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Fiquei a ver o episódio, que imediatamente me prendeu a atenção; nada de planos mirabolantes, ou mudanças de planos que nos deixam momentaneamente zonzos. Acontecia tudo com muita calma, mas a um ritmo fluido, muito natural, que era o do raciocino do detective Columbo.
Claro que o detective resolveu o crime, intrincado e subtil, recorrendo a um método de publicidade - as mensagens subliminares- usando contra o próprio criminoso, uma técnica por ele muito utilizada enquanto profissional da publicidade.
Foi absolutamente brilhante. Utilizou apenas a dedução, a perspicácia, e observação, e astúcia, ou seja, basicamente o cérebro!
Tão diferente dos filmes de investigação dos dias de hoje, que se sustentam unicamente nas tecnologias. Sinceramente, depois dos primeiros episódios de CSI o meu interesse desvaneceu-se; depois da novidade, sentia que era uma repetição com personagens diferentes em cada episódio.
Maquinas, computadores, produtos químicos e binóculos, que detectam bocadinhos de unhas e saliva, e os identificam com nomes, morada e multas pendentes. E todos os filmes de investigação actuais vão também nessa linha, usando a mesma receita, oferecendo mais do mesmo.
Eu prefiro acompanhar a mente humana em acção. Nestes filmes nós sabemos tanto quanto os detectives, e vamos também pensando, duvidando e encontrando suspeitos. De certa forma, fazemos também parte da história. Por isso gostei tanto do Sherlock Holmes e da Miss Marple. Esses filmes nunca me cansaram, e gosto de os rever ainda actualmente.
São mais humanos e depositam mais confiança na capacidade humana de resolução. São filmes que nos humanizam, enquanto os outros nos mecanizam; somos meros espectadores passivos, perante uma tela que nos oferece as perguntas com as respostas.
Sim, podem chamar-me jurássica, mas eu cá prefiro o Columbo!
Até breve.