segunda-feira, 28 de outubro de 2024

A Vida é Para Ser Vivida até ao Fim!

Os meus últimos clientes, um casal americano, ele com 83 e ela com 76, contaram-me que se tinham mudado para o México há cerca de 5 anos; antes já lá tinham estado em férias algumas vezes, e gostaram obviamente, mas de repente perguntaram-se: " E se nos mudássemos definitivamente?!"; destralharam os seus pertences, venderam a casa e foram!  

Dizem que têm no México uma qualidade de vida que não tinham em Delaware, o bom tempo, a praia, o custo de vida, acesso a alimentos bio a preços muitíssimo acessíveis, uma comunidade de expatriados que lhes  proporciona uma vida social activa, para além dos locais, também hospitaleiros e simpáticos. Adoram lá viver, apesar de terem os filhos nos E.U.A., aonde regressam ocasionalmente para os visitar, e fazer consultas de saúde. 

Mudar de vida, de forma radical, saindo do meio que nos é familiar, desfazendo-se de tudo (o que torna a mudança mais difícil de reverter), para longe da família e amigos, sobretudo em idade avançada que por regra já não consideramos apta para tais aventuras, pareceu-me um evento muitíssimo surpreendente e corajoso. Não sei se seria capaz de tanto, porém acredito que precisamente estas mudanças desafiantes de vida sejam estimulantes a todos os níveis, e por isso mesmo prolonguem a própria vida, proporcionando dias mais felizes, interessantes, a nível físico e mental. 

Oxalá, daqui a algumas décadas, eu tenha coragem de agir desta forma aventureira e divertida, a vida deveria ser vivida desta forma até ao fim. Gosto tanto de gente inspiradora! 

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Destralhar

Na mudança de estações, sobretudo do Inverno para Verão e deste o Inverno, em que arrumamos umas coisas e descartamos outras, devemos aproveitar para fazer um destralhe maior. Para a próxima semana, que será à partida mais calma do que esta, começo a sério. 

A energia do lar precisa disto, portanto devemos retirar de casa:

- Tralha
- Remover objectos relacionados com memórias negativas
- Presentes não-desejados
- Itens partidos, lascados, não-usados
- Eletrónicos VELHOS
- Arte não inspiradora

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Saco S.O.S. Para Entreter Crianças

 

Via

Enquanto aguardávamos na sala de espera do Hospital, que chamassem a minha tia para fazer o exame, uma menina, talvez de quatro ou cinco anos, choramingava intermitentemente, no colo da mãe, que a tentava acalmar sem grande sucesso, e para sua exasperação crescente. A minha tia começou também a incomodar-se um pouco, e apenas porque não gosta de ver crianças a chorar, e eu idem. E naquele momento, ao perceber que a menina ia fazer uma radiografia, e nem parecia estar em sofrimento, pensei que aquele choro leve se devia ao ambiente hospitalar, e receio do que se sucederia, lastimei não ter nada comigo que lhe pudesse dar, para que se entretivesse. 

Lembrei-me do tempo em que no meu saco havia sempre alguma coisa, aliás, quase sempre múltiplas coisas, para proporcionar aos meus filhos pequenos momentos de evasão e entretenimento, sobretudo quando estavam restritos a um espaço, como o carro nas nossas viagens, os restaurantes, ou salas de consultório. 

A estratégia de ter connosco, sempre, um bloco com lápis de cor, um mini-puzzle, um jogo portátil de 4 em Linha, meia-dúzia de peças Lego, alguns bonecos para inventar ou recriar cenas e diálogos de filmes ou desenhos animados, etc. é realmente algo que deveria fazer parte do quotidiano dos pais. Assim como levam a água e fruta ou bolachas (saudáveis, espero e desejo). 

Garanto, por experiencia própria, que se evitam birras e enfados, e que o compasso de espera será muito mais agradável, para crianças, pais, e para quem estiver presente. 

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Para Um Lar saudável

Dr. Yvonne Burkart | The Dhru Purohit Show (Resumo de podcast )

Desde a água ao ar, tudo o que temos em casa impacta a nossa saúde e bem-estar, e há coisas simples que podemos fazer, gratuitamente inclusive, desde abrir as janelas para arejar a casa, ao chá em saquetas que devemos trocar por ervas a granel, biológicas de preferência. 

Uma chamada de atenção importante, e como diz a médica do podcast as mudanças devem fazer-se gradualmente, pois as mudanças bruscas são mais difíceis de implementar. Eis algumas ideias, de supra importância. 

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

As Nossas Tílias...



Estou profundamente zangada e triste; quando abri a persiana do meu quarto vi, imediatamente, uma árvore tombada, na avenida do parque. Abri a janela para espreitar mais acima, e lá estava outra. Só nesta avenida caíram quatro tílias, centenárias, frondosas, belíssimas e odoríferas; é uma aroma doce e delicioso próprio da nossa Vila, por altura dos santos populares, só quem vive aqui compreende do que falo. Faz parte das nossas memórias mais antigas. 

Irão dizer que foi do vento forte, da tempestade desta noite, das alterações climáticas, sei lá, mas não! A responsabilidade é de quem mutilou as raízes destas criaturas maravilhosas, retirando-lhes a sustentação que efectua o equilíbrio entre copa e base. E para quê? Para fazer os passeios, horríveis, já agora, nestas últimas obras. 

O sentimento que tenho é de luto. E raiva contra os ignorantes que desrespeitam a Natureza, e vão por aí fora mutilando árvores com podas agressivas, e lhes roubam raízes. A esses convém-lhes, de certeza, afirmar que tudo isto é resultado das "alterações climáticas". Não é! são eles os responsáveis, os que mandam fazer, os que fazem, e os que aplaudem, pois inacreditavelmente a maioria da população incomoda-se mais com passeios tortos pelas raízes das árvores do que quando elas tombam, feridas de morte. Todos iguais. 

 

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Ter Filhos Ou Não Ter

Em conversa com alguém que já tem mais do que idade para ser avó, diz-me ela que ainda bem que não tem netos, pois o Mundo está péssimo, e por isso mais vale que os filhos não queiram ser pais; eu compreendo isto, também já o disse antes, porém agora começo a mudar de opinião e a pensar que a solução deveria ser o reverso, antes mudar o mundo para melhor, para que os jovens possam ter filhos. 

Ter filhos deveria ser uma escolha, não uma restrição por falta de condições. Há casais que gostariam de ter mais do que um filho, ou mais de dois, e não têm por motivos económicos. 

Até porque depois temos os políticos a dizerem à população que precisamos de imigrantes devido à baixa natalidade. Eu sei que o tema pode ser polémico, mas o que me faz sentido é que essa natalidade seja promovida junto dos portugueses, é uma questão de bom senso, para garantirmos o nosso país e cultura. 

As políticas nunca foram amigas das famílias, continuam a penalizá-las, e cada vez mais, se por exemplo, os próprios portugueses perdem lugares nas creches e Infantários; seria tudo muito mais simples, e é simples, se ao menos houvesse bom-senso. Todavia, os governos eximem-se da situação actual.

Em suma, mudar o mundo para melhor é urgente e lógico. Cada acção nossa deve ser consciente, e ter impacto positivo na nossa vida, na nossa família, na nossa comunidade, na nossa cidade, no nosso concelho, no nosso país. É partindo de baixo para cima que mudamos a realidade do nosso planeta, e a nossa tragédia tem sido pensar que deve ser ao contrário, está mais do que provado que não. Somos nós os criadores da nossa realidade. Somos nós os responsáveis.