(Bons amigos são difíceis de encontrar, mais difíceis de deixar, e impossíveis de esquecer) |
(Link)
Estes dias, ao
folhear uma revista feminina, fiquei a saber que existem sites que oferecem
amigos; por uma hora, ou três, ou até uma tarde, quem necessitar de amigos para
ir ao teatro, lanchar, ou fazer compras pode alugar um.
Fiquei a
pensar que tipo de pessoa necessita de alugar um amigo; talvez alguém com
problemas de socialização. Talvez alguém com a ideia de que amigos podem ser
comprados. Talvez alguém que tem 500 amigos no Facebook?!
Sem dúvida que
o conceito de amizade tem sofrido alterações, graças às novas tecnologias; o
conceito de amizade já não inclui presença física, nem toque, nem olhos nos
olhos. Mesmo na blogosfera amizades nascem e, ou, morrem entre pessoas que
nunca se viram. Os laços estabelecem-se mais rapidamente, todavia desfazem-se
muito mais facilmente.
Não pensem que
sou cética a ponto de não acreditar em amizades virtuais; eu sou do tempo em
que a correspondência era um passatempo que começava na adolescência. Por
conseguinte sei que as amizades podem ser construídas à distância. E podem ser
verdadeiras, e duradouras. Contudo também penso que são muito raras, porque,
tal como no amor, para que a amizade exista duas pessoas têm que querer.
Não acredito
em relações unilaterais, seja no amor, seja na amizade; não sou uma alma evoluída
tipo Madre Teresa, com todo o respeito e admiração que me merece, para estar
numa relação em que dou, dou, dou!
Também não estou no outro extremo, em que
dou cinquenta esperando receber outros cinquenta, ou mesmo cem, não preciso, e
não faço, essas matemáticas; mas esse tipo de relacionamento unilateral
parece-me parasitário, e acho mais justo o simbiótico.
Eu avisei…não sou uma alma
evoluída, a esse ponto. E acho que precisarei de mais vidas para aceitar ficar
nessa posição conscientemente.
Amizade para
mim é bilateral.
Até breve!