quarta-feira, 8 de maio de 2019

- Adeus Facebook!



De vez em quando, alguém no FB comunica que vai fazer uma pausa naquela rede, ou que vai passar a utilizar mais o Instagram, devido ao "ambiente pesado" que se encontra por ali. De facto, ler os comentários de determinadas publicações é de deitar mãos à cabeça; as pessoas não se coíbem de insultar com os piores impropérios quem tem opinião contrária à sua, e fazem-no de diversas formas, seja directamente, seja com subtilezas e ironias. Recorrem aos truques mais baixos, como espiar o perfil dos comentadores para usar algo que sirva de arma de arremesso, ou rebaixar o outro pelas faltas ortográficas (quando por vezes, na expressão de pensamento se nota até coerência e pertinência), ou apenas insultando sem sequer rebater o argumento.
  
Recentemente, li comentários na página de uma marca que sigo,sobre os preços praticados; que não são para todos, que é um absurdo, e pelo meio insultos mais ou menos camuflados. Parece que as pessoas descobriram só agora que há artigos que não estão ao alcance de todas as carteiras! Mas não, sempre o souberam, mas como não têm "lata" para entrar nas lojas e fazer qualquer reparo ( porque há nisso um indubitável absurdo), fazem-no agora por detrás dos ecrãs. O absurdo é o mesmo, porém a rede que o filtra já é outra, é permeável à cobardia.
Relativamente a contas pessoais, as coisas estão mais ou menos controladas, pois que os "amigos" só lá estão por consentimento, a opinar, gostando ou desgostando. Contudo, ainda assim, há quem se queixe da agressividade de alguns, enquanto estes se dizem "sinceros e frontais". Muitos ainda não perceberam que há formas & formas de se dizerem as coisas.

É interessante ler os comentários, e por vezes, muito mais divertido e interessante do que as próprias notícias ou publicações; também há pessoas inteligentes, cultas e bem-humoradas nas redes socais. E é por isso, que na minha opinião, não vale a pena fugir de certas redes, pois o problema não são elas, per se, mas quem as frequenta - a humanidade. E essa está por todo o lado, acabando sempre por se revelar.