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Foi esta a conclusão da minha interlocutora, sobre pessoas que dão palpites a respeito da educação de filhos que não são seus.
E eu fiquei a pensar, o que resulta neste post.
Antes de ter filhos eu não sabia nada sobre educação de crianças, e essa ignorância não me pesava. Depois de ter sido mãe aprendi imenso e continuo a pensar que sei muito pouco. Porque simplesmente, ainda há tanto para aprender!
Tudo aquilo que eu aprendi, foi lendo, vendo como outras mães fazem, e ouvindo os seus conselhos. Há, no entanto, imensas coisas que eu sei, e sempre soube, intuitivamente. Há coisas que são muito fáceis para mim, e outras que eu prevejo nunca aprender, porque não vai dar tempo para tudo, nesta vida! Então, eu acho que todas as ajudas nesta aprendizagem são válidas; porque eu sei que não sou uma mãe perfeita, mas sou uma mãe interessada e empenhada em fazer o meu melhor.
Por conseguinte, se outra mãe tem algo para me ensinar, e eu posso beneficiar com isso, aprendo, aplico ou não, e agradeço. E muitas vezes, faço isso com outras mães; deixo uma sugestão, sugiro uma ideia para resolver determinado problema. E frequentemente, nem sequer me perguntam directamente o meu conselho, mas ainda assim eu dou. Porque as conversas se proporcionam a isso, as respostas são fluídas e instintivas.
Eu tenho noção que a minha experiência pode ser útil a outra mãe, a outra criança. Mas também sei que a minha sugestão pode não funcionar; porque o que resulta com uma criança, pode não resultar com outra. Tenho dois filhos e constato esta evidência a cada passo. Porém, se a mãe que me ouve achar que a ideia não é propriamente estapafúrdia, pode testar, e ver se resulta. Não perde nada com isso.
Contudo, se ficar fossilizada naquela ideia do "é fácil educar os filhos dos outros", e fazer ouvidos surdos, porque achou que aquela "sabetudo" não merece crédito, lamento... mas penso que pode estar a perder uma oportunidade, apenas por falta de humildade.
Uma mãe que tenta passar um conceito, uma sugestão, está apenas a querer ajudar outra mãe. Pergunte-lhe se ela se acha uma mãe perfeita; pergunte-lhe se ela pensa saber tudo, e nunca tem dúvidas. Vai encontrar uma mãe igual a todas as outras. Uma mãe em construção. Que acabou de dar um conselho a alguém, apenas, com o intuito de auxiliar uma sua igual.
Há situações que eu vejo noutras famílias, que me parecem de evidente resolução. Talvez quem esteja envolvido na situação não veja a solução tão claramente devido a essa mesma envolvencia. Mas se a distância me permite ver claramente, porque não hei-de eu dar o meu conselho?
Nós, as mulheres, temos tanto esta coisa da competição. Entre nós. Nunca achamos que estamos do mesmo lado. Mas não, nós estamos todas no mesmo barco, e quando começarmos a ter essa consciência, de que podemos ajudar-nos mutuamente, aprender umas com as outras, e partilhar ensinamentos apenas porque queremos transmitir o que sabemos, a maternidade será muito mais fácil.
E sem dúvida, o relacionamento entre nós muito mais solidário, mais justo e simples. Vamos convir... ninguém está aqui à espera da medalha de Mãe Perfeita!
Até breve!