terça-feira, 26 de novembro de 2019

Fillmes que vale a pena ver

Parece que por coincidência (ou será que não?), todos os filmes que tenho visto são inspirados em casos reais, e notei apenas isto ao escrever este post. Interessante.


A incrível história do carteiro Cheval TVC2
Esta história verídica, passa-se em França, na região de Droma, no séc.XIX. O carteiro Cheval, um homem suigeneris, que na aldeia consideram louco (pareceu-me que teria algum grau de autismo), após a morte da primeira mulher, e o afastamento compulsivo do filho pequeno, volta a casar e tem uma menina, Alice. Se as capacidades socais de Cheval são limitadas, e relativamente a crianças ele tem perfeita noção disso, portanto e subitamente, decide construir um palácio para a filha, que vai demorar 33 anos, de trabalho duríssimo e grandes sacrifícios. É a sua forma de homenagear a filha, de lhe demonstrar o seu amor por ela, que de outra forma não conseguiria. A arte do palácio é assombrosa, fez-me lembrar Gaudi, talvez este tenha ouvido falar dele, e se tenha inspirado. Quem sabe?!
É um filme extremamente belo e emocionante. O actor principal faz um papel magnífico!

Green Book - Um guia para a vida TVC1
Também baseado numa história verdadeira, sobre um famosos pianista negro, Don Shirley, que nos anos 60 decide fazer um tour pela América, contratando um segurança e motorista italo-americano, bastante racista. Esta viagem vai proporcionar momentos de diversão, mas sobretudo retrata uma América declaradamente racista, meio perdida entre o que era e naquilo que se tornaria, porém conciliatória, na concretização de uma amizade improvável.

A livraria TVC1
Nos anos 50, Florence, decide realizar o sonho de abrir uma livraria numa terriola perto de Londres. O gesto é arriscado mas revela-se um sucesso, até que ... surgem complicações que exigem tenacidade e empenho, mas será isso suficiente? Seja como for, a atitude desafiante de Florence deixará sementes.

A mulher que segue à frente TVC3
Inspirado em Catherine Weldon, que no séc. XIX, após se tornar viúva, decide viajar de Nova York até Dakota do Norte, a fim de pintar o último grande chefe índio, Touro Sentado. Ninguém imagina agora quão perigosa pode ser uma missão destas, porém C.W. está resoluta e nada, nem ninguém, a impedirá de fazer o que quer. 
Gostei de Jessica Chastain, num papel muito convincente entre a delicadeza e a força. A história é interessante pelo período histórico, e também pela divulgação de uma figura feminina, a pintora, que terá certamente inspirado muitas mulheres. 

Memórias de uma falsária TVC1
Inspirado em factos verídicos, contados pela própria Lee Israel, na sua autobiografia, que atravessando um período de penúria financeira, descobre que o seu talento pode ser muito mais rentável do mercado das antiguidades literárias, mais propriamente no sector das epistolas de famosos falecidos. Contudo, como não há crimes perfeitos...!
A Melissa Mccarthy também sabe fazer papeis sérios, e como! Perfeitamente credível, num papel antipático que dificilmente conquista o espectador. Mas conquista. 
A prova de que o talento pode derrapar para o lado mais fácil. 

Igualdade de sexos /Made in Dagenham TVC3
Em 1968, as trabalhadoras a Ford, em Dagenham, descobrem que apesar da igualdade de direitos, os homens recebem mais. Ignoradas pelas chefes, iniciam uma greve, reivindicando salários e benefícios iguais. Constata-se como os próprios companheiros e maridos também as discriminavam, e quando se viram em xeque, de imediato retrocederam no apoio. 
Contudo, este braço de ferro viria a dar frutos, não apenas para estas trabalhadoras, como para as de todo o pais, e do mundo.

Eu, Daniel Blake (canal?)
Acho que este é o único filme que não se baseia num caso verídico, e porém, retrata muitíssimo bem o serviço público inglês.
Daniel Blake tem um avc e fica de baixa, porém esta esgota-se e a médica recusa dar-lhe alta, pelo que ele se submete a um inquérito feito de forma totalmente desadequada, que o habilita a trabalhar. Mas a médica rejeita. Daniel Blake fica assim numa espécie de limbo, como há-de sobreviver? Pelo caminho encontra uma jovem mãe solteira que também está refém do sistema, e fazem amizade, numa aliança para conseguirem ultrapassar os problemas.
A fotografia de um sistema desumano e perverso, no qual os trabalhadores da segurança social agem como máquinas, e as pessoas são facilmente descartadas.