Carpe diem
colha os dias
(todos eles)
este de agora
o do ano velho
e o que ainda não chegou
Colha seus funchos e seus corais
e preocupe-se menos
com os presságios
do ano que ainda lateja
ele nascerá
nascer é a sina de cada ano
e será exactamente
como você o construir
também não fique a temer
a fuga do tempo
antes, compartilhe-o
e seja mesa farta
onde só existe o sonhar
e não se esqueça:
é dentro de você
que a vida germina
e o ano de todos os dias
poderá vir a ser
campos dos girassóis
Autoria de Euza Noronha, Café com verso, prosa e bobagens