Recentemente recebi um comentário num post proveniente de um anónimo; era um comentário simpático, que me fez sentir bem, porém pensei:” - Um dia destes estou a receber outro, que me vai deixar triste”. Porque a vida é mesmo assim. Então, aconteceu que entrando num blog de uma amiga, li um comentário insultuoso de um Anónimo; ele agredia verbalmente a pessoa da minha amiga, de uma forma que me chocou. Na realidade, trata-se de uma mulher linda, inteligente e sensível, com um blog interessante, eclético e sincero. Portanto, o que motivou o Anónimo? Despeito, certamente. Talvez ele gostasse de estar casado com uma mulher assim, ou…ser uma mulher assim e não podendo, ataca covardemente. Isto fez-me lembrar um outro episódio, passado há alguns anos com uma amiga. Ela telefonou-me em pranto, a contar que recebera uma chamada anónima, dizendo-lhe que o marido a traía. Ela não tinha quaisquer motivos para desconfiar, era um marido dedicado e óptima pessoa, mas bastou alguém colocar-lhe a dúvida para ela vacilar. O pior é que não fora um familiar, uma amiga, mas sim um desconhecido. O Anónimo. Qual fora a motivação deste? Talvez inveja daquele matrimónio? Não sei ao certo a verdadeira motivação do Anónimo deste acontecimento, nem do anterior. O que sei é que não devemos dar ao Anónimo o poder de nos desestabilizar, de nos melindrar, de nos fazer infelizes.
Bonaparte deixou uma frase que me agrada sobremaneira: “Perante a crítica e o elogio, fico indiferente, o meu juiz é a minha consciência”; certamente, ele pensava assim ainda antes de começar a invadir países, de qualquer modo a frase permanece porque é fundamentalmente boa. Não devemos deixar-nos manipular como marionetas, pelos outros. Vem um, dá uma pancadinha nas costas e nós sorrimos, vem outro, insulta-nos e ficamos infelizes. Contudo, se a consciência for o nosso guia, ficaremos abrigados desse balançar de emoções.
Quem disse que é fácil? É só para quem quer tentar.