A história de um homem que sofre de depressão, e não consegue curar-se, apesar das diversas tentativas e métodos. Não fala, não come, não trabalha, apenas dorme. Até que a família não consegue suportar mais. Então encontra num caixote do lixe um fantoche- O Castor, e começa a exprimir-se através dele. E recomeça a viver, mas...Mais não digo. Apenas que pode parecer-lhe hilariante, que um adulto se exprima através de um boneco, e com certeza esses momentos cómicos arrancam muitas gargalhadas, porém este filme, não é uma comédia.
Mas é um filme, que vale a pena ver; realizado e interpretado por Jodie Foster, com Mel Gibson no protagonista, a história de uma depressão deixa de ser banal. Banal como os milhões de doentes depressivos que existem no Mundo. E ganha uma dimensão humana muito próxima de nós.
Há muitos anos atrás, alguém próximo de mim entrou em depressão, e embora no inicio tenha ficado preocupada, confesso que a partir de determinada altura, achei aquilo tudo uma grande fita. Comecei a duvidar da inércia, achando que era preguiça. Suspeitei da indiferença, pensando ser fingida. Não acreditei nas palavras que diziam desejar a morte, afirmando mesmo ser para chamar a atenção.
Porém, quando mulheres que conheço bem, e sei quão boas mães são, se tornam indiferentes aos filhos, quando antes os punham à frente de tudo, os querem deixar para trás, então comecei a acreditar nessa doença. Em como pode ser perigosa.
Este filme leva-nos a estas reflexões; e se servem para nos sensibilizar sobre esta doença, a que nunca antes dedicáramos dois minutos de atenção, é positivo, não é? Porque...quem não conhece alguém que teve, tem ou terá uma depressão?!