segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

“Memórias de uma Gueixa” - Livro versus filme



Gostei bastante do romance; o Japão foi um país que sempre me fascinou e que sempre desejei conhecer. Acho que ultimamente tinha esquecido isso, viajando só pela Europa, e o livro veio reavivar esse desejo antigo. O romance propriamente dito é de leitura fácil, embora fale de outras realidades e de outra época.
Quanto ao filme, é impossível vê-lo sem deixar de fazer constantes comparações com o livro, simplesmente porque as discrepâncias são demais e gritantes. Omissões? Ok, compreendo que por uma questão de tempo são inevitáveis, já não compreendo quando há alteração completa de determinadas situações, diálogos e comportamentos. A mais estapafúrdia, para mim, é na cena quase final, a substituição de um ministro japonês por um general americano, de quem depende a existência da fábrica de electricidade. Mas afinal, que lógica tem isto?! Só consigo compreender que os americanos não conseguem ficar no papel de meros figurantes( quando no livro é isso que eles são), nem no cinema! Eles têm que inventar um papelzinho mais importante, crear um certo protagonismo, sem respeito pela obra literária, nem pelo autor. Será que mais alguém pensa como eu?