uma amizade unilateral, logo não é merecida.
E assim sendo, aconselho os meus filhos, em primeira instância, a corrigirem o comportamento desadequado; a dizerem ao "amigo" que não foi correcto, que não gostaram daquele comentário, ou comportamento e porquê. Se não resultar, e sentindo-se constantemente incomodados, perturbados,  a afastarem-se.
Manter este tipo de relação faz mal às crianças, enquanto passa ao outro suposto amigo a ideia de que este tipo de comportamento entre amigos é aceitável, normal. Mais grave ainda, sinto este tipo de relação como um bullying subtil, e por  isso, definitivamente, não deve nunca ser consentido.

Tenha uma óptima semana. 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Ainda a propósito do Benfica...


Via

Durante a looonga reportagem no telejornal sobre a vitória que não aconteceu:

- Ai, o Benfica! Tanto me faz sofrer e eu cada vez gosto mais dele! Dizia um homem, enquanto batia com a mão no peito. - Já a minha mulher, à primeira que me faça: Rua!

Era para ter piada? Não me fez rir.

Tenha um óptimo fim-de-semana.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Como semear Glicínias


Gosto imenso desta época do ano! Para além dos dias soalheiros aprecio as flores a desabrochar, em particular a nossa glicínia que se mostra, a cada ano, mais florida. E sem dúvida que este ano foi um autêntico festival!

Desde 2011, a propósito deste post, os pedidos de sementes não têm cessado de me chegar, e na medida do possível vou tentando corresponder, até porque todos os anos a Glicínia tem dado mais sementes. No entanto, eu não sabia como tratar as sementes, pois a nossa já chegou a casa com cerca de um metro de altura, e não pude transmitir indicações a ninguém, junto com as sementes. Isto mudou este ano, com o esclarecimento de uma jardineira experiente, a Isa, a quem também enviei sementes, e as aguardava desde o ano passado.

Então, segundo a Isa,  é assim...

Quanto ao pormenor de pôr as sementes de molho... prende-se com o princípio de querer acelerar o mecanismo de brotar as raízes e assim nascer mais depressa sem correr tanto o risco de a semente apodrecer sem força para brotar, uma vez que a casca é muito resistente.

As sementes ficam de molho até dobrarem de tamanho... entre 24 a 48h depois semeiam-se em trufa com um pouco de areia e coloca-se o vaso dentro de um saco plástico perfurado para deixar entrar o ar, mas com o cuidado de não deixar a luz do sol incidir direto. (segundo pesquisas que fiz, porque nunca semeei nenhuma glicinia).

Eu vou fazer a experiência e depois informo-a do resultado. Mas como tem resultado com outras sementes, acredito que com esta também resulte.

Pronto! Boa sorte, espero que resulte. 
Até breve!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Eu também fechei a Bertrand


VIA

Na sexta-feira fui ao Shopping. Logo de manhã cedo, mesmo antes das lojas abrirem. Poucas pessoas perambulavam pelos corredores ainda, e os lojistas faziam a limpeza matinal, antes de abrirem as portas. O ambiente era tranquilo, quase silencioso, muito contrário ao habitual.

E de repente, vejo que a Bertrand fechou portas. Atónita, olhei em volta para verificar se me teria enganado na localização da livraria; não, era mesmo ali. Entre aquelas duas lojas e pouco antes da Throttleman. E por falar na Throttleman, onde está ela? Não deveria estar ali?! Também fechou. E a Petit Patapon. E a Benetton.
As lojas fechadas ficam disfarçadas com pósteres gigantes a fazer publicidade a marcas e produtos. Se antes passavam por detectar entre lojas abertas, hoje são tantas lojas fechadas disfarçadas com pósteres que é impossível não reparar.

Mas a Bertrand...  Passamos lá horas; sempre que ia ao Shopping com as crianças tínhamos duas paragens obrigatórias: Imaginarium e Bertrand. Algumas vezes comprávamos livros, outras apenas víamos as novidades e líamos um ou outro livro.
Depois abriu a FNAC. Como se não bastasse a concorrência da livraria do Continente, abriu a FNAC, a gigantesca, com milhares de livros,  e nós sucumbimos como todos os outros. Ocasionalmente ainda entravamos na Bertrand, mas cada vez menos.

Primeiro, foram "abatidas" as Livrarias de rua, agora estão a ser definitivamente exterminadas as pequenas livrarias dos Shoppings, que comprovadamente não são par para as grandes livrarias internacionais. E é triste. As livrarias de rua têm um encanto, uma atmosfera irreproduzível.

É a crise. Sim, já não há tanto dinheiro para gastar nas lojas, as pessoas estão mais pobres.
Mas a Bertrand...  Existe desde 1732, e suponho que o facto de possuir uma longa existência também me encanta e simultaneamente me entristece, por não lhe valer de nada.

Definitivamente, estamos mais pobres.

Tenha uma óptima semana. 

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Receita para o fim-de-semana: Barrinhas energéticas


Foi com esta desginação que as vi, aqui. O aspecto convenceu-me totalmente, e dada a facilidade de execução não hesitei em testar.
São barras de frutos secos, e são deliciosas. As crianças adoraram, e cada vez que queriam uma, diziam que estavam a precisar de energia!
Muito fáceis de fazer. Uma gulodice saudável. Veja os benefícios dos frutos secos aqui.


Colocam-se os três frutos na liquidificadora e trituram-se até se transformarem numa pasta praticamente homogénea.



Forma-se uma bola com esta pasta, que se estica com um rolo, formando um quadrado. Com uma faca corta-se aos quadrados e coloca-se papel vegetal por baixo de cada barrinha. Guardam-se numa caixa hermética que se esconde muito bem escondidinha! Ou então coloque logo num prato porque vão desaparecer num ápice!

Tenha um óptimo fim-de-semana!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Lágrimas de Facebook


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Acho que a expressão popular "lágrimas de crocodilo" na era das redes sociais devia ser actualizada. Proponho "lágrimas de Facebook". O sentido é o mesmo mas adaptado a uma nova tendência. À realidade dos icons e likes. Muito mais fácil do que fingir lágrimas de crocodilo.

Apercebi-me disto a propósito da tragédia que foi o assassinato do estudante, na Queima das Fitas, no Porto. Não me interessam detalhes, que nem eu mesma sei nem quero saber. O que sei porque vi, foi a comoção geral, dos estudantes pela morte estúpida desse jovem, estampada em todo o lado no Facebook. Os elogios à jovem pessoa que ele foi, o pesar, a perplexidade e indignação.

Mas a Queima das Fitas continua. As festas, as noitadas nas discotecas, as bebedeiras. O desfile.

É fácil pôr um like numa mensagem comovida. É fácil fazer um share.

Mas saem do Facebook e a Queima continua. A euforia mantém-se.

Depois de um acontecimento destes, de assassinarem um dos deles, como podem continuar a festejar, como se nada tivesse acontecido? Porque não cancelaram tudo?
Sei, a vida continua! Para quase todos pelo menos, porque para aquele rapaz, pais, familiares e quem o amava realmente, parou. A vida ficou suspensa.
Para esses não há likes nem shares. Poderia haver mais solidariedade neste momento de sofrimento, mas não há icon para isso. 

Entretanto, virtualmente, fazem cara de Facebook. 


segunda-feira, 6 de maio de 2013

Dia da não-mãe


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No dia da Mãe lembro-me sempre das mulheres que não são mães. Mais exactamente das mulheres que escolheram não ser mães. Tenho um grande respeito e admiração por elas. Claro que eu gosto imenso de ser mãe, poderia fazer aqui  uma longa lista em homenagem à maternidade num piscar de olhos. Mas isso não me impede de reconhecer os motivos que as mulheres não-mães invocam para não terem filhos. E acho esses motivos muito convincentes. Coerentes até.

Eu gosto de coerência. É aquele fio condutor que nos permite viver a vida de forma equilibrada, e sentirmos que a temos, dentro do possível, controlada. E por isso, acho estranho que muitas pessoas pensem que optar por não ser mãe é ser egoísta. Porque estas mulheres escolheram dar prioridade à carreira, ou a elas mesmas. Porque optaram por não ter ninguém dependente delas, em todos os sentidos, e beneficiar com isso. Porque escolheram viver a vida que elas querem.

Se pensarmos realmente sobre isso, as egoístas somos nós. Infelizmente, vejo tantos casos de mães que nem sequer escolheram ser mães, são-no e pronto. Esperava-se isso delas, como seguimento do namoro, casamento, casa e carro. O plano convencional em execução. Outras que escolhem ser mães, como se o filho fosse o derradeiro acessório de moda, depois do iphone4 na mão, ou terrier pela trela, o filho ao colo. Outras porque acham que os filhos solidificam os casamentos. Porém, seja como for, na base de termos filhos há sempre um certo egoísmo; nem que seja apenas uma pulsão natural para realizarmos uma extensão de nós mesmos. Nós é que sucumbimos ao egoísmo.

Admiro a lucidez das mulheres que optaram por não ser mães. E acredito que muitas vezes essa opção lhes trará tristeza e dúvida, pois naturalmente é mais fácil ceder à tendência do grupo, à pressão da sociedade. Admiro-lhes a coragem, porque francamente, estas mulheres são estigmatizadas pela sociedade, por não encaixarem na norma.

Respeito as mulheres que escolheram ser mulheres apenas, e o fizeram de forma deliberada e pensada. Há uma grande coerência nessa escolha de vida.

Tenha uma óptima semana!

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Prato para jóias - Faça você mesma


Desde que descobri a facilidade e eficiência da pintura em spray não quero outra!

A Letícia queria um pratinho para pôr as "jóías" dela, na mesinha de cabeceira. Comecei por lhe dar um em louça, mas está-se mesmo a ver que não durou muito tempo.
Entretanto, descobri este no meio de algumas velharias que tínhamos numa caixa; e pensei que sendo em metal, seria adequado para um quarto de menina onde há lutas de almofadas, e eventos do género. Para mais, tinha gravado umas flores pequeninas. Mas estava mesmo em mau estado.


Nada que uma tinta em spray não resolvesse. Fácil e rápido, seca em poucos minutos.

Tenha um óptimo fim-de-semana!