Conhecia
vagamente a história do filme "Jogos da Fome" e por isso, não me
interessou vê-lo. Porém, quando passou na televisão, acabei por assistir. Confirma-se
a minha impressão inicial, é bastante perturbador. Não, todavia, de uma forma
ficcional, como seria de esperar, mas pelo paralelo que estabelece com a
sociedade actual.
As pessoas ainda não estão desesperadas por alimentos, pelo menos a maioria de nós, mas sim desesperadas por outro tipo de energia, como a fama. E como não há perigo de morte, ainda não se fazem "ceifas", as pessoas voluntariam-se alegremente.
Refiro-me aos reality shows como Secret Story, por exemplo; os participantes são celebrados como estrelas, aclamados como V.I.P.’S quando apenas jogam o jogo de serem eles mesmos. E apesar de não correrem o risco de vida, sofrem, magoam-se, choram, e deprimem-se, perante as camaras; e os espectadores que os observam e seguem, comportam-se como se não tivesse importância alguma. Como se as vidas reais, ao passarem nos écrans, se tornassem automaticamente ficcionais.
E eu pergunto-me até onde irá a parada. Porque parece que tem estado a aumentar de emissão para emissão. Chegará um dia em que os jogadores atingirão limites hoje inimagináveis? Em que a indiferença dos espectadores permitirá todo o tipo de excessos? Em que jogadores e espectadores se tornarão todos vitimas?
Alguém disse que a realidade ultrapassa a ficção, e apesar de com certeza haver quem não acredite, e ache que é um exagero, receio bem que seja para lá que caminhamos. Para os jogos da Fome. Porque sem dúvida, há aqui um apetite voraz, seja do que for.
As pessoas ainda não estão desesperadas por alimentos, pelo menos a maioria de nós, mas sim desesperadas por outro tipo de energia, como a fama. E como não há perigo de morte, ainda não se fazem "ceifas", as pessoas voluntariam-se alegremente.
Refiro-me aos reality shows como Secret Story, por exemplo; os participantes são celebrados como estrelas, aclamados como V.I.P.’S quando apenas jogam o jogo de serem eles mesmos. E apesar de não correrem o risco de vida, sofrem, magoam-se, choram, e deprimem-se, perante as camaras; e os espectadores que os observam e seguem, comportam-se como se não tivesse importância alguma. Como se as vidas reais, ao passarem nos écrans, se tornassem automaticamente ficcionais.
E eu pergunto-me até onde irá a parada. Porque parece que tem estado a aumentar de emissão para emissão. Chegará um dia em que os jogadores atingirão limites hoje inimagináveis? Em que a indiferença dos espectadores permitirá todo o tipo de excessos? Em que jogadores e espectadores se tornarão todos vitimas?
Alguém disse que a realidade ultrapassa a ficção, e apesar de com certeza haver quem não acredite, e ache que é um exagero, receio bem que seja para lá que caminhamos. Para os jogos da Fome. Porque sem dúvida, há aqui um apetite voraz, seja do que for.