quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

É Permitido Mudar o Nome?

Sim, é. Segundo este artigo, cerca de meio milhar de pessoas mudaram de nome em 2014; apesar de ser um dos emolumentos mais caros ( 200€), o processo é simples.

Ainda que na maior parte dos casos a mudança fosse apenas relativa a nomes de família, uma parte residual mudou ou retirou o nome próprio. Há várias motivações para mudar de nome. Sendo a nossa primeira marca de apresentação, frequentemente sem antes sermos vistos, acarreta um peso substancial. Que tanto pode dar informações ditas positivas, como negativas, julgamos nós. E por essa mesma razão, há quem não se identifique com o seu nome próprio, e o queira alterar.

Convenhamos que há nomes realmente constrangedores, que revelam um consensual gosto duvidoso, senão mesmo um verdadeiro delírio; li há dias uma notícia que relatava o indeferimento de um juiz, perante a escolha do nome Nutella, para a filha de um casal.
Outros, pecam pelo excesso de confiança da parte dos progenitores, que poderá resultar numa espécie de castigo para quem o recebe; no caso, estou a lembrar-me de Linda.
Há ainda quem apenas goste do nome, não o relacionando com alguma personalidade que o tornou famoso pelas piores razões, como por exemplo, Adolfo.

Ou simplesmente, e talvez a hipótese mais vulgar, o nome herdado de familiares ou padrinhos, caiu em desuso ou está fora de moda.

Desde o berço identificados com um nome que não gostamos, ou o gosto se adapta ao hábito e nos identificamos com ele, ou a rejeição poderá criar muitos conflitos de identidade. Neste último caso, é compreensível que a mudança de nome seja uma alternativa a ser concretizada. É certo, porém, que parte das pessoas que fizeram essa alteração, acabaram por voltar a requerer o seu primeiro nome próprio. O que me leva a pensar, que mais do que uma questão de gosto, é uma questão de bem-estar pessoal.

Se a responsabilidade dos pais, na escolha do nome dos filhos já era grande, com a globalização, e flexibilidade da Lei que aceita nomes estrangeiros, o desafio alcançou um outro nível. Sendo bem precisos nove meses de reflexão!