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As estradas, cidades e países estão em constante mudança, por isso os GPS's precisam de ser regularmente actualizados. E ainda assim a nossa confiança na máquina deve ter um limite; por exemplo, nessa mesma viagem, os nossos amigos alemães, contaram-nos que alguns dias antes um carro tinha caído no rio Reno, precisamente, porque o GPS indicava que seguisse em frente!
Já em França, vimos na televisão, o engano de uma família japonesa, que alugara um carro com GPS e em vez de irem para o santuário de Lourdes, tinham chegado a uma pequena aldeia, também com o nome de Lourdes, a cerca de 700 kms dali, segundo me lembro.
Tudo isto nos fez pensar que realmente a ajuda da tecnologia é útil, mas não devemos confiar nela cegamente. Entretanto, outra notícia sobre o uso de GPS, oriunda de estudos científicos, alertava para o facto do homem perder a capacidade de ler mapas, se deixasse de o fazer.
O sentido de orientação foi desenvolvido pelos nossos antepassados durante muitas gerações. Depois aprenderam a ler as estrelas e a orientarem-se pelos astros. E por fim, começaram a desenhar mapas e a saber interpretá-los. Demorou muito tempo, até chegarmos até aqui.
E você pode perguntar- E se perdermos essa capacidade, que interessa, se temos a tecnologia, que irá ficar cada vez mais desenvolvida?
Bem, realmente não duvido mesmo nada que daqui a alguns anos se crie e desenvolva um nano-chip que poderá ser implantado no nosso cerebro, de forma a dar-nos todas as localizações necessárias.
Porém, estaremos sempre a depender das máquinas, e a esquecer aquela máquina maravilhosa que é o nosso cérebro. Para que ele funcione perfeitamente, necessita de estímulos, de ser constantemente exercitado. Interpretar um mapa é exercitar o cérebro nessa área específica, se deixarmos de o fazer, essa função deixa de ter utilidade e com o tempo desaparece.
A advertência vem de cientistas, e para mim faz todo o sentido; nós desenvolvemos as habilidades que utilizamos.
Se já antes levávamos connosco mapas, agora passamos a desligar o GPS em grande parte das viagens. E temos conseguido encontrar tudo o que queremos. Tal qual como antes!
Até breve!