segunda-feira, 13 de outubro de 2025
Jesus continua a ser a minha alegria
segunda-feira, 6 de outubro de 2025
Como Se Escolhe uma Profissão?
Estamos, praticamente, no início do ano lectivo e a este propósito tenho conversado mais com amigas cujos filhos ingressaram na Universidade este ano; há histórias do arco-da-velha relacionadas com este tema, como a menina que entrou em Medicina, mudou para Matemática e andou um ano inteiro a fingir que continuava no curso inicial até reunir coragem para contar aos pais. O pai chorou! Não por pensar no estado da filha durante aquele ano, mas por perder a concretização do seu sonho - ter uma filha médica!
Outra terminou Medicina, onde foi muito infeliz ( continua a ser a carreira de sonho para os pais!) quando queria ter estudado, coincidentemente, Matemática; mas como disse o pai: Com essa média era uma pena!
E outra ainda, desistiu da carreira de enfermagem, logo no início, está a trabalhar num escritório e a estudar à noite, embora os pais continuem a pagar as quotas na Ordem. Só o fez, depois de sair de casa, e agora, segundo ela, é feliz.
Os pais continuam a dirigir rumos, e frequentemente, de forma tão impositiva e despótica, para cumprir sonhos pessoais e resolver frustrações íntimas que nem se apercebem como estão a atrasar e complicar a vida dos filhos. Claro que há os pais que não se imiscuem de todo, e deixam essa escolha totalmente aos critérios dos filhos, também estão em falta.
É preciso orientar, são tão novos, tão inexperientes, que conversar com eles mostrando-lhes os vários aspectos das profissões ponderadas é um dever nosso. Eu, por exemplo, se tivesse um filho a dizer-me que queria estudar Enfermagem, iria falar-lhe dos inconvenientes do trabalho por turnos, dos feriados e fins-de-semana em contramão da família e amigos, da dificuldade de colocação e precaridade. Evidente que se ele tivesse, claramente, vocação para tal actividade iria apoiar a 100%, porém já não iria às cegas. Aliás, para qualquer trabalho eu apoiaria totalmente estando convencida de que era um chamado vocacional; quando assim é, por mais difícil que encontrar trabalho seja, eles acabam sempre por se dar bem, pois o gosto com que trabalham torna-os bons profissionais, e isso vai dar frutos.
Então, tenho pensado se a entrada na Universidade é um sonho realizado mais para os filhos ou para os pais. O curso superior já não é garantia de emprego, muito menos bem remunerado, estão em ascensão as profissões manuais, havendo grande demanda e pouca oferta, o que faz subir vencimentos, são profissionais que pedem o que querem pelo trabalho e já ninguém discute, pagamos, ponto. O desprezo da sociedade pelos ofícios manuais levou a esta carência actual e aflitiva. E muito injusto é este preconceito - O uso das mãos não impede o do cérebro!
Seria tão bom se os pais, os educadores, os professores, a sociedade em geral se dedicasse antes a orientar os jovens para a descoberta de deles mesmos, de modo a se estudarem, a conhecerem-se no sentido de saber o que gostam e não gostam, sem a formatação do status, do sonho parental, do desejo primário de "ganhar muito dinheiro", mas antes de se imaginarem activos numa área que os realize, que desenvolvam sem síndrome de "segunda-feira", que lhes proporcione satisfação.
Eu sei que o mundo laboral está em constante mudança, e as gerações mais novas também, a maioria não se imagina a desempenhar o mesmo trabalho toda a vida, portanto outras vias se abrem no horizonte, e talvez tudo se resolva, mais adiante. Espero que sim, desejo-lhes que sim.
quarta-feira, 1 de outubro de 2025
Em Quem Confiar?
Como podemos confiar ainda em políticos e governantes depois de tantos anos a ver uns e outros a falharem miseravelmente? É como ir ao mesmo restaurante, repetidamente, e esperar que a comida seja diferente apenas porque mudaram as fotos da ementa. Vão servir-nos exactamente a mesma coisa!
Certa vez disseram-me algo do tipo: "Mais vale um mal que já conhecemos do que a incerteza de um bem", e isto reflecte exactamente a mentalidade das pessoas, e por isso continuam a votar.
O que mais estranho é que, no geral, as pessoas aprendem com situações muito pessoais, se algum familiar ou amigo lhes pregar uma rasteira, deixam de confiar e levantam a guarda para que não se repita uma segunda vez. Porém, aos políticos, estranhos totais, e com o rótulo pejorativo às costas e à frente, dão-lhes oportunidades contínuas! Seremos todos "reféns de Estocolmo"?!
Bem sei que estas eleições são locais e julgo que actualmente, a maioria das pessoas, já vota apenas nos candidatos, não nos Partidos, o que me parece muito bem, sobretudo quando os conhecemos, quando nos são próximos. Não sendo, políticos de carreira, para mim, já estão no patamar dos evitáveis, esses vêm para servir a hierarquia, não o povo que os elege.
Quando as pessoas compreenderem que precisamos, sobretudo, de pessoas honestas, com sentido de serviço comunitário, começarão a surgir candidatos entre os cidadãos com esses requisitos. E essa será a verdadeira Revolução.
segunda-feira, 29 de setembro de 2025
Segredo Para a Vida Boa
Ouvido por aí...
"As coisas vão bem às pessoas que percebem quão importante é relacionar-se com os outros correctamente".
quarta-feira, 24 de setembro de 2025
Do Infantário à Faculdade
Fui procurar a primeira foto publicada aqui, no Mãe... e muito mais, do primeiro dia de escola da Letícia, com 5 anos, e pela primeira vez no Infantário, para a juntar com a foto da última vez que entrou na Faculdade como aluna. Fim de um ciclo.
Entusiasta desde o primeiro dia, responsável e muito senhora de si. Não foi um caminho fácil, encontrou desafios que me ultrapassaram enquanto mãe e protectora, porque me pedia para ser ela a resolvê-los. Ainda hoje me pergunto se fiz bem em respeitar todos os pedidos. Ela continua a dizer que sim, que era o caminho dela, e todos os episódios fizeram parte do seu crescimento. O certo é que se tornou num ser humano de alto valor.
Acompanhar estes últimos 5 anos de Faculdade, num curso que é considerado o mais trabalhoso e exigente (aliás, no início do verão foi transmitido na RTP uma peça que incluía as Faculdades de Arquitectura do Porto, Coimbra e Lisboa e só então os familiares e amigos tiveram real noção de tudo o que a Letícia passou), foi frequentemente penoso, porém ela fê-lo entre os melhores, de diversas e marcantes formas.
Assistir à defesa da tese da Letícia, vendo-a tão centrada no seu trabalho, de aparência tranquila e equilibrada, encheu-me de orgulho.
Bem sei que outros desafios se avizinham. Mas agora saboreamos os frutos recolhidos, a doçura do sucesso vindo do trabalho e empenho.
E a Letícia uma merecida pausa, para ganhar folego para o próxima etapa.
quinta-feira, 11 de setembro de 2025
Tempo É Dinheiro
Entre 2 orçamentos para fazer uma cabeceira de cama optei pelo mais económico, dado que até já conhecia o trabalho desse estofador, porém, ao chegar à data de entrega combinada, ainda não tinha feito o trabalho, e adiou para mais duas semanas, ao fim das quais voltou a falhar, e adiou mais uma, e nessa também não cumpriu o prazo. Cancelei o trabalho com ele e voltei ao sítio que cobrava mais 50€, que me deu um prazo de 4 semanas. Na data a entrega foi feita.
Por vezes não compensa, realmente, esperar pelo mais barato, e mais vale pagar pelo compromisso sério.
terça-feira, 26 de agosto de 2025
Somos Naturalmente Empáticos, excepto se...
Nunca tudo me faz sentido, naquilo que ouço ou leio, mas quase sempre há algo que aprendo no meio disso. Este vídeo, ao minuto 10 relata uma experiência que me maravilhou.
Há uma experiencia que se fez com ratos, em que se colocava um dentro de uma jaula e outro ficava livre com comida, a ideia era comprovar a ideia Darwiana, em que os animais só procuram o benefício próprio, e portanto o rato livre iria comer e partir; o que se verificou foi que quando o rato livre descobria o botão libertava sempre, o rato preso, e deixava-lhe comida. A explicação é: Se os ratos têm neurónios-espelho (isso faz sentir em nós o que nos apercebemos no outro), sente a aflição do que está preso, isto é - empatia! Portanto, o rato stressado que está preso está a provocar stress ao que está livre; com os neurónios-espelho está a perceber toda a tensão que vive o enjaulado. Ou seja, a empatia é algo biológico, não é racional.
Então, o rato livre sabe que para se acalmar tem que acalmar o outro, e que a comida é um calmante.
A outra opção para não sofrer é sair dali, já não vê, e portanto já não sofre, porém, isso só acontece quando nesta experiencia dão ansiolíticos ao rato livre, que nessa condição, come todo o alimento e vai embora. Porque o ansiolítico elimina a empatia.
Estando numa época de consumo exacerbado de ansiolíticos que são receitados despudoradamente pelos médicos, para tudo e mais alguma coisa, é fácil de perceber porque anda a humanidade alheada e indiferente ao seu irmão.
Parece-me que esta experiência deveria ser amplamente divulgada e objecto de reflexão!
( Na eventualidade do vídeo não funcionar, está aqui:
PHYSICIST BREAKS THE SILENCE: WE ARE NOT WHAT WE HAVE BEEN TOLD )
quinta-feira, 21 de agosto de 2025
A Terra que Arde
Dizem que metade da Península Ibérica está a arder; não se aguenta tantos relatos e vídeos que testemunham quem está a sofrer com a perda dos animais, das casas, dos campos, dos pastos, da maquinaria, do trabalho de toda a vida, das mortes e dos feridos destes incêndios. É de cortar o coração assistir ao desespero dos que estão em perigo, ou que passaram por tudo isso. O reino animal, vegetal e mineral sucumbe.
Quem está no campo, que vive nele e dele sabe onde estão os erros administrativos, como se fazia antes com os corta-fogos e outras estratégias preventivas e reactivas, que os burocratas de gabinete já não implementam, nem permitem que o povo as use.
O povo que sofre está indignado, assustado, praticamente destruído, clamando por ajuda que não chega. Espanhóis e portugueses.
Estranhamente, este verão por onde vivo não tem havido incêndios, apesar dos inúmeros fogos não cheira a queimado nem o vento tem trazido faúlhas como acontece. Aqui, por onde vivo, as terras não são raras.
Estou de alma e coração com todos eles; que Deus os ajude porque está visto que só Ele pode.
terça-feira, 29 de julho de 2025
Dica de Leitura - Below Stairs
sexta-feira, 25 de julho de 2025
Bolo Esponja com Lemon curd
Queria um bolo suficientemente grande para um lanche de cerca de 10 pessoas, e este é, só precisou de um upgrade para lhe dar aquela frescura de verão, e um visual apelativo.
Já tinha feito o lemon curd no dia anterior, o que aconselho, é menos uma etapa, e fica mais firme; a receita que faço é do canal La dolce Rita, no YT.
Bolo Esponja Com Lemon Curd e Chantilly
Ingredientes:
A receita do bolo veio do Mãos de Manteiga - aqui.
terça-feira, 22 de julho de 2025
quarta-feira, 16 de julho de 2025
10 Prácticas Para Regular a Ansiedade
Ultimamente, sinto que o meu nível de ansiedade tem aumentado conforme tenho mais tarefas, e não é nada agradável. Acompanhei o processo com a minha filha, que desde que ingressou em Arquitectura passou a sofrer bastante de ansiedade, mas realmente não há nada que nos ensine tanto como a própria experiência. A maioria das vezes é difícil imaginar, com exactidão, como o outro se sente, portanto para mim isto também tem sido uma verdadeira aprendizagem.
Encontrei estas dicas, no Instagram, que partilho por me parecerem muito úteis ( só não concordo com a normalização da ansiedade por me parecer que passando a ser normal passa a ser definitivo, e para mim é algo que deve ser curado, ou ultrapassado, para se viver sem ela), e estratégias algo fáceis de implementar:
"Se tem um filho que sofre de ansiedade ligeira, sabe que é de partir o coração assistir a isto.
Entre as pressões da escola, as redes sociais, as hormonas e o próprio crescimento, os adolescentes de hoje carregam consigo mais do que alguma vez transportámos na sua idade.
Eis 10 práticas que adotamos e consideramos úteis:
Rotina regular do sono:
Incentive 8 a 10 horas por noite, com uma rotina de relaxamento, talvez um chá de ervas, um banho de magnésio e sem ecrãs 1 hora antes de dormir.
Alimentos integrais nutritivos e refeições tranquilas, consumidos em conjunto:
O ómega-3, o magnésio, as vitaminas do complexo B e os alimentos ricos em proteínas ajudam a regular o humor. Limite o açúcar e os snacks processados.
Movimento diário:
Caminhar, dançar ou praticar desporto ajuda a libertar a tensão e a aumentar a serotonina.
Diário/Arte:
Pegar num lápis e num bloco de notas ou, em alguns casos, em algumas canetas e num livro de colorir pode ter um impacto muito positivo na redução do cortisol e ajuda a exteriorizar pensamentos ansiosos.
Tempo na natureza:
Mesmo 15 minutos ao ar livre podem ajudar a restaurar a calma.
Estabelecer zonas ou horários livres de ecrãs :
Isto é difícil, mas tentamos ter um horário sem ecrãs depois da escola, enquanto tomamos chá e conversamos sobre o dia e nunca temos ecrãs à mesa. Os telemóveis são retirados antes de dormir para evitar mensagens de texto a altas horas da noite, etc.
Horários consistentes de sono e vigília:
Juntamente com rituais matinais e noturnos, criam uma sensação de segurança e previsibilidade. Algo tão simples como deitar cada um torna-se um momento em que cada um fica sozinho consigo; isso geralmente leva a partilhar algo pessoal ou simplesmente a um beijo e a uma gargalhada.
Converse regularmente sem agenda.
Não há necessidade de resolver os problemas deles ou de oferecer soluções. Só o facto de estar presente já ajuda muito.
Normalize a ansiedade.
Tranquilize-os de que sentir ansiedade é normal, é uma resposta humana natural ao stress, ameaça ou pressão. Não estão sozinhos.
Modelar um comportamento calmo:
Os nossos filhos espelham o nosso sistema nervoso. A nossa regulação apoia o deles. Acendo velas durante todo o ano, a qualquer hora do dia.
Oração ou meditação.
Aplicações como Headspace, Calm ou Insight Timer são adequadas para adolescentes.
Vamos apoiar-nos uns aos outros e criar filhos que se sintam seguros, amados e tranquilos - começando em casa.
Via Via Sita Home
segunda-feira, 14 de julho de 2025
Há Música Boa!
quarta-feira, 2 de julho de 2025
Devem os Pais Compensar os Filhos dos Diferentes Valores Gastos na Educação Deles?
Estes dias fui confrontada com uma questão que ainda não me tinha ocorrido; tendo uma filha ido em Erasmus (a pequena Bolsa que recebeu não cobre nem 10% desse semestre), não deveria compensar o outro filho com a mesma quantia? Quem me apresentou a questão pensa que sim.
Pelo inesperado do problema a minha resposta foi aquilo que para mim tinha sido óbvio, ainda que inconsciente até aí - O Duarte não fez Erasmus porque não quis, tinha a mesma possibilidade. Mas a resposta não colheu aprovação - Ainda assim!
Pelas circunstâncias externas a conversa encurtou-se, porém eu fiquei a ponderar o assunto. Eu não penso que estas coisas sejam assim tão equitativas; quer dizer, se os pais derem uma casa a um filho, é justo que também o façam com o outro, ou uma entrada para compra de uma casa, ou um carro, ou algo desta dimensão. Agora, nem tudo merece compensação; se eu tenho um filho que gosta de ir ao Ginásio, pago-lhe a mensalidade, mas nem me ocorre que deveria dar ao outro a mesma quantia, mensalmente. Ou aprender a tocar um instrumento, um quer aprender o outro não, vou também dar-lhe o mesmo valor? Não me parece. Então quem tem menino e menina sabe, normalmente, que o que gastamos com eles é sempre muito menos do que com elas, e isto desde sempre; claro que há excepções, mas o comum é que a oferta para as meninas é muito maior e tentadora, e elas têm também muito mais vaidade, e interesse na questão "Moda". Devemos também fazer a contabilidade neste quesito, e começar a compensar os meninos? Nunca ocorreu a ninguém, penso eu, porém se começamos a fazer estas contas, pela lógica esta secção também deveria ser considerada.
Se, porventura, um filho terminar os estudos universitários na Licenciatura e o outro prosseguir, fazendo o Mestrado, deve o primeiro receber o valor equivalente a mais 2 anos de estudos? Nunca ouvi tal.
E então que dizer daquelas situações, em que os filhos deixam a Escola cedo para trabalhar e um irmão, ou mais, prosseguem com os estudos até à Universidade? Devem os primeiros ser ressarcidos pelos gastos que não usufruíram, como os segundos? Nunca ouvi nenhum caso que disso fosse exemplo. Todavia, é possível que existam, embora muito raros. Pela certeza, posso afirmar que nunca ouvi nenhuma pessoa nessa circunstância reclamar sobre o prejuízo sofrido; o que já tenho escutado é "Eu não quis, o meu irmão foi mais esperto, aproveitou a oportunidade!". Agora, reclamar uma compensação, francamente, nunca tive conhecimento de nenhum caso.
Esta minha conclusão repetida do "Nunca ouvi tal" não significa necessariamente que por isso seja correcto ou justo; a questão deve ser ponderada ainda, e aqui entram outros factores que podem ser muito pessoais e até subjectivos, por exemplo do tipo económico, porque há pais que não conseguem comportar duas situações financeiras exactamente iguais. Do tipo moral, porque há pais que podem fazer questão de serem rigorosamente justos nas quantias despendidas. Do tipo emocional, porque há pais que temem ser acusados pelos filhos de preferência ou favorecimento por um dos filhos; ou não o temerem de todo.
De maneira que, após esta reflexão concluo o mesmo que de forma inconsciente já pensava. Os gastos com os filhos podem ser diferentes, conforme aquilo que eles querem e escolhem, e a Contabilidade não tem que ser feita de forma tão rigorosa, se houver essa disponibilidade da parte parental, quem quiser que aproveite!
Este é um daqueles (raros, confesso) artigos que escrevo aqui que gostava realmente que originasse opiniões, gostava de facto de ler o que as pessoas pensam sobre o assunto, pois nunca li nada sobre o tema, e parece-me deveras importante e interessante.
quarta-feira, 25 de junho de 2025
As Flores Mais Perfumadas Para o Jardim
Para além da beleza que as flores proporcionam ao jardim há outro aspecto que tinha ignorado até começar a sentir a sua presença - o perfume! É delicioso sentir o odor das flores, sobretudo depois do pôr-do-sol, parece que o perfume se liberta para dar continuidade à presença das flores, através de outro sentido.
Não foi aspecto que eu tivesse em conta no momento de decidir que flores semear, porém agora que me apercebo dessa importância é algo que recomendo.
No meu jardim, as flores que mais perfumam o ar são a Madressilva ( que escolhi por ser uma trepadeira autóctone), muito duradoura em floração, e aromática.
As coroas-de-rei ( sobretudo as brancas), mas essas só quando nos aproximamos delas, ou as ponho no centro da mesa.
As ervilhas-de-cheiro, cuja floração é demasiado rápida ( ainda bem que semeei algumas mais tarde, e por isso ainda as tenho), mas cujo odor é também sentido só na proximidade. Estas evito ao máximo de as cortar, pois cada flor representa uma vagem com sementes para o próximo ano.
Ao apreciar o aroma das minhas flores, que faço logo pela manhã e durante o dia sempre que possível, só lastimo não poder engarrafar o perfume e guardar para o resto do ano. Não consigo explicar quão bom é, mas em compensação, sei que ficará na minha memória olfactiva.
quarta-feira, 11 de junho de 2025
"Os benefícios da caminhada"
Eu aprendi isso num dia ruim 👇🏼
Daqueles em que o mundo pesa e tudo que a gente quer é sumir debaixo do cobertor.
Mas, por alguma razão, eu levantei e fui andar.
Sem meta e sem fone.
Aos poucos…
Deixei de olhar só pro chão e comecei a enxergar o horizonte.
Quando a gente se sente ansiosa e triste, o corpo encolhe.
A respiração encurta, o pescoço tensiona, o olhar se fecha.
Mas basta caminhar alguns minutos e algo muda:
🧠 O cérebro entende que você saiu do modo “ameaça”.
A visão periférica ativa o nervo vago, a circulação melhora, o cortisol cai.
🧬 Não é papo. É fisiologia.
Caminhar, especialmente ao ar livre, reorganiza os sistemas.
Regula hormônios, reduz inflamação, clareia o pensamento.
👩⚕️ Desde esse dia, eu prescrevo caminhada com a mesma convicção com que prescrevo exames.
Porque eu vi — em mim e em muitas mulheres — o impacto que isso tem na saúde física e emocional.
🧡 Quando foi a última vez que você andou sem pressa, só pra respirar melhor?
Dra Nayara Rocio, Instagram
https://youtube.com/shorts/snMPiMrswI0?si=2knq73NzfJ63qKal
segunda-feira, 9 de junho de 2025
Preservar Fruta Fresca
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Via Organizando & DecorandoFB |
Esta é a legenda original da foto acima: "Levei 36 anos para descobrir que se colocar frutas em frascos de vidro, elas duram para sempre!


quarta-feira, 4 de junho de 2025
O Mundo Precisa de Cor!
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Via |
Estes dias estava a observar os carros na estrada, que passavam por mim, e constatei que 95% são pretos e cinzentos, poucos brancos e raros de qualquer outra cor. E lembrei-me de que nos anos 80, quando as pessoas começaram a comprar carros, ou seja, qualquer pessoa, até então era algo inatingível para a maioria, havia carros de todas as cores, vermelho, laranja, verde, amarelo, azul, tudo em variados tons.
O mesmo acontece com as casas, antes eram coloridas, fossem de azulejos ou pintadas, as cores eram muito diversificadas, de acordo com o gosto dos seus proprietários. Actualmente só vejo casas pretas e cinzentas, e mesmo aquelas cuja arquitectura é dos anos 70, estão a acompanhar a moda, sendo também pintadas nessas duas cores. O que me parece ainda mais feio. Não é uma questão de gosto, é uma questão de tendência, e todos a seguem, como habitual nas modas. E por falar em modas, vi recentemente um reel de um jovem, a mostrar a secção masculina de uma loja de roupas, em que tudo era bege, preto e branco, e ele, de camisa colorida, perguntava: Onde estão as cores?! Também a moda caminha nesse sentido.
Não é que eu seja saudosista ( embora esta afirmação não tenha nada de errado, como não ter saudades de algo que achamos bom ?!), porém, parece-me que o mundo todo vai nesta tendência da mono cor. Eu não gosto, e por dois motivos: O mundo fica mais triste, se aquilo que nos rodeia é igual, deixa de ser estimulante, por isso nos referimos às cores vivas como "alegres", em oposição, as restantes são tristes, e isso vai impactar a nossa mente, entristecendo-nos.
Por outro lado, quando tudo é uniforme a criatividade é contida, e cessa de expandir-se, e o ser humano é um ser criativo que precisa de aplicar essa ferramenta natural que possui, para sua realização e satisfação.
Agora aprecio, realmente, quando vejo um carro verde alface ou azulão. Ou uma casa antiga recuperada, com uma pintura esmerada rosa velho com relevos brancos, ou umas portadas violeta. O mundo precisa de cor, nós precisamos de alegria, e tudo o que nos rodeia impacta-nos, para o mal ou bom.
segunda-feira, 2 de junho de 2025
quarta-feira, 21 de maio de 2025
"Eleições"
Há 30 anos comecei a viajar pela Europa e vi como a população europeia se foi transformando, parecendo cada vez menos a verdadeira Europa, sobretudo em certos países. Eram os países mais ricos, e por isso Portugal estava à margem como destino, o que me agradava sobremaneira. O meu problema com isso não se relaciona com cor ou nacionalidade, mas com receio do que uma cultura antagónica à nossa, a ocidental dos valores elevados, respeito pela vida física e respeito pela escolha de vida de cada um, de religião, de sexo, de como cada pessoa escolhe viver, sendo prática normal e corrente, ficasse ameaçada.
Porém, o jogo virou quando a U.E. começou a forçar os países a receber pessoas de origens tão distintas e até opostas às nossas, e em cada terra de Portugal, grandes ou pequenas, o tecido populacional se começou a mostrar, visivelmente, alterado. Em simultâneo, a criminalidade aumentou, e apesar de nas notícias, e muitos políticos, dizerem que uma coisa não está correlacionada com a outra, a população portuguesa, na sua maioria, sabe que está. Para mais, foi público que os imigrantes estão a entrar em Portugal de forma descontrolada, nunca houve a exigência do registo criminal, por exemplo. As pessoas, sobretudo mulheres, jovens e crianças, começaram a sentir os olhares e até perseguição, nas ruas, nos parques, nas áreas públicas, um assédio nunca antes visto. A segurança geral acabou; em certas terras as portuguesas naturais já não saem à noite, evitam certas ruas e zonas, porque aí já aconteceram coisas muito más. Nunca antes visto em Portugal, as violações colectivas passaram a ser notícia. Portanto, só quem vive numa bolha social ou se encontra em estado de negação não vê tudo isto a decorrer perante os nossos olhos. Não se preocupa ou alarma.
Em suma, não foi de espantar, por conseguinte, o resultado destas eleições; por um lado o eleitorado escolheu novamente o mesmo governo, com aquela habitual premissa de "por não terem a maioria vamos deixá-los trabalhar", o prémio da vitimização, e a direita que denuncia o panorama social e político sobe, em detrimento de quem é responsável pela situação actual, e que teimosamente persiste em não querer ver, nem reconhecer.
A segurança e futuro de Portugal preocupa-me, pelos meus filhos e os dos outros; quero que o nosso país possa oferecer-lhes uma vida segura e digna. Que continue a ser um país onde os direitos das pessoas sejam mais do que tolerados, sejam respeitados, e isso seja normal e inquestionável.
Não acredito em extremismos, só e apenas quando se trata de preservar os grandes valores humanitaristas que fundam a civilização ocidental.
quarta-feira, 14 de maio de 2025
Dica de leitura- "O Doutor Jivago"
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Via Alfarrabista Terra Média |
Boris Pasternak nasceu em Moscovo, a 10 de fevereiro de 1890; a sua família ucraniana era abastada e de origem judia; o pai, pintor e professor universitário ( aliás, era amigo de Tolstoi e quem lhe ilustrava os livros), a mãe, pianista de concertos e filha de um conhecido industrial. A título de curiosidade, a sua família alegou ser descendente de Isaac Abrabanel, um famoso tesoureiro judeu sefardita do Séc.XV, em Portugal.
Pasternak estudou Filosofia na Alemanha, regressando a Moscovo em 1914, quando publicou a sua colecção de poesias, sendo conhecido na Rússia, principalmente, como poeta.
Em 1958 publicou o romance "O Dr.Jivago" na Itália, o governo russo tinha proibido a sua publicação por entender que era uma crítica ao comunismo, e imediatamente o livro se tornou num sucesso mundial. Nesse ano, Pasternak ganhou o Prémio Nobel da Literatura, porém teve de o recusar, forçado pelo regime soviético, e só 1989, com Mikhail Gorbatchev é que "O Dr Jivago" foi finalmente publicado no seu país.
Em 1965 o livro foi adaptado ao Cinema, sendo um sucesso estrondoso, mas infelizmente o autor já não viveu para o saber, tinha falecido em 1960.
Este romance histórico relata as primeiras décadas do século XX, fim da era Imperial e início do bolchevismo na Rússia, através da vida da personagem principal, Iuri Andreievitch, conhecido por Dr.Jivago. Inicialmente, é-nos relatada a vida desafogada da classe privilegiada a que pertence Iuri, ainda um jovem estudante de Medicina, que entra na idade adulta nessa época de convulsão social e política, que se proporcionou a ajustes de contas, frequentemente cegos, entre explorados e exploradores. A vida tornou-se extremamente difícil e desafiante, para além daquilo que o povo já conhecia, e julgava miserável.
A sociedade russa, todavia, adaptava-se a todos os embates, improvisando e tentando sobreviver. Entretanto, casado e pai de um menino, o Dr.Jivago decide com a mulher sair de Moscovo, devido à insegurança e fome, e ir para a Província, aonde tinham propriedades, em busca de segurança. Após uma longa e atribuladíssima viagem chegam finalmente ao destino, para constatarem que nem nos confins do país se escapa ao sofrimento e miséria humanas. Aí, o Dr. Jivago encontra Lara, uma enfermeira que conhecera na juventude, e a sua vida começa a dividir-se. Entre a sua actividade de médico começa a escrever, algo que há muito ansiava fazer; esses escritos serão mais tarde fonte de rendimento, e muito apreciados.
A família acaba por se separar e o Dr. Jivago regressa, penosamente, a Moscovo, aonde o esperam mais desafios e complexas dificuldades. A II guerra mundial cola-se à catastrófica mudança de regime, comunista, e os russos lutam contra o invasor, prolongando a fome, destruição e tragédia.
Não é uma leitura fácil de se fazer, acompanhar o desfragmentar da humanidade, a luta pela sobrevivência que chega ao ponto da antropofagia, em que o homem se transforma num animal feroz, que mata para não ser morto; a imposição de uma cultura comunista que termina com a opinião pessoal, com a inspiração do sentido moral, e impõe o passo do grupo; viver segundo conceitos estranhos a todos e o aumento da tirania; a imposição de Leis arbitrárias de forma aleatória, num dia funciona de certa maneira e no dia seguinte aquilo está proibido e severamente castigado, faz-me sentir uma compaixão imensa pelo povo russo. O que eles sofreram é inenarrável. E faz também crescer a minha admiração, pela resiliência, pela inteligência, pela capacidade de improviso e superação. Esta parte humana não raras vezes me comoveu a ponto de pousar o livro, e o fechar, de tão assoberbada me sentir.
Também possui uma parte mais ligeira mas breve, embora importante para mim, é um gosto ler sobre a cultura clássica imperial russa, como viviam, como eram as suas casas, como recebiam, como preservavam os alimentos de forma natural, as suas referências literárias e musicais, como viviam em família e sociedade, tudo isso me encanta e fascina.
Por tudo isto é, obviamente, uma leitura que recomendo vivamente.
Título: O Dr.Jivago
Ayutor: Boris Pasternak
Editora: Colecção Mil Folhas
Nr de págs:606
segunda-feira, 12 de maio de 2025
"Fraco é o Maio que não rompe uma croça"
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Via Pinterest |
A croça é uma espécie de impermeável feita de palha, que se usava nas aldeias, pois protegia das intempéries e pela largueza proporcionava movimentos, e braços livres que permitiam a continuação dos trabalhos rurais, fosse com os rebanhos, fosse a trabalhar a terra. Muitas tinham capucho para proteger a cabeça, também. Até princípios do século XX ainda se usava muito, em meados do mesmo já eram poucos os que as vestiam, nas aldeias do Norte, mais afastadas. Era algo que se fazia com a produção local (totalmente sustentável!), todos os lavradores tinham palha, económica e eficiente.
A propósito do dia chuvoso de hoje apeteceu-me destacar este elemento do vestuário rural português e, também, lembrar que se o ditado antigo assim o dizia era porque Maio sempre foi um mês mais próximo do Inverno do que do Verão! Nós é que temos pressa de dias de sol e bons, e então queixamo-nos do tempo, mas o clima está certo. Aliás, ainda temos outro que o comprova: "Em Maio come a velha as cerejas ao borralho"!
O que me vale para me animar, é que, nas pausas da chuva dou um salto ao jardim, e observo que a Primavera está a fazer o seu trabalho muito bem, as plantas estão viçosas e os tubérculos brotam da terra, impulsionados pela força vital que opera maravilhas, fora do nosso alcance visual.
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Via Pinterest |
quinta-feira, 8 de maio de 2025
"Unbox with me" 😀
A caixa, o embrulho de papel rosa, e os brindes, uma revista e marcadores de madeira para os vasos, mereciam 100% um desses reels de luxo! Isto é que me faz vibrar, abrir uma caixa destas, e agora a expectativa nas próximas semanas! Estou que não me aguento.
terça-feira, 6 de maio de 2025
The Front Garden - Os filósofos jardineiros
sexta-feira, 2 de maio de 2025
Receita de Tarte de Limão
A receita apareceu-me na Internet, é do site 1001 Ideias da Susana Sinceridades.
Tarte de Limão
Ingredientes:
6 ovos
100 gr de manteiga
250 gr de açúcar
Raspa e sumo de 2 limões (sumo coado)
1 base de massa folhada ou tenra
Como fazer:
Pré-aquecer o forno a 180º.
Forrar a tarteira, ou forma, com a massa folhada ou tenra, e reservar.
Bater os ovos com o açúcar até ficar um creme fofo e claro. Juntar a manteiga semiderretida, a raspa e sumo coado dos limões, juntar bem.
Verter este preparado para a tarteira e levar ao forno 20 minutos a 180º. Verificar se está bem firme, pode precisar de ficar no forno mais 10-15 minutos.
E é só. Aconselho mesmo, é daquelas receitas para fazer quando não há muito tempo para sobremesas mais elaboradas.
terça-feira, 29 de abril de 2025
O Apagão
Quando a electricidade falhou já não sequei o cabelo, mas estava calor, e portanto, não foi problema. Pensei que fosse local, porém ao querer levantar dinheiro para as compras no MB vi que estava totalmente desligado, e que seria uma anomalia invulgar. Porém, foi uma hora mais tarde, que o estafeta me contou, por ter ouvido na rádio, que era um blackout em toda a Europa, que poderia ser resolvido em algumas horas mas também poderia durar 3 dias. Liguei imediatamente para a minha filha, e não lá não havia apagão nenhum, e nas Notícias tinham dito que tinha sido apenas em Portugal e Espanha. Depois daí, já não consegui fazer mais chamadas nem enviar mensagens.
Como a minha casa funciona, praticamente, a electricidade ficamos muito limitados. Engraçado que apesar dos painéis solares no telhado não possamos usufruir deles, porém, estiveram sempre a produzir para a Rede. Que bom para eles, com o nosso investimento! Por estas coisas se vê como funciona o Mundo.
Felizmente, com o fogão de campismo ( que nunca serviu para campismo!) resolvemos a questão das refeições, o que já foi bom. E graças ao dinheiro vivo consegui fazer compras na Feira. O que se prova com isto que dinheiro em efectivo é liberdade, e independência. Devemos ter sempre em casa uma soma considerável e tentar pagar sempre com dinheiro.
Contaram-me que foi o caos nos supermercados e Bombas de combustível, nos poucos que ainda aceitavam cartões. Os carrinhos voltaram a encher-se, lembrando o famigerado confinamento de 2020. Muitos entraram em pânico. Imensos negócios fecharam por incapacidade de laboração. Essa não foi, novamente, e de todo, a minha realidade.
Ao caminhar no Parque percebi que imensas pessoas se entretinham por ali, a passear os cães, sentadas nos bancos desfrutando da fresca, brincando com os filhos, jogando em grupos, novos e mais velhos. Ninguém a olhar para os telemóveis.
Para falar com a minha mãe tive que ir a casa dela. Estava lá mais família, e entretivemo-nos até tarde a conversar, e a rir, curiosamente a minha mãe, dependente da televisão, estava muito bem humorada.
E havia quem perguntasse, ouvi na rua: Então era assim que se vivia dantes? Pois era. E não nos faltava o que fazer, como nos entreter, sozinhos ou acompanhados. O silêncio também é bom, e a supressão das distrações sucessivas benéfica.
Foi um dia diferente, desafiador. Gostaria que todos tivessem retirado, desta inédita situação, algo de bom. Com isto, já temos muito para reflectir!
quarta-feira, 23 de abril de 2025
"Monkey see monkey do"!
As viagens também servem para isto, para me inspirar, e posteriormente fazer lembrar destinos, e dias especiais.
segunda-feira, 21 de abril de 2025
Filme de Páscoa - Marcelino Pão e Vinho
quinta-feira, 17 de abril de 2025
A Mesa do Compasso da Minha Infância
terça-feira, 15 de abril de 2025
Dica de Leitura : O segredo de Champollion
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O que me atraiu neste livro foi esta frase simples: " A fantástica história da decifração dos hieróglifos"; o mistério do Antigo Egipto tem grande poder sobre mim.
Jean-Michel Riou é formado em Ciências Políticas, autor de diversos livros, e também apaixonado pelo Antigo Egipto, realizando através desta história o sonho de escrever sobre a aventura humana e científica da expedição de Napoleão ao Egipto.
Tendo colocado a Europa em guerra com as sucessivas invasões a diversos países, Napoleão projecta uma expedição ao Egipto em 1798, para a qual convoca uma numerosa equipa de renomados científicos, que transporta em navios, com os seus sofisticados equipamentos, para esse país. Só a preparação e viagem já se revelam atribuladas e perigosas, e nem sequer se sabe ainda, pela certeza, o que Napoleão pretende daquele país. Verão que não é subjugá-lo, embora a certo ponto isso venha a acontecer, e de forma sanguinária, mas antes um objectivo cultural muito definido - a decifração dos hieróglifos dos faraós, que a maioria crê ser tarefa impossível. Mas qual o derradeiro interesse de Napoleão, com isso?
É portanto, com o achado casual da "Pedra de Roseta", que tendo parte traduzida para o grego, que a decifração começa a ser possível, embora ainda extremamente difícil.
Após alguns anos no Egipto, sem atingir o objectivo, os "sábios" são forçados a partir, juntamente com o exército, recuando perante a ameaça inglesa, deixando para trás grande parte do espólio apreendido, que será confiscado pelos ingleses ( a Pedra de Roseta está no Museu Britânico, em Inglaterra, e também motivou a decifração pelos seus intelectuais, originando uma competição entre as duas nações), sendo já em solo francês que o estudo da decifração se fará por longos anos ainda, pelo genial Jean-François Champollion, que fizera desse objectivo a sua missão de vida.
O Decifrador, em quem Napoleão depositava uma confiança desesperada, acabou por ter sucesso, os hieróglifos traduziam-se por "sons e ideias", e contudo o resultado não foi de todo o esperado.
Pelo meio há episódios de espionagem, de lutas e intrigas, e até romance, tudo contado através de três participantes da expedição, os sábios e amigos Morgan de Spag, Pharos-J Le Jeancem e Orphée de Forjuris, que dividem a narrativa em três partes, e a entregam a uma editora em 1854 para ser aberta em 2004.
Eu não gosto da figura de Napoleão, um facínora que invadiu países, roubou, destruiu e matou, e aqui foi-me novamente mostrado que se tratava de um megalómano, egocêntrico, que não hesitou em converter-se ao Islão para se insidiar mais no Egipto, com o objectivo de, quiçá, tornar-se ele próprio uma espécie de faraó. Todavia, gostei de aprender mais sobre esse episódio da decifração dos hieróglifos, e de como tantos objectos acabaram expostos em França, e Inglaterra, pelos seus diversos museus.
Título: O segredo de Champollion
Autor: Jean-Michel Riou
Editora: Asa
Nr de Páginas: 411
sexta-feira, 11 de abril de 2025
Receita de Chocolate de Tâmaras
Não provei esse mas garanto que este é muito superior; e porquê? Porque é feito com ingredientes biológicos e de grande qualidade, e a combinação de todos funciona perfeitamente. Para ser aprovado pelo Duarte, que me pediu para repetir, e repeti, está tudo dito!
Fiz tudo isto a "olhómetro", foi algo assim:
Chocolate de Tâmaras
8 Tâmaras medjool
2 Colheres de sopa de manteiga de amendoim
50 gr de pepitas de cacau
Como fazer:
Abrir as tâmaras ao meio, retirar o caroço, colocar num papel de forno todas juntinhas, viradas para cima; dobrar o papel por cima delas e com o rolo da massa espalmar, fazendo pressão para que alarguem e preencham todos os espaços. Cobrir com manteiga de amendoim e regar com o cacau derretido em banho-Maria, cobrindo toda a superfície. Levar ao frigorífico a solidificar, o que acontece rápido.
Eu ainda pus umas pedrinhas de sal marinho e gostamos. Mas estou agora a imaginar pistachio esmigalhado, também deve ficar bom.
E é isto. Simples e delicioso!
quarta-feira, 2 de abril de 2025
Um Caso a Ser Pensado
Isto foi-me contado por alguém que não fez qualquer juízo sobre a situação, limitou-se a relatá-la. Portanto, o jovem tirou a licenciatura em Gestão, foi trabalhar um ano para um banco, achou que ganhava pouco, e decidiu tirar o Mestrado, mas desta vez numa prestigiada universidade europeia. Depois, concorreu para uma vaga de uma empresa internacional conhecida, sediada na Alemanha, para a qual concorriam cerca de 1200 candidatos. Fez provas, entrevistas, entrevistas e provas, passando diversas etapas até restarem somente 3 candidatos. Contra as suas próprias expectativas, foi o escolhido!
Agora vive nos arredores de uma grande cidade alemã, onde trabalha, e paga700€ por um quarto numa casa de um estrangeiro oriundo de uma cultura muito diferente da ocidental. Já sabe que terá de sair dai a algum tempo, e preocupa-se com a dificuldade em arranjar um quarto. Antes deste viveu num apartamento que o marcou pela sujidade, e cada vez que visita uma casa para responder a um anúncio de Quarto para alugar, sabe que será escrutinado, e escolhido ou dispensado com a minúcia de um patrão que admite um novo funcionário.
Não ganha o suficiente para ter um apartamento, um estúdio que seja. Um cantinho que chame seu, e tenha total privacidade. Quando vem a casa e regressa vai cabisbaixo, custa-lhe um bocado, mas depois fica bem. Fez-me lembrar quando os bebés são deixados no Infantário a chorar, mas mal as mães desaparecem eles calam-se e "ficam bem". Que remédio, não é?
E tudo isto deixou-me a pensar em como o esforço, o trabalho, o estudo de tantos anos, o investimento financeiro dos pais, no final, nem sequer permite aos jovens que sejam autónomos. Saem das suas casas, dos seus países, atraídos por vencimentos tentadores, e afinal estão pior do que em casa. Sim, porque francamente, ganhar menos e ter menos despesas vai dar ao mesmo. E se ainda puderem ficar em casa dos pais, sendo solteiros, continuam a ter uma casa acessível a todas as divisões como sendo, efectivamente, sua.
Esta falácia do estrangeiro, pode não ser para todos, mas será para muitos. Afinal, depois de tanto esforço continuam a trabalhar para sobreviver, para pagar contas, e nem sequer conseguem ter independência. Ficam longe da família, dos amigos, de tudo o que lhes é familiar, e para quê?
Houve aqui um retrocesso no nosso estilo de vida, e ninguém mais o vê?!
segunda-feira, 31 de março de 2025
Frédéric Chopin : Nocturne No. 9 in B major
quinta-feira, 20 de março de 2025
Oração
O que é a Luz na Alma:
1. É o desejo do Céu.
2. É amar o Amor.
3. É Deus escondido no olhar.
4. É ir correr até à Vida.
5. É saber que o Infinito Mistério cabe no Coração Pequenino.
6. É ouvir a dor silenciosa.
7. É caminhar até à porta fechada.
8. É bater à Porta até ser dia.
9. É mostrar a Luz do Céu como perfume derramado.
10. É transformar o pó da terra em caminho para o Céu.
P.E. 11/Jun/2022
segunda-feira, 17 de março de 2025
Até à Próxima, Pedro! 🙏
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Eu acredito realmente que somos Espírito ou Alma, que este corpo é apenas um biotraje que a Alma utiliza nesta experiência terrestre. Que somos eternos e, portanto, a morte faz tão parte do processo da vida como o nascimento. Mas é tão difícil ficarmos sem aqueles que nos são queridos!
Saber que nunca mais vou abrir a porta e ver aquele rosto.
Que nunca mais o vou convidar para almoçar ou jantar.
Que nunca mais vamos ficar a conversar, estando já todos a dormir, sobre assuntos que a maioria das pessoas não fala.
Que nunca mais vou ler no WA: Bom dia, Fernandinha!
Que nunca mais o terei na minha mesa com as suas filhas.
Que já não o ouvirei mais a tocar piano na sala, enquanto se desculpa dos enganos, apesar dele ser melhor do que o piano!
Que já não o vou ver a construir a casa de madeira.
Que já não vou acompanhar aquela segunda vida - "Ainda tenho tanto para viver! Ainda vou ser muito feliz."
Que nunca mais vou ouvir aquele riso malandro e franco.
Nunca mais verei as fotos dos seus almoços e placas de terras recônditas.
Já não ouvirei os planos mais mirabolantes a tornarem-se realidade.
Que já não posso contar com o meu amigo de Lisboa.
O que conversamos, o que nos rimos, o que lastimamos. Era um carácter íntegro e único.
As saudades são sempre o pior, e já as tenho por antecipação. A falta que este querido amigo me vai fazer...