terça-feira, 8 de maio de 2007

As crianças são...


Quando escrevi o post para o dia da mãe, lembro-me de ter conscientemente escolhido a última frase a pensar nas mães que não estão com os filhos; mães que partiram para longe por razões profissionais, mães que têm os filhos hospitalizados, mães de filhos que morreram, mães de filhos que as rejeitam, e mães de filhos desaparecidos. Na altura ainda ignorava o drama do desaparecimento de Madeleine MacCann. Quase não vejo as notícias e apenas no sábado à noite vi na televisão, que esta menina inglesa de 3 anos, a passar férias no Algarve com os pais, tinha sido raptada na quinta-feira, enquanto dormia. Os irmãos gémeos, com cerca de 2 anos dormiam no mesmo quarto e aí foram deixados.
Esse acontecimento arruinou a minha celebração do dia da mãe, porque se instalou no meu coração uma tristeza opressora de qualquer contentamento. Eu coloquei-me no lugar desse anjo, arrancada dos braços familiares, obrigada a “conviver” com um desconhecido,sujeita a todo o tipo de violência... Coloquei-me no lugar dessa mãe, desse pai, dessa família e amigos e fiquei sem chão.
De todos os crimes cometidos pelo homem, o mais horrendo de todos é o atentado contra a criança; a criança é o que de mais belo produzimos, é um ser perfeito de luz, inocência e pureza. Atentar contra uma criança é o mesmo que atentar contra o próprio menino Jesus.
O homem devia nascer geneticamente incapacitado para maltratar, fosse de que forma fosse, a criança. O corpo de uma criança é como um templo sagrado e a alma de uma criança é um pedaço da própria alma de Deus.
Tenho rezado para que o monstro que cometeu tamanha atrocidade tenha ainda uma centelha de humanidade e num momento de arrependimento e lucidez devolva esse anjo à família.
Ao conversar com o meu marido,a certa altura ele disse que muitas pessoas têm mais cuidado com o ouro, do que com os filhos. Ninguém deixa um fio de ouro dentro do carro, enquanto vai comprar o pão; nem deixam ouro à vista dentro de casa, quando saem.
Mães, pais, vigiemos os nossos filhos! Vivemos num mundo insano e maldoso e não podemos confiar senão em nós. Cuidemos deles como tesouros vivos, testemunhos de esperança para a nossa raça. Eles são o nosso OURO!