Não gosto muito de escrever sobre notícias da actualidade que abundam pela imprensa e televisão. Descodificadas por investigadores, psicólogos e outros especialistas, que mais haverá a dizer? No entanto, enquanto mãe, esta última notícia está ligada a algo que eu defendo há já muito tempo.
Todas as vezes que alguma situação excessiva ligada às praxes universitárias acontece, e por vezes a situação excessiva é equivalente a trágica, recomeça a discussão sobre esta tradição. E volta tudo ao mesmo.
Desta vez o ministro da Educação vai encontrar-se com reitores e alunos, para uma reunião sobre praxes académicas. Irá sair daqui a solução perfeita que impeça excessos e vitimas? Como gostaria de poder acreditar que este tipo de coisa se resolve com a promulgação de uma lei, ou a redacção de lista de ética. Seria tão mais fácil e rápido.
Lamento muito mas vamos ter que fazer rewind.
Há já imenso tempo que eu digo que muitas das praxes não deveriam ser feitas e não seriam, se os estudantes se recusassem a faze-las. Eu compreendo que é importante pertencer ao grupo, ser aceite, e não fazer ondas, para não destoarem negativamente. E compreendo que os estudantes querem participar da "brincadeira".
Mas há um limite, como há para tudo. Aceitar fazer aquilo que magoa, tanto fisica como psicológicamente, que nos põe em perigo, que nos faz sentir mal, e humilha, é o limite. É inaceitável.
Entretanto, como se consegue isso? Atraves da educação. Educando os nossos filhos para que consigam entender onde estão os limites do aceitável. Que tenham sentido crítico para questionar tudo pela vida afora.
Para que tenham autoconfiança suficente, e dizerem "não quero!" alto e bom som.
Para se destacarem se necessário for, e será sempre positivamente quando o fazem convictos, em defesa do que acreditam.
A Escola também deve conjugar esforços nesse sentido, respeitando os alunos, e dando esse exemplo inequívoco. Quando vejo um comunicado da direcção considerando "uma brincadeira", que colegas dispam outro colega, no recreio da escola, constato que o respeito pelo aluno não existe. Não pretendo generalizar, pois sei que na maioria dos agrupamentos existe uma genuína preocupação com os casos de bullying. Mas basta acontecer um caso, para ser demais.
A Escola deve ensinar os alunos a respeitarem-se uns aos outros, a dizer a uns: "Isso não se faz!" e a outros: " Não aceites essa situação!".
A chave está na educação. Educar crianças respeitosas mas também prepará-las para enfrentarem a falta de respeito.
Todas as vezes que alguma situação excessiva ligada às praxes universitárias acontece, e por vezes a situação excessiva é equivalente a trágica, recomeça a discussão sobre esta tradição. E volta tudo ao mesmo.
Desta vez o ministro da Educação vai encontrar-se com reitores e alunos, para uma reunião sobre praxes académicas. Irá sair daqui a solução perfeita que impeça excessos e vitimas? Como gostaria de poder acreditar que este tipo de coisa se resolve com a promulgação de uma lei, ou a redacção de lista de ética. Seria tão mais fácil e rápido.
Lamento muito mas vamos ter que fazer rewind.
Há já imenso tempo que eu digo que muitas das praxes não deveriam ser feitas e não seriam, se os estudantes se recusassem a faze-las. Eu compreendo que é importante pertencer ao grupo, ser aceite, e não fazer ondas, para não destoarem negativamente. E compreendo que os estudantes querem participar da "brincadeira".
Mas há um limite, como há para tudo. Aceitar fazer aquilo que magoa, tanto fisica como psicológicamente, que nos põe em perigo, que nos faz sentir mal, e humilha, é o limite. É inaceitável.
Entretanto, como se consegue isso? Atraves da educação. Educando os nossos filhos para que consigam entender onde estão os limites do aceitável. Que tenham sentido crítico para questionar tudo pela vida afora.
Para que tenham autoconfiança suficente, e dizerem "não quero!" alto e bom som.
Para se destacarem se necessário for, e será sempre positivamente quando o fazem convictos, em defesa do que acreditam.
A Escola também deve conjugar esforços nesse sentido, respeitando os alunos, e dando esse exemplo inequívoco. Quando vejo um comunicado da direcção considerando "uma brincadeira", que colegas dispam outro colega, no recreio da escola, constato que o respeito pelo aluno não existe. Não pretendo generalizar, pois sei que na maioria dos agrupamentos existe uma genuína preocupação com os casos de bullying. Mas basta acontecer um caso, para ser demais.
A Escola deve ensinar os alunos a respeitarem-se uns aos outros, a dizer a uns: "Isso não se faz!" e a outros: " Não aceites essa situação!".
A chave está na educação. Educar crianças respeitosas mas também prepará-las para enfrentarem a falta de respeito.