O meu pai começou a fumar com 12 anos; na época fumar dava um certo status e na embalagem não existia a famosa advertência "fumar faz mal à saúde". O meu pai fumava no trabalho, em casa e no carro, o que nos deixava agoniadas( a mim e às minhas irmãs), em todas as viagens. Sempre que pedíamos ao pai para deixar de fumar ele respondia que não conseguia, que o vício era mais forte do que ele.
Quando o meu pai se sentiu doente, tinha 67 anos e deixou de fumar de um momento para o outro. Depois daí não tolerava ficar perto de fumadores e não permitia que fumassem em casa. Mas foi tarde demais; aos 69 anos o meu pai estava em excelente forma física e mental. O único órgão do seu corpo que deixou de funcionar foram os pulmões, envenenados com nicotina, benzina, alcatrão e variadas substâncias cancerígenas.
O meu pai que gostava imenso de crianças não conheceu os netos e estes sentem falta dele, porque eu faço questão de amenizar a ausência do avô, transmitindo-lhes as minhas memórias.
A morte do meu pai foi o maior desgosto que sofri, é aquela dor que não quer calar, apesar do tempo. Sabe aquela opressão no peito que tira o ar? É assim que me sinto quando me lembro do meu pai. Ele poderia estar aqui hoje.
Não acredito que uma blogagem colectiva convença algum fumador deixar de fumar, nem tenho tal pretensão, mas se você fumador(a), está a ler as minhas palavras, saiba que a sua presença é importante para alguém. Então, cuide da sua saúde, trate bem o seu corpo. A vida é preciosa.
Tema subordinado à blogagem colectiva "Dia mundial sem tabaco", promovida por Nando Damásio.
Quando o meu pai se sentiu doente, tinha 67 anos e deixou de fumar de um momento para o outro. Depois daí não tolerava ficar perto de fumadores e não permitia que fumassem em casa. Mas foi tarde demais; aos 69 anos o meu pai estava em excelente forma física e mental. O único órgão do seu corpo que deixou de funcionar foram os pulmões, envenenados com nicotina, benzina, alcatrão e variadas substâncias cancerígenas.
O meu pai que gostava imenso de crianças não conheceu os netos e estes sentem falta dele, porque eu faço questão de amenizar a ausência do avô, transmitindo-lhes as minhas memórias.
A morte do meu pai foi o maior desgosto que sofri, é aquela dor que não quer calar, apesar do tempo. Sabe aquela opressão no peito que tira o ar? É assim que me sinto quando me lembro do meu pai. Ele poderia estar aqui hoje.
Não acredito que uma blogagem colectiva convença algum fumador deixar de fumar, nem tenho tal pretensão, mas se você fumador(a), está a ler as minhas palavras, saiba que a sua presença é importante para alguém. Então, cuide da sua saúde, trate bem o seu corpo. A vida é preciosa.
Tema subordinado à blogagem colectiva "Dia mundial sem tabaco", promovida por Nando Damásio.