Em Fevereiro o tema do meu artigo para a Bigger Magazine* só poderia ser um - S. Valentim, claro. Porém, para mim, visto de um prisma mais abrangente. Algo assim...
S.Valentim é o protagonista do segundo mês do ano. Segundo
reza a lenda, o bispo Valentim consagrou-se de forma trágica, ao desobedecer a
ordens do imperador, casando em segredo os soldados que partiam para a guerra.
A história e o tempo encarregaram-se de embelezar o acontecimento, focando
apenas a celebração do amor.
Assim, Fevereiro está inevitavelmente associado aos
namorados, ao romance, enfim, aos afectos. Porém, tenho a impressão de que
quanto mais enfâse colocamos na celebração de S.Valentim, menos a sentimos
verdadeiramente. Como se de alguma forma, a liberdade de poder vivenciar o amor
o fizesse menos interessante, ou desejável.
Talvez esta seja uma teoria romântica, a de que o amor
verdadeiro cresce perante as dificuldades. Foi sem dúvida, usada e explorada
pela Literatura até à exaustão, contudo, isso não faz dela menos verdadeira,
uma vez que frequentemente a ficção é um reflexo da realidade. Admito, porém, a
realidade está a mudar.
E em que mudou? Pergunta o leitor. Digo mais no artigo, mas entretanto deixo o desafio, devolvendo a pergunta.