segunda-feira, 13 de abril de 2020

Uma Páscoa diferente




Esta Páscoa foi muito estranha, e isso já eu sei que é de opinião geral; para todos foi diferente do que costuma ser. Para nós, que habitualmente passamos com a família alargada, no Douro (o Duarte e Letícia nem sequer se lembram de outra), ficar em casa fez com que tivesse de me ocupar com os preparativos, que normalmente não tenho. Nos outros anos comprava os presentes dos afilhados, os chocolates e amêndoas, fazia uma sobremesa para levar, e pronto. Este ano não fiz nada disso, mas dediquei o sábado de tarde à cozinha; fiz um pão de ló, outro de Ovar, um folar vegan e outro normal, uma fornada de coquinhos, uma tarte de amêndoa, e amêndoas caramelizadas.
No domingo pus uma mesa bonita, e fiz um almoço, desculpem a falta de modéstia, super delicioso, mais que isso, vou dizê-lo: perfeito. Assado de carne para o Duarte, e para nós os três, arroz branco, batatinhas novas assadas, rolo da Linda MacCartney e grelos salteados. Regado com champanhe de mirtillos, de uma produção local, que desconhecíamos, mas que aprovamos. E repetiremos. Depois as sobremesas, que incluía ainda um bolo de baunilha e chocolate vegan, e café.  


Desde sexta-feira que me dediquei a ouvir alguns audíos de cariz religioso, intercalados com música sacra. E tudo isto me fez entrar num estado de espírito que, realmente, se identifica com a Quaresma. Portanto, tudo se proporcionou para que o recolhimento devido se concretizasse, e dei comigo a pensar que embora seja uma Páscoa diferente, a estava a sentir muito mais intensamente. Pode ter sido diferente, mas isso não significa que foi pior. Foi até muito boa, a minha Páscoa.