quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Estar no Momento

 Conversava com a minha prima a respeito da última viagem que ela fez, à Jamaica, cuja escala em Nova York de 19 horas lhe permitiu fazer um tour pela cidade, e a impressão maior que lhe ficou da mesma, em Times square, foi de que as pessoas não estavam realmente ali, viam somente através do telemóvel. 

Lembrei-me de uma foto que rodou no FB, uma aparada de nem sei quê, até poderia ser uma maratona, em que todos fotografavam o que viam, excepto uma senhora velhinha, no meio da multidão, que sorrindo observava a estrada, sem filtros, nem lentes absolutamente nenhumas. 

Desde que as redes sociais começaram a dominar o nosso quotidiano é assim, seja nas viagens, nos restaurantes, nas lojas, vivemos para mostrar. E não vivemos realmente, tudo nos passa ao lado. 


segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Os Filhos Não são do Estado!


Regina school board demands $30K for documents on gender ideology

Lise Merle, uma mãe preocupada com a ideologia radical de género ensinada nas Escolas Públicas de Regina, foi atingida por uma enorme conta depois de procurar documentos relacionados com a mesma e com o programa de Orientação Sexual e Ideologia de Género.

O Canadá é um dos países com maior propaganda à ideologia de género, e portanto, quando esta mãe pede à escola documentação sobre a informação a ser "ensinada" na mesma sobre o tema, recebe uma conta de cerca de 30 mil dólares para ter acesso a essa documentação. Ou seja, é uma espécie de censura, não rejeitam o pedido, nem poderiam, os documentos são públicos e do Estado, é porém, uma forte estratégia para desmotivar os pais que pretendam saber o que a Escola ensina aos filhos. 

Ao aceitar que os filhos sejam ensinados e endoutrinados, pela escola pública, sem sequer terem conhecimento do quê, os pais estão a entregar a 100% os filhos ao Estado. O Estado merece-lhes essa absoluta confiança?!  E quando pretendem conhecer os conteúdos, e lhes é negada a informação, e com isso se conformam, estão definitivamente a desistir dos filhos. 
Espero que os pais canadianos não se submetam, os filhos são dos pais, não do Estado! 

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Férias na Bélgica

Estas férias de verão foram programadas duas semanas antes da partida, nem sequer decidido estava o destino ou datas, pois existiam algumas condicionantes, tal como o estágio da Letícia, num gabinete de arquitectura, que só terminava no fim de Julho, compromissos do meu sobrinho, etc. e a decisão arrastou-se até ao ponto crítico de reservar tudo 15 dias antes, e em Agosto! Foi sempre um mês em que evitei sair de férias, mas a Letícia estava a precisar de férias com urgência, de forma que aquelas 2 semanas também lhe deram ânimo, para superar a exaustão deste ano lectivo. E por exclusão de partes, acabamos por ficar apenas eu e a Letícia! Seriam as primeiras férias de apenas mãe e filha. 

Estivemos na Bélgica de passagem para a Alemanha, de carro, há 20 e muitos anos; passamos a tarde em Bruxelas, onde almoçamos e não ficamos nada impressionados com a cidade, pelo que foi um país nunca considerado seriamente. Porém, tenho no Instagram um arquivo de fotos de viagens e tinha nele algumas fotos de Bruges e Ghent, que obviamente me cativaram, e a Letícia também se entusiasmou, depois de as pesquisar.  Pensei em visitar devidamente a capital belga, e fazer daí base para visitar as outras cidades. Provou-se uma boa aposta, as viagens de comboio fazem-se muito bem, este meio de transporte é caro (comparado com a nossa CP) mas muito confortável. E foi bom regressar ao fim do dia ao aparthotel, sem ter de carregar malas de cidade para cidade. 


Fazer fora uma refeição por dia basta-nos, precisamos de ter um espaço onde à noite possa confeccionar um jantar simples mas caseiro. Na recepção indicaram-nos uma loja Bio- Sequoia, onde compramos tudo o que precisamos para meia dúzia de refeições e pequenos-almoços, e foi perfeito. Depois de um dia inteiro a deambular por Bruxelas, ou sair para outros destinos bem cedo, em pleno verão, o ideal para nós é tomar um duche, jantar e repousar algumas horas, já não conseguimos sair depois disso! 


Seguimos o roteiro de diversos blogues para o que visitar em Bruxelas:

1. La Grande Place, Património da Humanidade

Onde se localizam prédios lindíssimos históricos do séc. XIV ao XVII, como a Câmara (tivemos a sorte de ver um casamento, com os noivos e convidados e assomarem ao balcão); a Casa do Rei, hoje Museu da Cidade, a Casa dos Ducs de Bravant, e a casa onde viveu Victor Hugo, a certa altura. 


2. Mannekin Pis

O monumento mais fotografado de Bruxelas é a estátua de um menino a fazer xixi. Algo decepcionante, mas estava realmente ali uma multidão ao redor. 



3. A Igreja de Notre Dame des Victoires au Sablon

A igreja do séc.XIV é gótica, bastante sóbria, porém imponente, quase parecendo uma catedral, excepto no tamanho, um pouco mais pequena. 

4. Place Royale

Nesta majestosa praça neo-clássica do séc. XVIII localizam-se os Museus Reais de Belas-Artes da Bélgica, o Museu surrealista Magritte, e o da Música, em cuja edifício Arte Deco mais lateral, se destaca. Só visitamos o primeiro, e devo dizer que esperava mais e melhor, foi realmente a minha grande decepção nestas visitas.  

5.Palace Royale de Bruxelles

O Palácio da família real belga estava fechado para férias, imagine-se! Outra decepção. 

6. Parque de Bruxelas

Localiza-se entre o Palácio Real e o Parlamento, é muito grande, com lagos, fontes, estátuas em abundancia, e muitíssimo agradável de se atravessar. 

7. Parlamento belga

Só visto do exterior, é um edifício sóbrio e sólido. 


8. Monts des Arts

Quem desce da Place Royale depara-se com uma vista magnífica sobre a capital, aqui grupa-se uma série de edifícios de grande importância, como a Biblioteca Real da Bélgica, onde vale a pena entrar (que sobretudo num dia quente foi um oásis abençoado), com uma escadaria e jardins que se proporcionam para belas fotografias. Tem uma esplanada no topo perfeita para assistir ao pôr do sol enquanto se toma uma bebida. 

9. Catedral de S.Miguel e Santa Gudula

São os santos padroeiros da cidade, e a catedral gótica do séc.XIII construída em cima de um templo do Séc.XII, demorou cerca de 200 anos a ser edificada. Apesar de ter sido saqueada diversas vezes continua a possuir elementos decorativos impressionantes, sendo a igreja católica mais importante do país, e visita praticamente obrigatória. 

10. Centro Belga de Banda desenhada

Vamos encontrando pela cidade arte de rua, relativa aos personagens mais famosos nascidos aqui, Tintin sobretudo, contudo existe um museu para os fãs de banda desenhada, localizado num belo edifício, que para qualquer um vale a pena visitar, contudo obrigatório para famílias com filhos pequenos. 



11. Galerias Royale S.Hubert

Neste prédio de aparência tão requintada localizam-se diversas lojas de luxo, da joalheria aos chocolates, marcas nacionais são também pretexto para conhecer mais um pouco o país.

12.Bairro Europeu

É onde obviamente se localiza o Parlamento Europeu, gigantesco, moderno, e certamente muito caro aos contribuintes europeus! Entrar ali nem por convite, não me interessa mesmo nada, vimos de passagem para o Parque Leopold, que adoramos. 


13. Casa-Museu do arquitecto Victor Horta

Foi um arquitecto que a Letícia estudou na Faculdade, que é uma espécie de Gaudi belga. A casa tem claramente inspiração na natureza, sendo belíssima. Para ela foi uma visita que a deixou maravilhada. 


14.Parc du Cinquentenaire

As arcadas são apenas do séc.XIX mas essa construção juntamente com o jardim que se localiza em frente são um belíssimo postal que se torna imperdível. Também aí se localizam 2 museus, creio, sendo um deles de Artes, mas que já não fomos a tempo de visitar, para minha grande pena. 

Por este jardim/parque imenso observamos mães a passear bebés, um casalinho a jogar às cartas, um jovem a atirar e apanhar o boomerang com maestria, uma classe de yoga, um casal a ter uma aula de dança de salão, um grupo de amigos a fazer um piquenique, meia dúzia de jovens a jogar vólei, pessoas a passear os cães, pessoas a ler, outros deitados na relva, enquanto outros corriam ou caminhavam; é em suma, um jardim muito popular entre os locais, e com justa razão. 

Há em Bruxelas outros sítios para visitar, como o Atomium, o Museu da Cerveja ou do Chocolate, e outros, mas não foram do nosso interesse. 

Passar o dia em Maastricht foi também uma boa opção. A paisagem desde o comboio já se mistura com a holandesa, aquelas planícies verdejantes, com as casinhas de tijolo vermelho rodeadas por árvores, para lhes proporcionar privacidade, fazem-me lembrar os quadros dos mestres flamengos, e não me canso de as admirar. 

Em Maastricht passamos a Câmara, e visitamos o moinho de Bisschopmollen, o mais antigo em funcionamento dos Países Baixos, séc.XII, ao lado a pastelaria que lhe pertence vende fatias da tarte de maçã, típica da cidade. Gostamos de experimentar, mas não repetiríamos. 



A Heelpoort, a porta da cidade, de 1229, e mais antiga da Holanda, é uma bela torre, aonde se pode subir e obter uma vista abrangente sobre a cidade. 

A basílica da Nossa Querida Senhora, a igreja de Sint Janskerk e a de s.Servtius, são o trio mais importante, só entramos na primeira, a única aberta, mas realmente muito bonita, com belos vitrais. 

Boekhandel Dominican é uma igreja transformada em livraria que se revela um fenómeno entre os turistas. A estrutura foi preservada, tendo-lhe sido adaptado 2 patamares que correspondem a corredores com livros. Tem um cafezinho com sofás ao fundo, e certamente convida à permanência, mas fiquei aí menos do que nas igrejas genuínas. A desacralização destes locais impressiona-me, assim como caminhar normalmente sobre as tumbas seculares de clérigos e outros proeminentes. 

Em Ghent, uma cidade pequena mas encantadora, com o rio Leie a serpentear a localidade, onde podemos admirar as guildas ( construções flamengas dos séculos XVI e XVII, decoradas no topo com frisos dourados), e o castelo dos Condes, do séc.XII, visita com áudio-guia, aliás uma narração muito divertida e informativa, que preencheu as lacunas para um castelo tão despojado ( tem em diversas divisões algumas obras de arte sobretudo contemporâneas), mas as partes que aludiam a torturas próprias da Idade média eu saltava, não são do meu gosto). As vistas do topo do castelo são lindas, de forma que vale muito a pena. A Câmara municipal, renascentista, e a catedral St-Baasfkathedral, gótica.  

Entrar em Bruges foi como viajar no tempo, ou entrar num cartão postal encantado! A cada recanto parávamos maravilhadas, e foi por isso o ponto alto da nossa viagem. Por vezes, acontece de eu dizer que gostaria de regressar àquela cidade estrangeira, é o caso de Bruges, que gostaria de voltar a visitar, com mais tempo, dessa vez ficando lá hospedada. 

Bruges é uma cidade pequena que pode ser perfeitamente visitada a pé, é aliás assim que melhor se conhecem os locais, vamos andando e descobrindo novas atrações. O centro histórico de Bruges é Património Mundial; aí se localiza o Beffroi, uma torre do século XII, com 883 metros de altura, que nos satisfez só se olhar do exterior (subir 366 degraus com calor estava fora de questão); passear no Quai do Rosaire, local mágico para tirar fotos, visitar finalmente uma chocolateria, e esta é especial, fundada em 1919 por Mary que foi a primeira mulher chocolateira da Bélgica, e tornou-se fornecedora da Casa Real, comprovamos a excelência do chocolate. Visitar a  Basílica do Sant-sang, onde supostamente está a relíquia com o sangue de Cristo e a igreja Notre Dame, que possui a única obra de arte de Michel Angelo fora de Itália, a estátua do Virgem e do Menino, em mármore, foram duas visitas adiadas para a próxima vez. Despendemos muito tempo a deambular pela cidade, a permanecer nos recantos admirando cada detalhe, a fotografar. Visitar Bruges de barco, pelos canais será outra das experiencias futuras.

O que se come tipicamente na Bélgica é o waterzooi, uma espécie de ensopado de peixe, que ainda pensamos encontrar na versão vegetariana, o que não aconteceu (mas felizmente há imensas opções vegetarianas por todo o lado), as batatas fritas a cada esquina, sim, são boas e croquantes, o Chocolate, excelente, as waffles, tivemos uma sorte tremenda porque simplesmente tínhamos fome à hora do lanche e aquela loja na rua detrás do Museu Real de Belas Artes tinha bom aspecto, e as waffles eram deliciosas, croquantes por fora e fofas por dentro, e claro uma cerveja para mim, cujo nome não memorizei, escolhida pelo proprietário, um senhor idoso belga, da esplanada; estava divinamente fresca! 

Waffles: em frente à Biblioteca Real da Bélgica


Em suma, Bruxelas revelou-se uma cidade bastante mais bonita, com imensos jardins e espaços verdes, e sobretudo impressionaram-me as construções actuais, há imensos prédios modernos de design diferenciado, e com uma estética belíssima, a minha filha comentava quase sempre que a construção dos mesmos tinha custos elevadíssimos, e por isso não se faziam em Portugal. Ponto negativo, é uma cidade muito suja, havia lixo todos os dias, a transbordar dos contentores, colocado pelas ruas, nunca percebi quando o recolhiam, e descuidada, os passeios em mau estado, os jardins idem. Seria de esperar que numa capital de projecção europeia a cidade estivesse muito mais cuidada. O meu desagrado com as capitais, relativamente ao resto do país, já é habitual, e aqui confirmou-se novamente, no entanto, a Bélgica é um belo país, e francamente está subestimado.    


Fontes: 

Vagamundos

Cachos aventureiros

Viaja entre Viagens

Na janelinha para ver tudo

Visit Ghent

Civitatis

Generation Voyages 

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Móveis De Verdade

Via

As lojas Ikea vieram revolucionar a decoração das casas em Portugal, e de resto, em todos os países em que abriram lojas. À semelhança da Zara, na imitação das colecções de luxo, o Ikea proporciona aquilo que parece design de alta qualidade, e vendo casas com estes móveis, decoradas por decoradores, ou pessoas com muito bom gosto, sobretudo através do ecrã, tudo parece ser bonito e ter qualidade, dando realmente bom aspecto, e sendo economicamente acessível.

A questão é que quando pegamos naqueles móveis, quando tocamos neles, percebemos claramente que são tal qual a comida fast food, bom aspecto (no geral), mas sem qualidade. São móveis a fingir, parecem ser feitos de cartão, e se economizam na madeira, imagino a qualidade das tintas, vernizes e colas ( que respiramos!) utilizadas no seu fabrico. Afinal, o produto vem para o mercado a preços acessíveis e pelo caminho tem que pagar a imensa gente, trabalhadores, transportadoras, e... ter lucro! E não pouco, dado que o proprietário do Ikea é o homem mais rico da Europa. 

Há dias, caminhava pela rua e reparei em duas casas seguidas, cujas janelas estavam abertas, na primeira, que sei habitada por duas pessoas idosas, vi um candeeiro de tecto do Ikea, e na casa seguinte notei um candeeiro antigo, que mais parecia ter saído da casa anterior. Achei curioso, e fiquei a pensar nisso. 

Um dos meus primos despachou, há relativamente pouco tempo, a mesa de sala e armário de apoio, ambos adquiridos no Ikea, e comprou os móveis equivalentes, de meados do século XX, a alguém que os restaura e vende. Os meus tios espantaram-se, creio que acharam um retrocesso, e sobretudo a minha tia, dizia que pareciam os móveis da sogra, dos quais nunca gostou.

O meu primo e mulher justificaram a mudança com a falta de qualidade dos móveis Ikea, e a vulgaridade, é certo que se encontram em todo o lado, que queriam algo diferenciado, e feito à mão. 

Parece-me, agora que as gerações mais velhas se renderam ao estilo Ikea, as mais novas procuram o vintage, os móveis de nicho, e fico muito contente com a mudança. Mas afinal que lucro eu com isso? Gosto de ver valorizados móveis que já não se fabricam, e que têm possibilidades diversas de uso, terem uma segunda oportunidade, ao serem restaurados. Para além de serem bonitos, e diversificados, há tantos estilos, proporcionando decorações diferentes, e eu gosto do que sai da norma, e por reflectir ainda um estilo de vida amigo do ambiente. 

Há imensas lojas que vendem móveis em segunda mão, nas plataformas online também, particulares ou profissionais, há também quem os venda já restaurados, e a oferta é vasta. Podem ser personalizados, ao gosto de cada um, e se as pessoas se atreverem a pôr mãos na massa é um trabalho manual que poderá ser muito gratificante. 

Nós temos em casa os móveis herdados, de diversas gerações, e nenhum deles me cansa, ou dá vontade de os substituir, porque quando as coisas são verdadeiras duram muito mais. Pelo menos para a minha vida durarão. 

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Leitura: O Problema dos Três Corpos

Via

Liu Cixin, nascido em 1963, é um autor chinês conceituado e premiado, tanto lá como no mundo ocidental. 

O meu filho começou a ler este livro, e foi lendo, com muito interesse, o segundo e terceiro à medida que foram publicados, mas apenas quando um amigo meu se referiu a ele como a melhor ficção que tinha lido nos últimos anos, me motivou o suficiente para lê-lo também. Como já o tinha em casa, achei que não teria nada a perder. 

Começa durante a revolução cultural chinesa, a personagem principal, Ye Wenjie assiste entre a multidão, em praça pública, à humilhação e brutal espancamento do pai, um conhecido académico, por crimes reacionários, relacionados ao ensino da Ciência. Esse episódio irá marcar profundamente a filha, e daí resultará uma acção sua que determina o futuro de toda a humanidade. 

A acção salta para o presente, a narrativa volta-se então para o cientista Wang Miao, que começa a ver uma sucessão de números em todo o lado, deixando-o a princípio absolutamente transtornado e logo de seguida totalmente obcecado na investigação desse fenómeno, que o irá ligar a Ye Wenjie. A sua primeira grande descoberta leva-o a jogar online um jogo fascinante e também viciante, que se revelará intimamente ligado aos números que o perseguem.

A minha falta de conhecimentos científicos não me permitiu acompanhar o discurso dessa área, nem sequer sei se aquela informação está correcta ou é ficção, parcial ou totalmente, e confesso que essas partes da narrativa foram para mim bastante aborrecidas. Porém, a ideia geral do livro é muito interessante, afinal um dos grandes enigmas da humanidade relaciona-se com a dúvida sobre a existência de outros mundos habitados, e o receio de que existindo outros mais evoluídos, possam invadir o nosso. 

Também o retrato daquela época histórica chinesa é interessante, embora chocante, contudo de útil divulgação. 

Recentemente, vi dois episódios da série entretanto feita e fiquei atónita com a adaptação, creio que a tamanha liberdade já nem se possa chamar "adaptação", é mais invenção e distorção. Perdi o interesse e não verei mais nenhum episódio. 


Título: O Problema dos Três Corpos 

Autor: Liu Cixin

Editora: Relógio d'Água

Nr de págs: 334