quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Paz no coração


Dizemos todos: queremos paz! Reclamamos contra o Bush por ter invadido o Iraque, reclamamos contra Putin por matar tchetchenos, reclamamos agora contra a ditadura militar em Burma, sempre em nome da paz,o que está certo, mas será que realmente queremos paz?
Enquanto injuriamos os que invadem países, que começam guerras, que patrocinam guerrilhas, esquecemos que nós próprios estamos em guerra; com o vizinho, com o colega de trabalho, com o amigo, com o pai e com a filha! Como podemos exigir paz quando a paz não está connosco?

Aquele que encontrou a porta da garagem bloqueada, por um carro, e resolveu ir a pé para o trabalho, porque ainda tinha tempo e não era assim tão longe, queria paz!

Aquele que resolveu fechar os olhos aos 20 cms de terreno que a autarquia lhe tirou para construir um estacionamento, porque achou que ainda assim tinha terreno suficiente para construir uma casa, queria paz!

Aquela que acreditou nas desculpas da amiga e se reconciliou com ela sem pensamentos de desconfiança, queria paz!

Na impossibilidade de “obrigar” os governos a instaurar a paz, vamos começar por nós? Procurar limpar o nosso coração da desconfiança, do ressentimento, da vingança, e substituir esses sentimentos pela tolerância, solidariedade e amizade? Talvez quando conseguirmos isso, tenhamos paz de espírito, paz na nossa casa, na nossa rua, no nosso país, no mundo! Porque afinal, todos queremos paz.

Platão deixou-nos esta frase:" A paz do coração é o paraíso dos homens", porque ele sabia que a paz vem de dentro para fora.

Post integrante da blogagem colectiva, proposta por Lino Resende; clique no link para conhecer participantes e seus textos.