quarta-feira, 12 de março de 2014

Um amor com seiscentos anos


Via
Esta de amor carta foi encontrada em Andong, Coreia do Sul, junto ao coração de um homem mumificado, que viveu no século XVI. Uma impactante declaração de amor, um sofrimento tão avassalador, resultam nesta carta que mesmo atravessando séculos mantém um sentimento extremamente comovente.
Quem terão sido eles?

                                                                                                           "   1 de junho de 1586

Sempre disseste "Amor, vivamos juntos até que o nosso cabelo fique branco e possamos morrer no mesmo dia". Como pudeste morrer sem mim? Quem vamos ouvir, o meu pequeno e eu e como devemos viver? Como pudeste afastar-te de mim?

Lembras como o teu coração morava em mim e como eu habitava o teu? E eu Dizia-te sempre "Amor, haverá alguém que se ame como nós? Realmente como nós?" Como pudeste deixar-me assim, depois de tudo?
É que não posso viver sem ti. Quero ir contigo. Por favor, leva-me para onde quer que estejas. Meu Coração, os meus sentimentos por ti são a última coisa que poderei esquecer deste mundo. Em meu coração dilacerado só há uma dor sem limites. Só consigo perguntar-me: Como poderei viver com a criança se nos faltas, pensando em ti, sem forças para acalmar-me?

Por favor, responde-me a todas estas perguntas. Lê esta carta e responde-me com todos os detalhes nos meus sonhos quando puderes. Esta foi a razão para ter escrito esta carta e enterrá-la contigo. Oxalá possa escutar a tua voz suavemente nos meus sonhos. Olhá-a atentamente e fala comigo. Um dia disseste-me que querias dizer algo ao menino quando viesse ao mundo, mas partiste tão repentinamente que quando der à luz o menino a quem chamará pai?

Poderá alguém imaginar como me sinto? Não há tragédia igual  debaixo do céu. 
Tu está apenas noutro sítio, e não em tão profunda tristeza como eu. Não há limite nem fim ao meu sofrimento e eu mal consigo escrever. Não há limite ao que quero dizer e páro por aqui. "