Bem sei que a semana do Natal não combina mesmo nada com um tema destes, mas se o faço é por ser extremamente necessário, e parecendo um contra senso: o tempo mais adequado!
Durante muito tempo os meus filhos escaparam incólumes a estes parasitas; de todas as vezes que vinham do Infantário, e depois da escola, os avisos para examinar as suas cabeças, eles passavam no teste orgulhosamente. Também porque não seria assim? Eles tomam banho todos os dias, pensava eu. Portanto, da primeira vez que encontrei um piolho na cabeça do Duarte, no segundo ano, entrei em choque. Fiquei enojada, e nem sequer sabia como lidar com a situação. Imediatamente comuniquei à professora e ela mesma me deu as orientações de como proceder.
Neste ano lectivo, num só período, já tive que utilizar o champô anti-parasitas quatro vezes, na cabeça da minha filha. De todas as vezes fiz saber a professora que ela tinha piolhos, para que tomasse as medidas apropriadas. Indigna-me que sendo a Letícia uma criança com tantos cuidados de higiene pessoal, seja contaminada com piolhos, com esta frequência.
Entretanto, um jornal nacional dedicou recentemente um artigo aos piolhos, dando-lhes a importância -crescente- com que devem ser tratados. Dizia o artigo, que actualmente é muito mais difícil de controlar as pragas de piolhos, do que antigamente, por duas razões:
1º - Os pais não têm tempo para examinar as cabeças dos filhos regularmente, e tratar do assunto, se caso fôr.
2º- Os pais têm vergonha de comunicar nas escolas, que os filhos têm piolhos, promovendo deste modo a propagação desenfreada do parasita.
Eu tenho tempo para examinar as cabeças das crianças, mas eles já lá estão, não há aviso prévio! E não tenho vergonha alguma de comunicar na escola, porque evidentemente não tenho peso na consciência.
Algumas coisas que devemos saber sobre os piolhos:
Como são: Pequenos insecto de aspecto oval, medem entre 2 a 4 mm. As fêmeas põem diariamente 10 ovos - as lêndeas- de aspecto transparente, que ficam agarrados ao cabelo. Após 8 dias, os ovos eclodem e tornam-se adultos. Passados 10 dias já põem os seus ovos.
Onde se alojam: O piolho necessita de uma
superfície com cabelo para sobreviver; fora do hospedeiro apenas durante 48 horas, e a lêndea durante 10 dias. Apesar de o cabelo
curto ser menos convidativo para estes parasitas, não é por si só,
uma protecção segura.
O piolho alimenta-se de
sangue e por isso começa por morder a pele da cabeça. Esta mordedura não
causa dor por si só, mas quando está a sugar o sangue, o piolho expele saliva alergizante.
O contágio: É feito
frequentemente por contacto interpessoal próximo (cabeça-a-cabeça), mas
também através da partilha de chapéus, escovas e
outros objectos pessoais de pessoas contaminadas. Roupa pendurada (infectada) junto de outra no bengaleiro da escola é o
suficiente para fazer proliferar esta "praga".
Sintomas: Comichão intensa e a
irritação da pele da cabeça. É mais evidente na região da nuca e atrás das orelhas. Infelizmente,
quando a infestação é detectada, geralmente já dura há várias semanas.
Tratamento: Insecticidas
na forma de champôs de lavagem que são bastante eficazes na
eliminação de piolhos e lêndeas. Dado que o período de incubação dos
ovos do piolho varia de 6 a 10 dias, após a primeira aplicação, esses
medicamentos devem ser aplicados novamente dentro de uma ou duas semanas
para atingir os parasitas que tenham aparecido entretanto.
Como medida adjuvante, é importante usar uma solução de mistura de
vinagre e água (deixar actuar durante meia hora) ao pentear os cabelos
com um pente de dentes apertados. As lêndeas são muito difíceis de
remover e o vinagre é usado para amolecer a substância que fixa
firmemente as lêndeas aos fios de cabelos. Este procedimento deve ser
repetido diariamente durante vários dias.
Mesmo quando já não
parecer existirem mais piolhos, é prudente examinar o cabelo uma vez por
semana.
Os pais devem saber que a comichão pode durar semanas após um
tratamento bem sucedido.
Porque é este o tempo adequado para falar de piolhos? Porque as crianças estão de férias escolares, portanto mais disponíveis. O meu alerta vai para os pais: examinem a cabeça dos vossos filhos e tratem do assunto. Numa altura destas já nem peço que informem as professoras.
A informação recolhida, para este artigo de utilidade pública, digo eu, provém do educare.pt , cuja leitura total do artigo recomendo vivamente, e daqui.
Até breve!