Não li o livro, mas tinha referências dessa leitura e por conseguinte fiquei atenta, à saída do filme. Queria mesmo vê-lo. Além disso, é protagonizado pela Júlia Roberts, uma das minhas actrizes preferidas, da actualidade.
Há muitos anos, li algures sobre uma pessoa que se tinha procurado pelo Mundo todo e veio a encontrar-se no seu quintal. Obviamente, isto é uma metáfora; a descoberta sobre “ quem sou eu” é feita a partir do nosso interior, e para isso não necessitamos sequer de sair de casa.
Contudo, suponho que esta vontade de deixar tudo para trás e ir em busca de algo, seja muito vulgar e comum a muitas pessoas. Como eu adoro viajar, passar um ano inteiro a “viver” pelo Mundo, parece-me fantástico; no entanto, só o faria levando a família atrás. Quem não quereria?
É preciso coragem e consciência, para abandonar uma vida. A maior parte das pessoas não devem faze-lo, ainda que o desejem e tenham até coragem, porque não podem, porque tem consciência. Mas esta tal Elizabeth pôde, teve coragem e fez!
Foi arrumar as prateleiras, passeando por Itália, Índia e Bali. E funcionou. Com ela funcionou.
Para aqueles espectadores que esperam um filme típico da Júlia Roberts, o filme poderá ser algo decepcionante. Este vai um pouco mais além; temos uma personagem que quer encontrar o amor ( quem não quer?!), mas antes disso deseja encontrar-se com ela própria. O que se vê frequentemente nas histórias de amor, são pessoas à procura de outrem, para escaparem a elas próprias. Por isso gostei do filme e aconselho.
A pessoas que simpatizem com a ideia do auto-conhecimento.
Até breve!