quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Vivemos numa sociedade distópica!

Se, no passado, alguém me dissesse que eu passaria por uma situação como a actual, em que sinto a minha liberdade em risco, não acreditaria. Seria uma insanidade pensar que vivendo em democracia no séc.XXI, os nossos direitos defendidos pela Constituição estariam em perigo. E mais ainda que tudo isto viesse de um regime de esquerda. Assustam-nos tanto com a sombra da insidiosa direita, do fascismo eminente se baixarmos a guarda, e afinal o ataque veio mesmo da esquerda socialista. 

Agora dou por mim a pensar, e sentir, aquilo que o meu avô, opositor de Salazar e apoiante público de Norton de Matos, sentiu; e por aquilo que o meu pai, defensor do meu avô, dando a cara à PIDE, sentia, quando lhes entravam em casa à procura do pai, e passavam em revista o escritório e sala de leitura. São sentimentos de que me falaram, e que ouvi sem sentir, até agora. 

A propósito da Palermia, o governo está aprovar leis absolutamente inaceitáveis para um regime democrático, como a da expropriação dos bens particulares; como a da entrada da Polícia, em casa dos cidadãos, sem mandato; como a da obrigatoriedade da instalação de uma APP no telemóvel privado, atacando-nos a privacidade. Questionado sobre a inconstitucionalidade da obrigação desta regra, António Costa dá uma resposta bem ilustrativa do seu perfil e também anedótica:

“As medidas só são autoritárias se as pessoas não as cumprirem já espontaneamente” 
 
Isto dava um meme! E tem dado. 
A falta de noção daquilo que é a democracia do actual PM é escandalosa, e pior ainda, nem o PR nem a oposição fazem o papel que lhes compete; direita e esquerda estão perfeitamente alinhadas nas medidas covideiras e naquilo que não tendo nada a ver, se lhes associa e consente. Visto de fora, isto parece um filme de alguma sociedade distópica, inspirado num livro do género "Admirável mundo novo" ou "1984", de tão fiel e contudo, surreal que é!

Crenças à parte do covid19, que existe, mas não é e nunca foi pandemia, as pessoas estão cordatamente a aceitar a máscara, as regras dos ajuntamentos que proíbem mais do que 5 pessoas num sítio, e permitem concertos e touradas com espectadores em abundância, horários estapafúrdios para restaurantes e bares, os abusos que estão a ser infligidos aos nossos filhos nas escolas; professores a concordar com o castigo aplicado à criança que partilhou lanche com os colegas! Porque já tinha sido advertido sobre as regras sanitárias e nem sempre as cumpria! E etc. A lista das arbitrariedades cresce todos os dias, porque todos os dias as pessoas as aceitam, e até se antecipam, como que pedindo por elas. A nossa economia vai em direcção ao abismo, mas só quando as pessoas perderem o tecto, e virem os pratos vazios vão acordar para a realidade. E depois será tarde demais. 

Já não se trata da Palermia, isso é uma cortina de fumo para o que está a ser implementado pelos governos, não apenas em Portugal, mas por todo o mundo. Os globalistas estão a executar um plano que visa submeter-nos, e estão a ser bem sucedidos. As pessoas estão amedrontadas, vigiando um vírus que lhes disseram que entraria pelas frestas da janela, enquanto o criminoso entrou pela porta da frente, sem oposição. E nem sequer notam que lá fora já está um mundo às avessas, daqueles que viram em filmes e leram em livros (alguns leram), e que lhes pareceu sempre ficção científica. É aí que estamos!