terça-feira, 22 de março de 2022

"Não me tirem os meus fritos!"

Normalmente, a falta de determinado produto causa, de imediato, um impacto negativo, mas também pode ser uma bela oportunidade para mudanças de hábitos; li algures que a cadeia Macdonalds tinha fechado na Rússia, numa daquelas medidas sancionatórias estapafúrdias, mas desde logo pensei "olha que sorte, menos veneno os russos comem. Que pena não fecharem cá também".

Entretanto, em Portugal começou a circular a notícia que o óleo de girassol estava a esgotar-se e isso bastou para a corrida dos açambarcadores (provavelmente os mesmos que compraram carrinhos de papel higiénico, há 2 anos!), o que fez disparar os preços, ou os híper-mercados aproveitaram a "notícia" para subir aos preços, não sei ao certo quem começou esta brincadeira, o que sei é que as garrafas de óleo de girassol chegaram a quantias absurdas, como 4€ e mais. Já agora, um pequeno à parte, no mini-mercado onde faço compras semanalmente, a marca mais cara custava 2,65€, benefícios de comprar no pequeno comércio! Adiante. 

Dizia eu que estas ocasiões são óptimas para aproveitar e fazer mudanças, e como sabemos, os fritos fazem mal, eu não conhecia era o processo tortuoso para a obtenção do óleo, e vi agora como é realmente um alimento altamente processado. Podem ver o esquema, é muito elucidativo. 

Mas o sabor delicioso dos alimentos preparados com óleo torna difícil abdicar dele, como disse, meio a brincar meio a sério, um conhecido meu: "Não me tirem os meus fritos!", e isso retraí-nos para a mudança. Porém, temos alternativas muito mais saudáveis, o azeite*, produto nacional, que agora até está mais económico do que o óleo vegetal, e o óleo de côco*, um e outro para serem usados de formas distintas.

O azeite compro directamente ao produtor, e o óleo de côco compro a granel, na EcoBento, em Braga. Nunca me faltaram, nem um nem outro. 

* 6 motivos para utilizar óleo de côco na sua alimentação

Azeite, uma gordura saudável