Disse a flor para o pequeno príncipe: é preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.
Antoine de Saint-Exupéry |
..... Pausa para mim mesma; preciso assimilar esta informação que eu própria estou a redigir ....
Recentemente, li uma frase que dizia algo semelhante a isto: " No princípio vemos dedadas pequeninas, depois maiores. E depois desaparecem."
As dedadas marcam paredes, cadeiras, mesas, toalhas, e irritam-nos por vermos tudo sujo.
Brinquedos espalhados pela casa, objectos inesperados como um carrinho na gaveta das toalhas, revistas e capas de c.d. babados.
Porém, apenas vemos desarrumação.
Livros misturados com jogos, peças de Lego soltas e uma chupeta pelo meio.
E somente vemos desorganização.
As marcas de mãos minúscula nas paredes, junto aos degraus, fazendo um corrimão...
E só vemos sujidade.
Mas são esses sinais passageiros que denunciam a alegria de ter uma criança em casa. A evolução e crescimento dessa criança. No entanto, na ocasião, vemos apenas aquilo que é evidente.
Estas coisas vão desaparecendo. Uma a uma. Um dia, acordamos e não há mais nada. Passou. Um tempo que acabou, uma infância que terminou.
Entretanto, vamos descobrindo que novas coisas acontecem, sinais diferentes surgem pela casa, pelas paredes. Que a vida é assim mesmo. E que devemos desfrutar de tudo o que a vida nos traz. Mas...
Não é fácil, acordar um dia sem dedadas minúsculas na parede.
Até breve!