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Já apresentei Rosamunde Pilcher na resenha do livro "Os Apanhadores de Conchas", pelo que aqui se torna desnecessário, e como adorei esse primeiro livro, desta autora, comprei Solstício de Inverno do qual também gostei imenso.
Há já algum tempo que atravesso uma fase anglófila, e então quando o cenário é rural, as casas, jardins e objectos que se tornaram para mim de um interesse e beleza difíceis de explicar, tudo se conjuga para que se me torne irresistível. Gosto de reconhecer as menções àquilo que faz o Reino Unido único e encantador, como o Ága, as louças da Cornualha, os chás reconfortantes a toda a hora! Uma série de palavras que não conheço outros que as digam, como eu, como anoraque! Em suma, identifico-me imenso com as descrições e narrativa, de forma que foi uma leitura deliciosa, algo especial.
Mas vamos ao enredo. A excêntrica Elfrida mudara-se, com o seu cão, Horace, de Londres para uma casinha no campo, fazendo amizades na aldeia, particularmente com os Blundell, de quem se torna íntima. Porém, acontece uma tragédia que faz com que Elfrida se mude temporariamente para a Escócia, habitando uma casa antiga e enorme, que acaba por alojar alguns familiares e amigos, algo perdidos na vida.
Sinceramente, não esperava que Elfrida me surpreendesse, devido à sua idade, não quero dizer a que respeito, para não estragar a leitura, e por isso não me identifiquei com ela, nem aliás com nenhuma das personagens, sendo todavia, todas encantadoras e por vezes, fascinantes.
Gosto da forma como a história de cada uma das personagens é contada, por capítulos. De como se cruzam e certa altura da narrativa. E de como a falta de esperança é superada para cada um, cada problema, trazendo um novo fôlego, perante cada desafio. O livro fala sobre a busca pelo amor, as dores da perda, e a alegria de o encontrar ou reencontrar. Recomendo, portanto, a leitura deste livro.
Título: Solstício de Inverno
Autora: Rosamunde Pilcher
Editora: Circulo de Leitores
Nr de Págs: 508