O Everest é considerado o ponto mais alto da terra, com 8844,43 metros de altura. Conseguir atingir o seu cume tem sido uma das formas do homem atingir a glória. Desde a primeira ascensão ao cume, em 1953, muita equipas se tem aventurado; até ao final de 2001, 1 491 pessoas conseguiram alcançar o topo, e delas 172 não retornaram da aventura. Está claro que estes números não contabilizam aqueles que iniciam a subida, mas que por razões variadas desistem.
O grande número de alpinistas e escaladores que se deslocam á Região dos Himalaias aumentou substancialmente o Turismo no Nepal, especialmente para os locais, no entanto trouxe também o problema da poluição, principalmente devido ao lixo deixado para trás, pelas pessoas que vão para a região.
O lixo é um sério problema que o Monte Everest está a enfrentar; a pilha de lixo é constituída por uma mistura de plásticos, canecas de alumínio, garrafas de oxigénio, vidro, roupas, equipamento de escalada como tendas, papel, comida e …cadáveres. Alguns alpinistas relataram,ainda, terem encontrado seringas ensanguentadas e desperdícios de medicamentos. Os desperdícios não-biodegradáveis são os mais preocupantes, uma vez que não se decompõem.
Prakash Sharma, director do Friends of the Earth Nepal afirma que não há infra-estruturas para suportar a poluição que centenas de pessoas produzem e que disto pode resultar que os Himalayas se tenham tornado na mais alta lixeira do mundo!
Quando tomei conhecimento desta notícia fiquei muito chocada, pensava que os amantes dos desportos na Natureza a respeitavam.
Consigo compreender que na emoção do momento, os bem-sucedidos escaladores afirmem, que ali no cume no Everest se sentem mais próximos de Deus, mas não deixo de conjecturar que se porventura a sala de estar de Deus fosse ali, o homem levaria o lixo até lá!
Blogagem colectiva sobre o dia do Ambiente, promovida por Lino Resende.
