Aconteceu-me algo inédito, subtraí um ano de idade à minha filha. Se isto não é negação, deve ser esquecimento, mas seja como for, tem a ver com a idade.
Este foi o perfume de bebé do Duarte. Usou-o ainda durante bastante tempo.
Depois passou para este.
E agora vai neste. Já não cheira a bebé. Nem a criança. Cheira a homemzinho.
Podia deitar fora os outros dois perfumes, despachá-los, ou reciclá-los. Tirá-los da vista. Pois podia. Mas não consigo, porque a cada aspiradela vem uma lufada de memórias, e a minha memória olfactiva é como um álbum fotográfico. Com dores de crescimento, porque já está visto que quem as sente não são os meus filhos. Sou eu.