Na era a.f. (antes filhos) eu estaria aqui a escrever sobre filmes que vi no cinema, porém como estou na era d.f. vou escrever sobre d.v.d’s. Finalmente consegui ver “O código Da Vinci”, em duas parte é certo, durante 3 dias, pois é, mas já tinha o d.v.d. há um mês, portanto por aí se vê que a minha paciência é bastante elástica. Antes de mais convém dizer que eu li o livro, por conseguinte a minha expectativa já era outra. Como o meu marido não leu o livro (acompanhou o relato que eu ia fazendo da leitura), gostou bastante do filme e parece-me que é a opinião generalizada dos que não o leram.
Bem sei que adaptar um livro daqueles ao cinema deve ser tarefa árdua, porém aí está o mérito se for bem conseguido. De facto, apesar do livro ter imensa acção, que decorre num espaço curtíssimo de tempo, em variados cenários, a informação debitada é imensa e não acredito que o espectador médio compreenda o alcance dessa mesma informação. Sendo o tema a espiritualidade, a religião e o esoterismo, imagino que para qualquer pessoa não pertencente a círculos herméticos, a sociedades secretas, grande parte do filme, lhe tenha passado ao lado.
Alguns pormenores dos quais discordo: Pareceu-me que o papel de Sophie no cinema foi mais de observadora do que de protagonista, ao contrário do livro. A ligação do Bispo Aringarosa ao Silas foi pessimamente explicada. Gostei muito mais do livro, apesar de também não achar que seja uma obra meritória de tanto destaque internacional, mas vamos fazer o quê? O marketing dos americanos consegue tudo…