Cada vez tenho mais cuidado com elas, porque tenho receio
das consequências. Quando alguém se lembra das minhas pérolas e mas citas, fica
sempre com o coração aos pulos.
Tenho medo do que possam causar às pessoas, no entanto é
mais forte do que eu, e não posso deixar de exibi-las.
Quando há uns três anos, um amigo me disse, a rir: - E quando tu me disseste que eu não te tinha desiludido, porque nunca te tinha
iludido?! Eu fiquei um pouco constrangida, pensei que ele já tivesse esquecido
aquela história. Na época ele fez algo que eu não gostei (já nem me lembro o
quê, vejam que importante!) e quando me pediu desculpa, eu saí-me com uma das
minhas pérolas.
E quando um amigo, que vive no estrangeiro (as minhas pérolas
viajaram até lá!), me citou, a propósito da resposta que eu dera, por não estar
bronzeada depois das férias de Verão, (a alguém evidentemente bronzeada!)? –
Uns ficam morenos por fora, eu prefiro ficar por dentro, aludindo às férias culturais.
Ainda recentemente alguém se lembrou do espanto que sentira
por eu cozinhar para mim, quando vivia sozinha (parece que foi há uma vida atrás), e da
resposta que eu dei – Claro que cozinho para mim. Sou a pessoa que melhor
merece ser tratada, por mim própria! – Utilizando-me como exemplo, à filha recém saída de casa.
Hoje vou partilhar a minha mais nova pérola. Não adianta você
mudar, e tentar moldar-se a outra pessoa; ainda que seja um clone, a satisfação
nunca será total, porque mesmo virando-se do avesso, essa não é a sua natureza.
Não pague esse preço!
Eu fico constrangida com as minhas pérolas, porque sei que a
palavra é de prata e o silêncio de ouro. E embora a minha intenção seja boa,
sou só humana – portanto, pegue nas minhas pérolas e utilize, se desejar, mas
saiba que não me responsabilizo ;)
Tenha uma óptima semana!