terça-feira, 17 de junho de 2008
Escolas que são asas
(Imagem aqui)
Há algum tempo uma mãe confessava-me suspeitar que a filha fosse hiper-activa; tudo porque a educadora lhe tinha dito várias vezes que a filha estava constantemente irrequieta e não queria ficar na sala. Tentei tranquilizá-la, porque de certa forma vivemos uma experiencia semelhante no ano passado, com o Duarte. No caso dele era o desinteresse pelas actividades do Infantário, e entretanto, no 1º ano da escola revelou-se um excelente aluno.
Há escolas assim, onde os alunos são um grupo e o principal objectivo é mantê-los quietos e calados. Onde não se admitem comportamentos diferenciados e todos devem executar as mesmas actividades com igual empenho. Onde as educadoras ensinam o menos possível, justificando como contraproducente ao 1ºano escolar. Onde infantário ou escola é um depósito de crianças, cujo único alimento é físico. São as escolas-gaiolas.
Há 2 semanas atrás fui convidada pela professora do meu filho a desenvolver uma actividade na sala; escolhi uma fábula que tinha escrito para o Duarte, quando ele tinha 4 anos, e ele ilustrou a história. Passei para power-point e fui à turma contar “O Tigre e o Jaguar”, enquanto o Duarte projectava as ilustrações. As crianças adoraram, o meu filho ficou muito orgulhoso da nossa parceria, e eu achei a experiencia muitíssimo interessante.
Na 2ªfeira, quando fui levar a minha filha ao Infantário, a educadora estava a fazer uma primeira abordagem a Camões; quando, de tarde, a Letícia chegou a casa contou-me a vida do poeta correctamente, com imenso entusiasmo.
Os meus filhos estão em escolas onde a participação e o contributo individual são importantes; onde a individualidade de cada um é valorizada e incentivada. Onde a diferença é uma mais-valia e o grupo uma soma inter-activa, de onde cada um sai mais enriquecido. São escolas que são asas.
Se em família ensinamos os nossos filhos a voar, vamos querer que a escola seja um prolongamento dessa aprendizagem, não que lhes cortem as asas por falta de espaço, de respeito, de liberdade.
Se quer que o seu filho voe, voe com ele; participe nas actividades escolares, inove, leve à escola as suas ideias.
Li um post no Como a vida quer, que vem de acordo ao meu pensamento e a este post, inclusive tirei de lá a denominação escola-gaiola/ escolas que são asas. Como eu, a Sam achou o texto perfeito! Passe por lá, pois vale mesmo a pena!
Para terminar, copiei o texto e vou envia-lo às professoras dos meus filhos, como homenagem e agradecimento.
Elas merecem, pois sabem voar e ensinam a voar!
Uma óptima semana com altos voos!