segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Roupa nas cordas

Há algum tempo atrás recebi uma newsletter da Care2 , convidando-me à luta, no movimento da legalização(again!) das cordas de roupa. Parece que apesar de ser legal, centenas de comunidades norte-americanas estão a proibir os moradores de secarem as suas roupas em cordas.

Razões invocadas: é ofensivo à vista e os pingos podem causar estragos.
  
Recentemente, num post da Elis, que chegou ao Porto há cerca de um mês, notei a estranheza dela perante a roupa que secava nas janelas e varandas da Ribeira.
Confesso que também eu já disse “Que mau aspecto!”, referindo-me a prédios onde a roupa seca nas varandas. Porém, no caso da Ribeira, um bairro popular típico, roupas a secar no exterior faz parte do postal, tal como eu comentei lá.

Nem todos têm a sorte de possuírem um terraço, ou jardim, como eu, onde secar a roupa. E admito que até essa facilidade já prevejo que um dia acabe: Imagine que os passageiros dos aviões que sobrevoam o meu espaço, achem feio?!

Uma amiga minha vive num andar, onde uma das varandas foi transformada em lavandaria; a persiana tem um sistema de ventilação que só por si já seca a roupa, mesmo não permitindo que se veja o interior, da rua. Os arquitectos podem muito bem oferecer alternativas ecológicas com estética. Em último recurso, resta-nos reflectir a quem devemos fazer concessões: ao ambiente, ou à estética?

Eu prefiro a secagem ao sol, e Invernos houve em que liguei a máquina 2 ou 3 vezes (não neste, infelizmente, que tem sido chuvoso), além de que uma eco-guerreira ( cof,cof...) como eu pretendo ser, só poderia defender a secagem natural, não esquecer a emissão do carbono e poupança de energia.

Além disso, roupa a secar dá umas belas fotos e caracteriza muitos bairros e cidades, não acha?

Uma óptima semana!




Actualização:
O Eduardo prestigiou-me  com a publicação deste post, na integra, no seu Varal de Ideias. Convido-o a conhecer o espaço, que vale muito a pena!