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Recentemente uma pessoa contava-me que tinha tido gripe, foi às Urgências e lhe receitaram antibióticos. Todo este cenário, para mim, é surreal. Cá em casa as gripes e constipações curam-se com Antigripine, chás de limão e mel, roupa quentinha e cama. Sem ida ao médico, sequer.
Tenho a impressão que todos os anos pelo Inverno, sai alguma notícia na comunicação social sobre o uso excessivo de antibióticos, pelos portugueses. Parece que os hábitos custam mesmo a mudar, mas em questões relacionadas à saúde, tenho a certeza que não deveria ser assim.
A partir do momento que se diz que o consumo excessivo de antibióticos reduz o nosso sistema imunitário, tornando-nos menos resistentes às bactérias, bastaria para pensarmos mais seriamente sobre o assunto. E não os pedirmos de ânimo leve para curar gripes e constipações, que são virais, não se curam com antibióticos!
Porém, o que eu vejo frequentemente é bastante diferente; muitos pais sentem-se mais seguros quando os médicos prescrevem antibióticos aos filhos, e inclusivamente desdenham dos médicos que não o fazem. No entanto, estes, sendo os profissionais, deveriam saber muito bem que os antibióticos curam infecções bacterianas apenas, e não os receitar para infecções virais. E acima de tudo, aproveitar a oportunidade para informar e educar os pacientes.