quarta-feira, 31 de julho de 2024

Reminiscências

Via Pinterest

Por vezes, basta-me uma música, uma paisagem, uma casa, um móvel, um determinado objecto para me transportar para outro sítio, outro tempo do qual sinto uma profunda e pungente nostalgia. 

Não sei explicar, não compreendo, pelo menos totalmente, mas é como se fosse uma memória de tempos passados. E basta um clique, um momento fugaz para que volte com toda a força da emoção sem razão, nem memória. Não sei exactamente o que pensar, só sei o que sinto, sei que me invade uma vontade visceral de lá voltar.   

segunda-feira, 29 de julho de 2024

O Canto dos Pássaros - Som Curador e Relaxante


" Porque é que os sons da natureza são tão bons para a saúde e o bem-estar. Novos dados revelam que até ouvir gravações da natureza pode melhorar o humor, diminuir o stress e até diminuir a dor. O canto dos pássaros para relaxar é um som bonito e calmante. Neste vídeo, vou mostrar como o canto dos pássaros pode aliviar a ansiedade e a depressão, bem como curar a mente. Neste vídeo, ouvimos o canto dos pássaros em vários locais e descobrimos como pode ajudar no stress, na ansiedade e na depressão.

terça-feira, 23 de julho de 2024

E Agora, que Curso Escolher?

Quando os alunos terminam o 12º ano, o normal é não saberem que curso escolher nem sequer terem ideia da profissão que gostariam de exercer. A excepção são aqueles alunos que já o têm muito claro, mas ainda mais raro aqueles que já desde sempre sabem, o emprego que querem ter. 

Convenhamos que aos 18 anos é precoce pedir-lhes uma decisão destas. O nosso ensino, totalmente teórico, também não está feito para os auxiliar nesta tomada de consciência; por exemplo, na Alemanha, desde o 9º ano que os alunos fazem estágios em determinadas áreas, sendo essa experiencia muito elucidativa sobre a realidade. Um caso, a filha de uma amiga, estava convencida que queria seguir medicina veterinária, e após o estágio numa clínica veterinária descartou terminantemente a área. 

Portanto, perante este panorama, o que nos resta enquanto pais, é assumirmos alguma responsabilidade e ajudarmos os nossos filhos, na reflexão, e escolha. Não disse "condicionar", sei que há muitos pais que inconscientemente vivem os seus sonhos através dos filhos, e sem contemplações pela personalidade deles, os manipulam para escolhas fora da real vocação, resultando, posteriormente, em desfechos muito complicados. Estou lembrar-me da menina que entrou em Medicina, não gostou, pediu transferência para Matemática, e só quando passou para o 2º ano, conseguiu dizer aos pais o que tinha feito. O pai rompeu em lágrimas, pois ter uma filha médica era o seu sonho, e perante isso consigo compreender porque a filha adiou tanto esta conversa. Também consigo imaginar quão angustiada ela viveu nesse ano. 

Ouço muito pais a dizerem " O que eu quero é que ele/ela seja feliz!", e esta frase explica que os pais entregaram total responsabilidade da escolha nos filhos; não concordo com esta postura. Os filhos são demasiado inexperientes para saberem que há áreas cuja empregabilidade é nula ou quase nula; que as profissões que vêm em séries não correspondem à realidade; que o que irão auferir como ordenado não lhes vai permitir ter aquela vida com que sonham; que terão de trabalhar por turnos e fins-de-semana, que terão de se deslocar pelo país; que terão de ir para o estrangeiro; etc, etc. E não digo que por isso se deva descartar, felizmente há enfermeiros nos hospitais, 24 sobre 24 horas, 7 dias na semana, mas estas questões devem ser mencionadas e analisadas. Daí é que sairá um escolha ponderada e amadurecida. 

Já vejo, há alguns anos, pais a patrocinarem o segundo curso dos filhos porque precisamente, no final do primeiro, os filhos descobrem que afinal não é aquilo que querem fazer. E francamente, não me parece justo que os pais sejam novamente sobrecarregados com esse encargo. Mas... " eu só quero que ele/ela seja feliz" é o mantra justificativo e conformista.  

Eu também quero que os meus filhos sejam felizes, mas não os quero na condição de eternos estudantes. Por isso, cá em casa, assumimos essa orientação que, aliás, consideramos obrigação nossa. 

A Letícia terminou o 12º na área das Artes ( fez o 10º em CT para concluir aquilo que eu já sabia, não era para ela), a vocação da minha filha esteve sempre nesta área, para mim. Agora a questão era: O que fazer dentro deste departamento? Aconselhei-a a escrever os três cursos que mais lhe interessavam; após isto, a procurar nas faculdades quais eram as cadeiras de cada um; e avaliar aqueles cursos que teriam as que mais lhe interessavam. Pensar, o que poderia fazer com esse curso no mercado de trabalho, e em termos de empregabilidade. Ter um curso em História da Arte parece-me muito interessante, mas como irá exercê-la? Como professora? Como autora? Como investigadora? Nada disso lhe agradava. Ilustração é muito criativo, e imagino que deva causar grande satisfação ver impresso o trabalho, a acompanhar textos ou logos, mas efectivamente onde se arranja emprego como tal? Quem conhecemos nessa área? Tem ordenado mensal garantido ou algo que o valha? Não nos pareceu. Portanto, ficou Arquitetura, por gosto e também por exclusão de partes. Interessantemente, profissão na qual ela também poderá trabalhar pontualmente nas áreas do ensino e ilustração, dada a sua abrangência, que consideramos uma mais-valia. Enquanto há cursos redutores, há outros expansivos, o que possibilita entrar em diferentes áreas. 

Perante esta conclusão, a duvida seguinte foi: Concorrer para que Universidade? Novamente, sugeri à minha filha investigar na net o que se dizia sobre as 3 principais universidades, e abundam informações de estudantes, algumas dos quais ela contactou, para saber ainda mais. Para a Letícia, a prioridade era o ambiente académico, onde o companheirismo existisse, e infelizmente nem todas primam nesse quesito. Há faculdades onde o nível de competição atinge uma agressividade chocante. A média dela permitia-lhe escolher a mais procurada, mas ela não quis, devido a essa circunstancia. 

Escolheu bem, apesar de ser um curso muito trabalhoso que exige extrema dedicação, ela gosta dele. E a Universidade em particular, foi também uma óptima escolha. 

Não tive que impor nada à minha filha, embora no início do Verão ela tivesse falado em Lisboa, o que não nos agradou absolutamente nada, não tivemos que lhe dizer não, que diríamos, pois ela própria chegou a essa conclusão, após uma semana de férias na capital. Benditas férias! 

Enfim, é possível conversar com os nossos filhos sobre este assunto sem conflitos, e é obrigação dos pais envolverem-se nestas escolhas. Nós temos mais experiencia, conhecemo-los melhor do que eles próprios ( nestas idades, pelo menos), e afinal somos nós que vamos despender mensalmente valores consideráveis, pelo que a nossa palavra dever ter peso, muito peso. 

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Peixinhos da Horta

 


Esta é daquelas receitas de Verão que adoramos, sempre acompanhada de arroz de tomate e feijão vermelho fresco, a comida da época tem um sabor único. O problema é que agora faço tudo a "olho per centum" e não consigo partilhar quantidades. Mas para se ter uma ideia, aqui vai um link com receita semelhante. 

Peixinhos da Horta

Ingredientes:
Feijão verde 
Farinha
Maizena
1 ovo
1 dente de alho triturado
Água gaseificada
Sal e pimenta q.b. 

Como fazer:
Lavar o feijão verde, cortar as pontas e cortar ao meio; cozer em água com uma pitada de sal, 4-5 minutos, escorrer e reservar. 

Colocar as farinhas num prato fundo, juntar o ovo, a água gaseificada e bater com um fouet até ficar tudo bem misturado, acrescentar os restantes temperos. 
Passar o feijão verde, bem seco, por este polme, e fritar em azeite ou óleo de coco ( o óleo vegetal foi banido da minha cozinha, faz muito mal à saúde); colocar em papel absorvente e servir. 


quarta-feira, 17 de julho de 2024

Nascimentos

Quando, há alguns anos atrás, comentei com um cliente israelita que a taxa de divórcios em Portugal rondava os 75% e a média de filhos era de um e meio por casal ele olhou-me horrorizado, e disse-me: Mas porquê?! Isso é o fim do vosso país!! 

Suponho que seja necessário passar por certos episódios traumáticos para que as nações tenham noção do valor da família, e descendência. Também é certo que as políticas portuguesas nunca valorizaram as famílias, nunca apoiaram as mães, antes pelo contrário, são as políticas de morte promovidas como algo de bom, e louvável. 

Agora imaginem um Mundo onde as mulheres que decidem ter filhos são apreciadas, louvadas, festejadas, pelo acréscimo que trazem às suas sociedades. Gostava muito que fosse assim. Conceber e criar filhos é das maiores e grandiosas experiências humanas. 

segunda-feira, 15 de julho de 2024

Os Animais de Estimação Não São Presentes!

Para os animais de estimação há dois picos no ano, no Natal quando os pais benevolamente oferecem aos filhos um cão ou um gato,  e no Verão, quando vão de férias e descobrem que é o momento de desistir deles, porque entre o primeiro período e este descobriram que os bichos requerem cuidados, gastos, e ainda provocam, por vezes, estragos, e prejuízos. Todo o factor não mensurável, como amor que receberam entretanto, não entra no balanço. 

No Natal encontrei uma menina com o cachorrinho que tinha recebido de presente, ao colo, ele confortavelmente aconchegado a ela e a menina muito feliz e orgulhosa. Entretanto, soube que a família o devolveu ao canil. Razões apresentadas: O apartamento é pequeno ( deve ter encolhido entretanto), os vizinhos queixam-se que ladra muito ( não sabiam da política do prédio?!); o cão efectivamente ladra bastante ( está num apartamento e não o levam a passear, e esperam o quê?!). 

Seria de supor que numa família com 2 adolescentes, um deles obeso, passear o cão seria uma tarefa assumida obrigatória e diária ( para mais o jardim fica quase em frente), por algum deles. Ou não teria isto sido conversado antes?! É que tem que ser, tudo tem que ser analisado e ponderado, perante a decisão de adoptar um animal, e compromissos têm que ser feitos! 

Este tipo de coisas revolta-me imenso. O cachorro, retirado à mãe aos poucos meses, passou para o colo da menina, daí ao canil, entre dezenas de outros cães, de todas as origens e com todo o tipo de historial. Já estive num canil, sei como aquilo é, apesar de toda a higiene, profissionalismo, comida e bebida garantidas, para um cão, estar naquele espaço é dramático. 

Mas há pior, as histórias de animais abandonados pelas ruas, e montes surgem mais por esta altura. Só me pergunto, que tipo de gente é esta...  obviamente, gente que não reflecte, mas pior, não sente. Muito triste. E por isso, cada vez mais encontro pessoas que não entregam os seus animais a qualquer pessoa, exigindo uma "adopção consciente". 

Não são bonecos, são seres sencientes, capazes de comportamentos inteligentes, bondosos, e por vezes até heroicos. Merecem totalmente o melhor de nós.  

quarta-feira, 10 de julho de 2024

Redenção

 


Veio do jardim da minha infância, e basta eu mergulhar no seu odor para me surgirem memórias longínquas; eu criança meia-selvagem, a vaguear sozinha entre as flores, onde o zumbido das abelhas e o voo de abundantes borboletas me leva, para, minha vergonha adulta, as caçar. 
Eu transpirada, colante, indiferente a tudo, para estar ali, debaixo do sol abrasador. E o odor das Saudades-roxas intensificado pela elevada temperatura. 

Faço agora do meu jardim área protegida para as borboletas, com arruda, videira, Saudades-roxas, abrigo e alimento. 

segunda-feira, 8 de julho de 2024

És demasiado...

És demasiado boa para este Mundo, és generosa demais, bondosa demais, empática demais. E o defeito não está em ti, em seres demais, mas no Mundo que está em falta de tudo isso. E ainda vê as tuas qualidades como defeito, julgando-te fraca, quando na verdade és forte, muito mais forte do que ele. 

Terias vindo por engano para este planeta? Ou escolheste-o para o acrescentar? Vendo daqui e agora acho que ele não te merece, não voltes. O mundo é ingrato e egoísta, precisa de sofrer com os seus semelhantes. E de não ter oportunidade de fazer sofrer quem está acima dele. 

quarta-feira, 3 de julho de 2024

Adesivos nas frutas

Sabem o que significam os adesivos com dígitos, nas frutas, especialmente nas importadas? 

Se o número de dígitos for 5 e o primeiro for 8 significa que a fruta ou vegetal foi geneticamente modificado, e é a mais perigosa.

Se existem 4 dígitos e o primeiro digito é 3 ou 4 significa que esta fruta foi pulverizada com pesticidas. Deve ser muito bem lavada antes de ser consumida. ( Pessoalmente, acho que nem deveria ser consumida!)

Se o número de algarismos for 5 e o primeiro for 9 indica que esta fruta ou vegetal é orgânica. É considerada o melhor tipo. 

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Doc. "O que você precisa de saber sobre a comida"

Documentário Food, Inc - O que você precisa saber sobre Comida SA / Alim...

Eu sempre tive alguma preocupação com a origem dos nossos alimentos, mas admito que no início o primeiro critério era comprar Português, e local, actualmente continua a ser isso mas já não por essa ordem, a prioridade é que seja biológico. E depois de ver alguns vídeos, em que os alimentos são escrutinados, através de testes, de microscópio e coisas do género fiquei ainda mais inflexível, aquilo é assustador!

Se nós somos o que comemos, estamos a ser intoxicados, através dos alimentos processados e dos que não são mas produzidos com recurso a químicos e antibióticos. Por isso é que "o povo anda todo doente", como me disse a minha fornecedora semanal de legumes e algum outro género. 

A dieta é um vício como outro qualquer, e abdicar de comer determinados alimentos que relacionamos com sabores e até ruídos, os crocantes são altamente viciantes, é um grande desafio. A mudança de hábitos requer uma força de vontade que só é possível alicerçada em conhecimento e plena consciência do prejuízo que nos provoca. 
Espero que a divulgação deste documentário sirva esse propósito. 

Cuidem-se, cuidem dos vossos, a alimentação deve ser de prioridade máxima.