terça-feira, 13 de setembro de 2022

Tudo num olhar

 Como um íman, olhei para o lado e vi um casalinho de namorados, não teriam mais de 25 anos, notei primeiro o olhar dele, por estar de frente para mim, o seu olhar apaixonado fez-me virar o rosto, disfarçadamente, e vi que ela lhe retribuía na mesma medida; davam uma mão, e ela ainda afagava a dele, suavemente, com a outra. Conversavam baixinho, mais com o olhar do que com palavras. Mas os olhares... transmitiam aquele amor apaixonado de quem sabe que encontrou a sua pessoa. Um amor terno, calmo. Estavam em sintonia. Até fisicamente, quando se levantaram para sair notei que tinham quase a mesma altura mediana, o tom de pele branca, e o os cabelos arruivados. Tudo neles era belo, tranquilo, amoroso. 

Mais tarde, ao voltar a pensar naquele casal veio-me a ideia que deve ser por este tipo de experiência que vale a pena viver; receber e retribuir aquele amor no olhar vale uma passagem por este planeta.

De tudo o que vi em Budapeste isto foi o mais belo, o que mais me impressionou, e se me perguntarem do que mais gostei, contarei este episódio.