Cá em casa a televisão está ligada somente ao domingo, porque a minha mãe vem almoçar e gosta de assistir aos programas que eu lhe seleciono, de canais que não tem em casa, sobre animais, concertos de música clássica, do mundo rural, como Uma Quinta e mil ovelhas, que variam daqueles que ela vê durante a semana; porém, o mal da semana já está feito, vem sempre com aquele relambório dos assuntos mais terríficos do momento, que em nada acrescentam à nossa realidade.
Desta vez foi a gripe das aves; alerta-me para eu não comprar frango do aviário! Ora eu já não compro desses há imensos anos, já nem me recordo há quantos, foi quando me apercebi de como são criados, das hormonas de crescimento acelerado, e medicamentos para resistirem às doenças que lhes injectam, a alimentação transgénica, condições miseráveis em que vivem, todo um conjunto que resulta num "produto" nada ético e muito menos saudável. Já preferia comprar directamente ao criador, como faço em quase tudo. De qualquer forma cá em casa só há um elemento que come carne, então a compra é diminuta.
Mas enfim, o tema é outro, e vai afectar a grande maioria das pessoas. Eu gostaria que houvessem mudanças alimentares, que priorizassem a ética e saúde, porém que fosse uma escolha pessoal e consciente, não baseada no medo. E para mim, esta é outra falácia, e quem vai cair nela mais depressa serão os citadinos, no mundo rural quem cria galinhas e as conhece sabe discernir se são saudáveis ou então doentes, as aves não adoecem por decreto nem por contágio jornalístico.
Se têm mesmo que ver televisão, vejam programas divertidos, vejam programas da natureza, do mundo rural e natural! Tudo o resto é lixo e formatação, que só causam preocupação e temor.