( Imagem daqui: Wook)
Sinceramente? Quando vi este livro pela primeira vez, pensei desdenhosamente: - Olha a versão felina do “Marley e eu”! Mais outro espertalhão a agarrar-se ao filão de ouro!
Não sabia mas precipitei-me. Porém, passado algum tempo, coincidindo com a presença do novo gatinho cá em casa, a minha mente já estava mais receptiva, ao ponto de pegar no livro e folheá-lo. O pouco que li desfez de imediato as minhas ideias primitivas, afinal o livro parecia-me genuíno e interessante. Valia a pena lê-lo. Tinha que lê-lo! Já não o pousei, trouxe-o comigo e
É uma história verdadeira, tão rocambolesca e inesperada como só acontece na vida real. Além disso, possui três elementos fantásticos: está muitíssimo bem escrito, é dotado de um grande sentido de humor e, a escolha de palavras é realmente criteriosa. Helen Brown mostra-se uma verdadeira cirurgiã de palavras.
Como tinha um gatinho na capa, os meus filhotes ficaram imediatamente de “orelhas em pé”; de forma que à medida que eu ia lendo, ia-lhes contando as peripécias e apesar da tragédia inicial que os entristeceu, a trama foi-se aligeirando com as tropelias do pequeno felino, o que nos provocava imensas gargalhadas. As crianças faziam muito o paralelo com o nosso gatinho, Tico, também conhecido como “ Diabo da Tasmânia”, e diziam que ele e Cleo dariam um óptimo par. Na altura, até pensei que comparativamente o Tico era um gentleman ( ou antes gentlecat?), mas aqueles dois juntos?! Ó horrores...Adiante.
Este tipo de leitura paralela com as crianças tem o bónus de ser mais um incentivo à leitura; este livro em particular é um óptimo embaixador.
Aconselho muito o livro, para quem gosta de gatos e não gosta, porque afinal Cleo é somente uma personagem!
Resumo muito bom, no Marcador de Livros.
Boas leituras!