A inquietante Janela de Johary é um conceito que tem como ideia da pessoa, a imagem de uma janela dividida em quatro; num espaço o que você mostra que é, o que os outros acham que você é, o que você acha que é, e o que você é realmente.
Acontece que frequentemente nas reuniões de família há um tema que desperta mais atenção e debate do que outros; desta vez foi a versão pessoal que cada um tem da sua história, que implica outros.
Há alguns anos, a minha tia encontrou na paragem do autocarro uma senhora sexagenária, que falando com ela, lhe contou como o médico que a tinha operado tinha abusado dela. A senhora não fez queixa, nem contou aos filhos, porém naquele momento desabafou com uma estranha, que nunca mais voltou a ver.
Há um fragmento de uma cena da minha infância que eu não consigo explicar nem para mim própria; a menina que eu fui apagou um episódio e só ficou aquilo, nem o antes, nem o depois.
Portanto, quando considerarmos emitir um julgamento sobre alguém, devemos sempre dar o benefício da dúvida; não sabemos tudo do outro, nem ele próprio saberá. E de certeza não sabemos tudo de nós mesmos. Concentremo-nos na Janela!
Uma óptima semana!