A propósito da seca, dos meses mais quentes de há centos de anos noticiados semanalmente, para promover a agenda climática, lembrei-me desta história verídica. Eu já a tinha ouvido, mas sinceramente nunca lhe prestei grande atenção. Desta vez foi diferente.
A minha mãe tem 86 anos; contou-me que quando tinha cerca de 12 anos houve uma seca muito grande, e o padre da aldeia organizou uma peregrinação à capela de S.Romão, para pedir chuva; ele ia à frente, enquanto invocava diversos santos, e a multidão atrás ia respondendo "Ora pro nobis". Caminharam cerca de 5 kms e logo depois da marcha ter atingido o cume do monte, onde se localiza a capela, e terminado a peregrinação, começou a chover a cântaros. As pessoas ficaram encharcadas até aos ossos, ninguém tinha guarda-chuva, nem havia abrigos, e assim regressaram a casa. Ninguém se constipou, nem adoeceu. Foi um grande milagre, conclui sempre a minha mãe.
Pois bem, se os jovens que cortam estradas e destroem obras de arte, por acreditarem nas alterações climáticas, acreditassem antes na Divindade, em forças superiores, e quiçá na oração, talvez o resultado fosse melhor para toda a gente. Talvez não, de certeza que sim.