quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

A Maior Vigarice da Vida

Pagar impostos do dinheiro que ganhamos.

Pagar impostos do dinheiro que gastamos.

Pagar impostos daquilo que já possuímos quando já pagamos impostos desse dinheiro que ganhamos e gastamos. 

E pagar impostos continuamente até ao fim da nossa vida. 


Para reflectir. 


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Estêvão Lopes Morago - Magnificat octavi toni



Esta música dá-me paz. Dá-me vontade de parar, e maravilhar-me perante todas as coisas criadas por Deus. De contemplar a quietude.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Dica de Leitura - A Home For All Seasons

Dica de leitura de Miranda Mills

O que me atraiu neste livro foi a localização, ou o tema central, quer dizer, uma cottage parecia ser a personagem principal, e o local onde estava inserida, o campo inglês, para mim isto é irresistível. 

É uma espécie de diário, livro de apontamentos, de investigação, que começa quando Gavin Plumley, um declarado citadino, decide mudar-se para o campo, com o seu marido, Alaistair, por sua vez, um verdadeiro homem do campo. Na busca pela casa perfeita, encontram Steps House em Pembridge, num canto remoto de Inglaterra, pela qual se apaixonam imediatamente, e assim a adquirem. 

Ao fazer o seguro para Steps House são confrontados com a necessidade de saberem a idade da casa, inicialmente do Séc.XVIII ( porém dando sinais de mais antiguidade), e começa assim uma investigação que vai levar o autor através da História da casa, de Pembridge, da Inglaterra e até um pouco da Europa. 

Pembridge é uma aldeia antiga, que já na Idade Média tem registos, da actividade agrícola e pastoral, que está na base do seu enriquecimento mas que também sofreu grandes vicissitudes. 

Interessaram-me imenso certas curiosidades, que ainda actualmente impactam, como por exemplo, a referência ao azevinho, abundante na aldeia, e que hoje em dia é muito mais abundante do que na época, ao contrário daquilo que nos dizem! Aliás, menciona ainda Plínio, o Velho, romano, nascido no ano 23, que escreveu "o azevinho é raro, e quando encontrado, recolhido com toda a cerimónia".

O azevinho era tido como protector contra os maus espíritos, talismã de sorte e até cura para a melancolia. Foi rapidamente capturado pela religião, usando-o decorativamente no Natal, apesar de ainda reter a sua primeva associação à fertilidade, com a viscosidade das bagas comparada ao sémen. 

Gavin Plumley explica que este arbusto necessita de luz e com a deflorestação das florestas, os espaços por onde a luz entra é muito maior. Pode até ser, mas eu também penso que o facto das pessoas o terem nos seus jardins justifica em muito o azevinho ser tão comum.

Steps House é vizinha imediata do cemitério, e da igreja local, onde Gavin também procura informação; propósito do despojamento das igrejas protestantes, elas não eram assim originalmente, eram como as católicas ( pois eram católicas), porém, os reis que fundaram e cimentaram o Protestantismo, entenderam, sobretudo Eduardo, nas Reformas no séc.XVI,  que as pessoas não deveriam adorar imagens e por isso foram recolhidas, para sua alteza real; estes bens das igrejas representava uma riqueza colossal, com a arte, os objectos de ouro e prata, que assim foram legalmente confiscados, perante a indignação do povo, que não teve outra opção senão render-se. As mudanças também proibiram as procissões, e o toque dos sinos, para as missas; posso, facilmente, imaginar quanto tudo isto afectou a população, dado que as procissões tinham o objectivo de agradecer pelas colheitas e pedir abundância, para as seguintes. Por essa época, diversas actividades foram abolidas, como por exemplo a dança, que as entidades religiosas viam como pagãs, e que levavam a actos pecaminosos, sendo por isso os seus infractores castigados seriamente. Como não haveriam de ficar deprimidos?!

Outra coisa que sempre me fascinou imenso, e desconhecia o porquê, é a popularidade dos Pubs em Inglaterra. Ainda, actualmente, ir ao Pub é uma prática comum, fortemente enraizada, e na sua origem está o frio das casas! Apesar de todas as casas terem lareira, eram frias, a do pub estava permanentemente acesa, tornando a divisão quente e aconchegante. Além disso, era também onde as pessoas podiam socializar, e assim espantar e melancolia do Inverno ( a depressão nessa estação existiu sempre), sendo que beber um fino era apenas o pretexto para tudo isto!

Na Idade Média, Pembridge estava muito isolada, para mais a Lei inglesa proibia que as pessoas trespassassem campos e florestas pertencentes ao Estado, o que tornava as viagens para levar o gado ao mercado londrino, coisa de meses, e isolava a localidade, obrigando-os a comercializar entre si. Recentemente, aconteceu uma espécie de regresso ao passado. Como o casal já passou o "confinamento" de 2020 na aldeia, perceberam ainda mais então a importância de comprar localmente, e apoiar os produtores locais. Isso para mim já está mais do que assente, porém gostaria muito que todos tivessem tido essa descoberta, e mudassem de atitude. Gostei desse alerta. 

A propósito das "alterações climáticas", o autor refere a mini-idade de gelo que assolou a Europa no séc.XVI, que provocou escassez de bens alimentares, e consequentemente mortes em grande número, referindo que animais congelaram repentinamente, nas posições em que se encontravam. Dizem as notícias que algo semelhante se prevê em 2030, eu penso que sem alarme aguardemos porque o futuro é sempre incerto, e contudo, estas coisas já aconteceram antes, sem industrialização, nem aviação. São ciclos naturais.  

Recorrendo aos arquivos religiosos e civis, às canções populares, poesia e arte, referindo sobretudo Bruegel, cujos quadros detalhavam minuciosamente as actividades dos camponeses, providenciando assim valiosa informação sobre a vida e estações no séc.XVI, o autor constrói com esses fragmentos, uma manta de retalhos encantadora e informativa sobre uma era passada, que me proporcionou grande prazer ao lê-la, levando-me a reflectir também sobre a actualidade. 

Por tudo isto, e muito mais, é uma leitura que recomendo, infelizmente, não há versão traduzida, mais uma vez. Em inglês compro na Blackwells, cujos preços já incluem imposto da alfandega, e assim não há retenções nem más surpresas. 


Título: A Home For All Seasons

Autor: Gavin Plumley

Editora: Atlantic Books, London

Nr de Págs:309

   

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

"73% dos estudantes pretendem emigrar"

Ouvi a notícia na Antena2. Segundo estudo da Federação Académica do Porto mais de 73% dos estudantes pretendem emigrar, após conclusão de estudos.
Uns falam da "sangria de talentos", outros do custo de milhões, ao Estado, destes estudantes, que vão beneficiar outros países, que investiram zero na formação de profissionais de topo. 

A mim ocorre-me o drama que é para estes jovens terem de abandonar o seu país, as suas famílias, e passarem a expatriados. 

À falta que estes profissionais fazem à nossa pátria, e população, através do seu trabalho e impostos.

A baixa natalidade, que continua a descer entre os portugueses, pois estes jovens vão e não regressam.

E a entrada de imigrantes, que os governos insistem em justificar como contrapeso dos que saem, quando não chegam com a preparação dos que partem, e pelo contrário, com valores e formas de estar na vida antagónicas às nossas. 

Enquanto mãe de dois jovens, a terminarem os estudos superiores, esta conjuntura frustra-me tremendamente, e enquanto cidadã revolta-me para além do dizível. Quem ainda não olhou para esta situação e compreendeu o drama que se está aqui a gerar anda mesmo com a cabeça enfiada na areia.  

Notícia aqui

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Receita para o fim-de-semana: Arroz de Lentilhas e Cogumelos

Este arroz ficou delicioso, é realmente comida reconfortante para dias de Inverno. Numa só caçarola, e fácil, como eu gosto. A quantidade de água depende, eu queria algo entre o seco e o malandro. 


Arroz de Lentilhas e Cogumelos

Ingredientes:

Uma chávena de cogumelos frescos

Meia chávena de cogumelos desidratados "black fungus"

Meia cebola

Meio dente de alho

Uma chávena de arroz carolino

Uma chávena de lentilhas castanhas cozidas


Como fazer:

Saltear a cebola picadinha em azeite, juntar meio dente de alho picado, deixar estalar, e acrescentar caldo vegetal. Deixar cozinhar 5 minutos, juntar os cogumelos secos, previamente demolhados em água quente, durante 20 minutos, reservando essa água. Deixar cozinhar 15 minutos. Juntar as lentilhas, e a água dos cogumelos, deixar cozinhar mais 5 minutos. Adicionar o arroz, e os cogumelos frescos fatiados; temperar a gosto com sal marinho, pimenta-caiena, e uma colher de sopa de molho de soja bio. Se precisar de mais liquido juntar o caldo de vegetais. Por fim, a meia cenoura ralada grosseiramente. Deixar cozer o arroz, cerca de 20 minutos e servir! 

Eu colocaria ainda coentros picados, se tivesse. Ficaria supimpa!  

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

A Importância da História de Família

Via

 Só demasiado tarde comecei a pensar em perguntas que gostaria de ter feito ao meu pai. Há muita informação de família que se perde porque os pais e avós não contam aos filhos, e toda é importante. Mais cedo ou mais tarde torna-se relevante. Confesso que ouvi, inúmeras vezes, histórias que a minha mãe contava com desinteresse, e por vezes até aborrecimento, mas como isso nunca a desanimou, ela contava à mesma. Em retrospectiva apercebo-me disso, e que agora as aprecio realmente. 

Há ainda quem pense que sobre os mortos não se deve contar nada de negativo e guardar apenas o lado bom, e por isso contam somente aquilo que os beneficia. Eu discordo totalmente disto, é preciso ser justo e contar as coisas boas e más, foi assim que eles foram, assim que actuaram, e porém ter compaixão e empatia, por não terem conseguido fazer melhor. Se eu sei que o meu avô materno foi violento para os filhos, e também sei que perdeu o pai aos 6 anos de idade, e desde aí foi espancado sem piedade, pelo irmão mais velho que se impôs como "chefe de família", vou compreendê-lo um pouco melhor. 

Guardar segredos, também para defender aqueles que partiram, é outra coisa com a qual discordo. Acontece que os segredos são frequentemente de Polichinelo, vem uma pessoa de fora, e conta aquela passagem, naturalmente, ou propositadamente, perante o membro ignorante dos factos, que se sente atónito e sem reacção, perante revelações impactantes. 

Conhecer a história de família e aprender a respeitá-la, é um processo importante, para a nossa saúde e equilíbrio. Saber a história da família, dificuldades, problemas, sucessos, progressos, explicam muitas situações actuais, e funcionam como inspirações para os nossos próprios problemas e bloqueios. 

Portanto, isto é, efectivamente, um tema de grande interesse, conte o que sabe, partilhe com a geração seguinte, e pergunte mais à geração anterior. 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Sensibilidade Masculina

É comum dizer-se que as mulheres são mais sensíveis do que os homens, e penso que todos concordamos com esta afirmação, vim agora a saber a explicação para isso, de acordo com o Dr.Bruce Lipton é resultado de programação, segundo ele os homens foram programados para não serem sensíveis, senão como conseguiriam ser soldados? Como matariam pessoas?

Para reflectir e mergulhar noutras informações, aqui, às 1,28.00