Fica somente a
6 kms de Braga, mas aconselho uso de GPS. A sinalização a partir de Braga é
péssima, coisa que não se compreende, dada a importância deste monumento.
Porque apesar da aventura que é encontrar o Mosteiro, vale muito a pena!
Um pouco de história: Antiga
casa-mãe da congregação portuguesa beneditina, foi fundado no século X,
tornando-se graças ao apoio real no mais próspero e poderoso mosteiro do norte
de Portugal.
“Com o
Movimento da Reforma e o fim da crise religiosa dos séculos XIV a XVI, o
Mosteiro de S. Martinho de Tibães assiste à fundação da Congregação de S. Bento
de Portugal e do Brasil, torna-se Casa Mãe de todos os mosteiros beneditinos e
centro difusor de culturas e estéticas. A importância do Mosteiro de Tibães
mede-se, também, pelo papel que desempenhou como autêntico
"estaleiro-escola"…”
“Com a
extinção das ordens religiosas em Portugal, em 1833-1834, é encerrado e os seus
bens, móveis e imóveis, começados a vender em hasta pública…”
Foi adquirido
pelo Estado Português em 1986, e tem estado desde então em renovação.
Esta é a sua
história sumária; na minha versão, nota-se que foi um Mosteiro muito rico, de
enormes dimensões, que teve uma importância vital para as populações
circundantes, que aliás pertenciam ao couto do Mosteiro, e lhe pagavam os
impostos.
Gostei
sobretudo do coro alto, pela visibilidade que fornece sobre a igreja, pelo
enorme suporte onde estão grandes livros de cânticos manuscritos. Também
gostei imenso dos claustros, não sei porquê, mas tenho um fraquinho por
claustros.
A galeria de
quadros, dos ilustres que contaram na história do mosteiro é impressionante;
também lá consta D.Sebastião.
As crianças
gostaram sobretudo das celas dos monges, algumas ficavam numa espécie de
forrinhos, com portas minúsculas, indiciando passagens secretas. A algumas
tínhamos acesso por escadas em caracol com degraus mínimos, ao que subi-los era
por si só uma aventura perigosa. Também gostaram das latrinas colectivas em
madeira, adornadas com pintura e talha, que acharam... “excêntricas”.
Dado que o
restauro ainda está em andamento, a minha preocupação com a firmeza da madeira
dos soalhos nos quartos impediu as crianças de percorrerem o espaço livremente,
mas ainda assim gostaram imenso.
Como tinha
chovido e estava a anoitecer não podemos aproveitar o passeio pelos jardins, o
que nos dá um motivo para lá voltarmos.
Actualmente o
Mosteiro tem restaurante, bem conceituado pelo que ouvi, embora não possa
confirmar. Ainda. No entanto, aconselho vivamente o passeio por este Mosteiro antiquíssimo e
misterioso, para dias de sol, ou chuva, fins-de-semana e férias. Não nos faltam opções!