terça-feira, 19 de outubro de 2021

Uma história que não é de bullying

Na terça-feira, uma mãe muito especial contou-me uma história tão bonita! 

O filho, de 12 anos, queixou-se diversas vezes que um colega, sem razão aparente, passava por ele lhe dava ora encontrões, ora "sapataditas", e ela aproveitou a reunião com a DT e E.E. para expor o caso a fim de o resolver; de imediato, um qualquer pai disse: " isso é bullying"! Identificando o problema sem mais delongas. Ora, esta mãe, que consegue ser muito assertiva na defesa das suas opiniões, respondeu-lhe que não achava, porque no seu tempo também se atiravam umas bocas bem foleiras uns aos outros, com encontrões pelo meio, e nunca se pôs em questão que fosse bullying. Mas os outros pais começaram a concordar com o primeiro, e alguns pediam o nome, que por insistência do próprio E.E. do menino em causa, a "nossa" mãe, pedindo-lhe desculpa, disse que era o seu filho. Logo de seguida, asseverou-lhe que não achava que fosse realmente bullying, e explicou mesmo, que dado o seu filho ser um miúdo muito fixe, e especial (creio que sim, o seu melhor amigo é autista, é só um exemplo), acreditava que o outro menino queria aproximar-se dele mas não estava a encontrar uma boa maneira de o fazer. 

Numa troca de palavras compreensivas, e educadas, ambos chegaram a um acordo de como ajudar a resolver a disputa; o pai conversaria com o filho, e o menino poderia almoçar com o outro menino, na quarta seguinte, quando almoça perto da escola com mais três outros meninos, cada um especial à sua maneira, mas constituindo um grupo muito sui generis, ou seja, são as aves raras da turma!

Por diversas vezes, esta mãe teve que pôr no lugar os restantes pais, que queriam à viva força um caso de bullying, dizendo-lhes que a questão era entre ela e o outro pai, obrigando-os a serem assistentes de um problema alheio mas que pela leitura adequada que fizera, se lhes revelou uma lição importante - como se resolvem estes conflitos tranquilamente.

E sabem como termina a história? Resultou.