Sou apologista do ensino pela prática, claro que a teoria é necessária, mas deveria estar par a par, não exclusiva, sobretudo quando as crianças são pequenas e iniciam o percurso escolar; as professoras do primeiro ano dizem que esse ano lectivo é sobretudo para ensinar os alunos a permanecerem sentados durante a aula, a levantarem a mão para falar, ou seja, para perderem os hábitos mais livres do Infantário e se começarem a comportar realmente como alunos.
É fácil de entender que esta mudança tão radical para crianças de 6 anos seja brutal, e difícil de aceitar, daí a resistência. Portanto, se o Ensino puser o foco na prática a aprendizagem será facilitada, e melhor aceite. Conheço um professor que dá primazia a actividades no exterior, e tanto alunos do passado como pais reconhecem nisso uma diferenciação meritória. Porém, entre os seus pares há crítica, até porque nem sequer o acompanham.
Àqueles renitentes que argumentam com o nosso clima, relembro que nos países nórdicos, com tempo muito mais severo, isso não é impeditivo, com chuva, com neve, com poças e lama, as crianças caminham pela floresta, mexem e descobrem coisas, todo o ano.
Ao ver este vídeo, lembrei-me desta questão, à qual tenho voltado algumas vezes, ao longo dos anos que escrevo aqui, por surgir constantemente informação nova, tal como acrescenta neste vídeo Forgotten forest; diz mais ou menos assim: "Quando eu levo a turma para fora, para a natureza, o "conflictuoso" torna-se líder; não apenas bem-comportado, o líder. Eu ouço isto constantemente. Levanta uma questão: O que estamos a fazer às crianças? Ao mante-las na sala de aula o tempo todo? Naquele cubículo, naquela cadeira. A fazer teste atrás de teste. Cancelando viagens de estudo. Só com esta teoria de que vamos fazer uma criança melhor se lhes fizermos isso. Mas qual é a proporção de crianças que está a tomar estimulantes que para o seu comportamento, poderá ter a ver com os termos retirado da natureza? ".
O tema apaixona-me, enquanto mãe e amante da Natureza, reconhecendo nela o lugar de aprendizagem, até sobre nós mesmos, e cenário pacificador, e por conseguinte, não posso conformar-me com o ensino teórico em ambiente fechado. É preciso que os pais reivindiquem mais, nos Agrupamentos, estas saídas, permitindo que os filhos descubram o Mundo na realidade, não somente através dos manuais; que se tornem curiosos, exploradores, investigadores. Estão a ver como tudo isso conduz a pessoas com carácter audaz e interventivo? Eu consigo ver a ligação.
Entretanto, se os pais conseguirem fazer isso ao fim-de-semana, idealmente ao fim do dia, nem que seja pelo parque ou jardim mais próximo, algum tempo, e os deixem sujar as mãos, o calçado, a roupa, já estão a fazer um óptimo trabalho, enquanto educadores.